Enaex 2025: Firjan leva ações e serviços para as empresas fluminenses que atuam no comércio exterior

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro participa do evento, em 12 e 13 de novembro, considerado o maior e mais relevante ponto de encontro e de debates do setor de comércio exterior no país

Da Redação (*)

Brasília – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) participa, nos dias 12 e 13 de novembro, do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2025, considerado o maior e mais relevante ponto de encontro e de debates do setor de comércio exterior no país. O Enaex ocorre no centro de exposições ExpoRio, na cidade do Rio, reunindo especialistas e oportunidades de conexão entre as empresas, entidades e poder público.

Interessados em participar do Enaex devem se inscrever pelo site do evento https://enaex.com.br/

Serviços para empresas fluminenses

Durante os dois dias de evento, a assessoria técnica da Firjan estará à disposição para atender e tirar dúvidas dos interessados em atuar no comércio exterior. Por meio da Firjan Internacional (https://www.firjan.com.br/firjan/empresas/competitividade-empresarial/firjan-internacional/default.htm), a Federação realiza o acompanhamento do ambiente normativo e legislativo de comércio exterior, promove a defesa da indústria fluminense, colaborando para resolução de pleitos e dificuldades das empresas associadas em questões de comércio internacional.

No estande da Federação, as empresas terão acesso também a informações sobre o Certificado de Origem, documento emitido pela Firjan, com reconhecimento da ICC (International Chamber of Commerce), comprovando a origem da mercadoria exportada. O documento permite que produtos brasileiros ingressem em alguns países com o imposto de importação reduzido ou nulo, tornando o produto mais competitivo no mercado internacional.

Além disso, a Firjan emite o Atestado de não similaridade, documento exigido pela Secretaria da Fazenda do estado do Rio de Janeiro. Seu objetivo é gerar benefícios fiscais relacionados ao ICMS sobre a operação de importação ou aquisição interestadual.

Os participantes do Enaex também poderão conhecer as ações promovidas pela Federação para promoção e valorização dos produtos fluminenses no exterior, como apoio na participação de empresas em feiras internacionais e visitas de compradores estrangeiros. Tais ações permitem ao empresário fluminense e brasileiro expandir seus negócios internacionais. A Firjan apresenta ainda o Boletim Rio Exporta, com um dashboard interativo de dados mensais que apresenta análises sobre o comércio exterior fluminense.

(*) Com informações da Firjan

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Amcham Brasil cobra urgência nos avanços das negociações para combater forte queda nas exportações do Brasil para os EUA

Da Redação (*)

Brasília – As exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 37,9% em outubro, a mais acentuada queda desde a entrada em vigor das tarifas adicionais de 40% sobre produtos brasileiros, em agosto deste ano.

Essa retração, a terceira consecutiva, evidencia a intensificação dos efeitos negativos das tarifas sobre o fluxo comercial entre os dois países, impactando cadeias produtivas integradas, investimentos e empregos em ambas as economias. Esses efeitos se somam à menor demanda nos Estados Unidos e à redução de preços internacionais para alguns produtos, como petróleo e derivados.

“A forte contração nas exportações brasileiras para o mercado americano em outubro reforça a urgência de uma solução para normalizar o comércio bilateral. É essencial que o valioso impulso político gerado pelo recente encontro entre os presidentes Lula e Trump seja aproveitado para alavancar avanços concretos nas negociações entre os dois países”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

A Amcham Brasil reafirma seu compromisso em colaborar com os governos e o setor privado na busca de soluções que fortaleçam a parceria econômica Brasil–Estados Unidos, com foco na competitividade, na previsibilidade e na geração de oportunidades mútuas.

(*) Com informações da Amcham

 

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Exportações  para a Ásia e Europa têm forte alta em outubro e compensam queda para os EUA com tarifaço de Trump

Da Redação (*)

Brasília – A diversificação das exportações para a Ásia e a Europa compensou os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos, três meses após a retaliação comercial do governo de Donald Trump. As vendas do Brasil para o exterior cresceram 9,1% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, batendo recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

O crescimento ocorreu mesmo com a forte queda de 37,9% nas vendas para os Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Segundo o levantamento, as exportações somaram US$ 31,97 bilhões no mês passado, enquanto as importações atingiram US$ 25,01 bilhões, resultando em superávit comercial de US$ 6,96 bilhões.

A retração nas exportações para os Estados Unidos, impactadas pelo tarifaço implementado pelo governo americano, levou a uma queda de 24,1% nas vendas para a América do Norte. Essa foi a única região com redução nas exportações em outubro.

O principal fator do encolhimento das vendas para a América do Norte foi a queda de 82,6% nos embarques de petróleo, equivalente a perda de US$ 500 milhões. Também recuaram as vendas de celulose (43,9%), óleos combustíveis (37,7%) e aeronaves e partes (19,8%).

“Mesmo produtos que não foram tarifados, como óleo combustível e celulose, sofreram queda”, informou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão.

Outros mercados

O recuo nas exportações para os Estados Unidos foi compensado pelo aumento das vendas para outras regiões, especialmente a Ásia, que teve alta de 21,2%, impulsionada pela China (33,4%), Índia (55,5%), Cingapura (29,2%) e Filipinas (22,4%).

Entre os produtos, destacaram-se os aumentos nas exportações de soja (64,5%), óleos brutos de petróleo (43%), minério de ferro (31,7%) e carne bovina (44,7%).

Na Europa, as vendas cresceram 7,6%, com forte avanço de minérios de cobre (823,6%), carne bovina (73,4%) e celulose (46,8%). Já a América do Sul apresentou alta de 12,6%, puxada pelos embarques de óleos brutos de petróleo (141,1%).

Segundo Brandão, as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm registrado redução constante nos últimos 3 meses. A queda foi de 16,5% em agosto, 20,3% em setembro e 37,9% em outubro.

“Temos observado taxas de variação negativa cada vez maiores, na comparação com o mesmo mês do ano anterior”, explicou Brandão.

O diretor do MDIC destacou ainda que o movimento reflete não apenas os efeitos diretos das tarifas, mas também uma possível redução da demanda americana.

“A principal queda em termos absolutos foi no petróleo bruto, que não foi tarifado. Isso indica que há efeitos diversos influenciando a retração das exportações aos EUA”, completou.

(*) Com informações da SECEX/MDIC

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Competitividade em risco: o Brasil precisa reagir para preservar sua indústria do aço

Ricardo Martins (*)

A indústria processadora de aço brasileira enfrenta hoje uma encruzilhada que exige resposta imediata e consistente. Para quem produz no país, o cenário é duplamente desafiador: de um lado, persistem custos internos elevados; do outro, cresce a concorrência de produtos importados com escala maior e condições de custo muito mais favoráveis.

Os dados confirmam essa tendência. Entre janeiro e setembro de 2025, as importações de produtos processados de aço cresceram 20,3% em volume em relação ao mesmo período de 2024, passando de 519,7 mil para 625,2 mil toneladas, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Processadora de Aço e do Sindicato Nacional da Indústria Processadora de Aço (Abimetal-Sicetel) com base no sistema Comex Stat. O valor importado alcançou US$ 1,29 bilhão, avanço de 10,3% no mesmo intervalo. A China manteve-se como principal fornecedora, respondendo por 59,3% do total (aproximadamente 370 mil toneladas) e registrando aumento de 24,8%.

Além disso, o preço médio de importação caiu de US$ 2,24/kg para US$ 2,06/kg, enquanto o valor médio dos produtos chineses caiu de US$ 1,40 para US$ 1,30/kg, redução de 10,8%. Esses números não refletem apenas oscilações conjunturais, mas sim uma mudança estrutural na dinâmica global de competição, que ameaça a base industrial brasileira caso não haja uma reação firme e coordenada.

Nesse contexto, é necessário repensar o que se entende por “Custo Brasil”. O termo não é apenas um conceito abstrato, mas a soma de entraves logísticos, regulação lenta, sistema tributário complexo, energia cara e crédito restrito. Essa combinação resulta em margens comprimidas, adiamento de investimentos e menor capacidade de competir no mercado internacional, especialmente em um setor que transforma insumos básicos em produtos de alto valor agregado.

O setor vem registrando retração nos volumes comercializados, que caíram 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa redução, contudo, não reflete uma diminuição da demanda, mas sim a perda de espaço das indústrias nacionais para os produtos importados, que não sofrem o impacto do chamado “custo Brasil” em seus preços.

A relevância desse setor é inquestionável. A indústria processadora de aço ocupa um papel essencial na economia nacional: é ela que fabrica os itens que sustentam a construção civil, a infraestrutura, o setor de energia, o transporte e os bens de capital. Quando esse elo da cadeia se enfraquece, todo o sistema produtivo em questão perde vigor. O aumento das importações, sem contrapartida de agregação de valor ou benefício industrial, inibe investimentos em inovação, automação, qualificação de mão de obra e sustentabilidade, pilares indispensáveis à competitividade global.

A resposta a esse desafio não se limita à adoção de instrumentos de defesa comercial. É fato que mecanismos de garantia de isonomia competitiva são indispensáveis: é preciso coibir práticas de dumping, utilização de subsídios estatais, caso comum nos produtos fabricados pela China, acelerar investigações antidumping e aplicar salvaguardas quando necessário. Contudo, a defesa comercial representa apenas uma parte da solução. Sem a redução efetiva do Custo Brasil e a implementação de uma política industrial de médio e longo prazo, o país continuará operando com desvantagens estruturais que comprometem a produção e a inovação.

O caminho para recuperar a competitividade da siderurgia nacional passa por quatro vetores complementares. O primeiro é a simplificação regulatória e tributária, com marcos legais previsíveis, menos fragmentados e processos mais ágeis para instalar e expandir unidades de produção. O segundo é o investimento em infraestrutura e energia a custos competitivos, condição essencial para reduzir gargalos logísticos e alinhar o país aos padrões internacionais.

O terceiro é o incentivo à modernização industrial, estimulando automação, digitalização, economia circular e produção sustentável com maior valor agregado. E, por fim, o quarto vetor é a expansão do mercado consumidor, sem a qual nenhum dos anteriores terá efeito duradouro. Enquanto o consumo per capita de aço na Coreia do Sul chega a 1.150 kg por habitante, no Brasil mal ultrapassa 100 kg. Avançar nesses quatro eixos não é um favor à indústria, mas uma estratégia de desenvolvimento nacional.

Fortalecer a indústria processadora de aço significa fortalecer o próprio aparato produtivo do país. Empregos qualificados, avanço tecnológico, inovação, fortalecimento da cadeia de fornecedores e aumento da arrecadação para estados e municípios são resultados diretos de um setor competitivo. O contrário disso é aceitar que o Brasil continue importando o que tem capacidade de produzir, concentrando esforços em etapas de menor valor agregado.

(*)  Ricardo Martins é presidente da Associação Brasileira da Indústria Processadora de Aço e Sindicato Nacional da Indústria Processadora de Aço (Abimetal-Sicetel) desde 2019, com mandato até 2027. Engenheiro e fundador da Grampofix, atua no setor metalúrgico desde 1994. Foi diretor de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) por mais de uma década, liderando missões internacionais. É diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e preside o Conselho Consultivo de Metalurgia da Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (SENAI-SP).

 

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Canton Fair sinaliza sete grandes tendências para o comércio exterior e a logística em 2026

Sócio-fundador do Grupo Invoice, Jonas Vieira, esteve no evento e listou tudo que deve chegar aos setores no próximo ano; IA deve ganhar ainda mais destaque

Da Redação (*)

Brasília – Está acontecendo a Canton Fair, a maior feira multissetorial do mundo, em Guangzhou, na China. Apresentando tudo que há de novo em vários segmentos e sendo um grande hub de negócios, o evento também funciona como um termômetro preciso para se entender as transformações que vão orientar o mercado no próximo ano.

É ali que importadores, exportadores, operadores logísticos e autoridades de diferentes países se encontram para fortalecer parcerias, abrir novos mercados e identificar oportunidades de expansão. O sócio-fundador do Grupo Invoice, Jonas Vieira, participou da primeira fase do evento e reforçou a importância dele para o setor.

“O evento atua como um termômetro do fluxo internacional de mercadorias, refletindo mudanças nos padrões de consumo e nas cadeias produtivas. Para quem atua nesses setores, a feira representa não apenas uma oportunidade de negócios, mas também um espaço essencial de conexão, aprendizado e relacionamento, afinal, esse setor é muito baseado nesses pilares”, afirma Vieira.

Pensando nisso, Jonas Vieira listou sete tendências para o comércio exterior e a logística para 2026:

Automação inteligente e hiperautomação

A logística vai além da simples automação e processos complexos serão “hiperautomatizados” com inteligência artificial, aprendizado de máquina, RPA (automação de processos robóticos) e analytics para lidar com tarefas como desembaraço aduaneiro, documentação, monitoramento de carga. Entretanto, Vieira diz que ainda é imprescindível a presença dos humanos “A IA ainda está em evolução, talvez tenha até atingido um platô. Ela é uma excelente ferramenta e tem um papel central na velocidade dos processos, mas ainda não está pronta para ser autônoma”, analisa.

Sustentabilidade e logística verde

Com o aumento da importância do meio-ambiente para empresas e clientes, é necessário que cada vez mais o setor consiga se transformar e se tornar mais sustentável. O transporte internacional terá que levar em conta as pegada de carbono, certificações ambientais, e pode haver vantagens competitivas para quem já estiver “verde”.

Queda no transporte de cargas aéreo

Há uma tendência de queda nesse segmento, especialmente porque o transporte de cargas entre os passageiros reduziu, diminuindo essa tendência. O modal continuará importante e utilizado, especialmente para o transporte de produtos que demandam mais urgência.

Aumento do protecionismo

Com os problemas geopolíticos e econômicos acontecendo em diversas regiões do planeta, é esperado que os países se concentrem mais em seus mercados internos ao invés de buscar negociações globais. O tráfego de cargas seguirá grande, mas com menos intensidade. “O momento atual faz com que cada país tenha que se preocupar com a sua própria estabilidade, dificultando a abertura de mercado para outros países”, diz o sócio-fundador do Grupo invoice.

Foco em redução do consumo de energia

Ainda dentro de sustentabilidade, a redução do consumo energético deve ser um dos temas mais presentes no ano que vem. Com cada vez mais empresas tentando inovar e partindo para soluções mais verdes, a energia vira tema central, especialmente com a chegada massiva da IA e do seu uso em toda a industria.

Produtos white label ganham espaço

A dominância da China na produção de produtos, especialmente tecnológicos, ficou bem exposta durante a feira. Com uma variedade de itens diferenciados, diversas marcas chineses estão permitindo que marcas locais se apropriem dos produtos, mantendo a produção no país asiático, mas com uma roupagem de comercialização mais local e direcionada para o público de cada região.

Importações menores

Importar agora não precisa ser em quantidades exorbitantes. Pensando em empresas menores ou até que estão iniciando no mercado, cada vez mais é permitido comprar em menores quantidades com preços competitivos, permitindo uma entrada no mercado menos agressiva e mais rentável para quem está neste processo.

Além disso, Vieira destaca o tino comercial dos chineses que, além de serem ótimos negociadores, sempre tentando oferecer o melhor preço e qualidade, não perdem tempo com quem não faz sentido para os negócios deles, dando uma dinâmica muito diferente das feiras brasileiras e de outros mercados.

“Não há tempo a perder para eles. Eles te perguntam se você é do setor logo de cara e isso conduz toda a conversa que terá com a empresa que está em exposição. É tudo muito direcionado, mas muito respeitoso. É uma dinâmica diferente e demonstra porque os chineses tem grande destaque nesse segmento, vale muito a pena conferir”, conclui.

(*) Com informações do Grupo Invoice

 

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Porto Seco de Foz do Iguaçu bate recorde de movimentações com aumento da operação noturna de importação de grãos

Sob concessão da Multilog, terminal registrou acréscimo de 6% de caminhões em relação ao melhor resultado anterior, em outubro de 2021

Da Redação (*)

Brasília -O Porto Seco de Foz do Iguaçu (PR), o maior da América Latina, registrou o recorde de movimentação de veículos para o mês de outubro, com a entrada de 22.904 caminhões, 6% a mais do registrado em outubro de 2021, até então o mês com o melhor resultado.

De acordo com a Multilog, concessionária que administra o Porto Seco e uma das maiores operadoras de logística integrada do País, o aumento da operação noturna de importação de grãos, de cargas oriundas da Argentina e das exportações argentinas contribuíram sobremaneira para o resultado.

O desempenho do Porto Seco de Foz de Iguaçu puxou para cima os números dos cinco portos secos de fronteira sob concessão da Multilog, que, ao todo, contabilizaram a entrada recorde de 44.186 veículos, ante 41.053 no mês de setembro. Além dos 22.904 de Foz do Iguaçu, houve o ingresso de 14.462 veículos no Porto Seco de Uruguaiana (RS), de 3.305 no Porto Seco de Jaguarão (RS), de 2.367 no Porto Seco de Dionísio Cerqueira (SC) e de 1.148 no Porto Seco de Santana do Livramento (RS), que mantiveram a média.

Forte alta na importação noturna de grãos

Na operação noturna de importação de grãos no Porto Seco de Foz do Iguaçu passaram 7.502 veículos, um acréscimo de 14%, ou de 899 veículos. Em relação às cargas vindas da Argentina, foram 3.037 veículos, aumento de 22%, ou de 551 caminhões. Já as exportações para o país tiveram um aumento de 14%, com 1.368 veículos passando pela unidade alfandegada, 173 a mais do que em outubro de 2021.

O Porto Seco de Foz do Iguaçu também apresentou crescimento no movimento das saídas em outubro, com o registro de 22.811 veículos, totalizando 45.715 movimentações no período, número 5,82% superior a outubro de 2021.

“Os números refletem o crescimento constante do fluxo de cargas e mercadorias na tríplice fronteira, através do trabalho integrado entre Multilog, Receita Federal, Órgãos Anuentes e demais intervenientes do processo como transportadores, despachantes aduaneiros e motoristas”, afirma Roger da Costa Mendes Ribeiro, Gerente de Operações do Porto Seco de Foz do Iguaçu.

Com localização estratégica na tríplice fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina, o Porto Seco de Foz do Iguaçu se consolida como um dos maiores centros de logístico do Mercosul “A eficiência nas operações, o uso de tecnologia e o empenho das equipes têm garantido agilidade no processo e na circulação de veículos, fortalecendo a competitividade do comércio exterior brasileiro”, destaca Francisco Damilano, gerente geral de Operações das Fronteiras da Multilog.

(*) Com informações da Multilog

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Webinar da eComex abordará como as soluções em cloud revolucionam gestão de dados no comércio exterior para uso de IA

Da Redação (*)

Brasília – A eComex realiza no dia 11 de novembro, às 11h, o webinar “Infraestrutura e Inteligência: como a cloud está revolucionando a gestão de dados no comércio exterior para uso de IA”. O encontro será apresentado por André Barros, CEO da eComex e da D2P, e Rafael Scaccabarozzi, Director, High Tech and Startups, Latin America da Oracle.

O evento vai abordar como as soluções em cloud estão transformando a gestão de dados no comércio exterior e abrindo caminho para o uso estratégico da inteligência artificial. Os palestrantes vão discutir de que forma a combinação entre infraestrutura e inteligência tem impulsionado inovação, eficiência e tomada de decisão em um setor cada vez mais orientado por dados.

“Os dados continuam sendo o novo petróleo, mas seu verdadeiro valor surge quando são estruturados e refinados.  No comércio exterior, o volume diário de informações é imenso. Organizar esses dados em ambiente cloud é essencial para liberar todo o potencial da Inteligência Artificial, transformando complexidade em decisões inteligentes e estratégicas.” André Barros, CEO da eComex e D2P

O webinar é gratuito e voltado a profissionais e empresas que desejam compreender como a cloud pode acelerar o uso da IA e gerar vantagem competitiva no Comércio Exterior.

Link da inscrição: https://us06web.zoom.us/webinar/register/6217616524318/WN_Qdow_UKOSX-2LUWfbiR37w#/registration

(*) Com informações da eComex

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Como o comportamento das novas gerações está moldando o ESG nas empresas

Prof. Dr. Nasser Mahmoud Hasan  (*)

Para falar de futuro, é essencial lembrar de onde viemos. Da Geração Grandiosa (1901–1927) e Silenciosa (1928–1945) aos Baby Boomers (1946–1964), X (1965–1980), Y/Millennials (1981–1996), Z (1997–2012), Alpha (2013–2024) e à recém-chegada Beta (a partir de 2025, nascida na era da IA), cada geração mudou a forma de consumir. Essa linha do tempo explica por que o consumo consciente deixou de ser nicho. Como alertou George Santayana em The Life of Reason (1905), “Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.

A história recente mostra, muitas vezes do jeito difícil, que ignorar clima, direitos e governança custa caro. Hoje, com um celular na mão, qualquer pessoa compara, registra e compartilha em segundos. Coerência virou requisito básico: importa o que a marca promete, como entrega e quais impactos gera para as pessoas e para o planeta.

Estamos vivendo uma super disrupção tecnológica. Inteligência artificial, internet das coisas, biotecnologia e nanotecnologias já fazem parte do cotidiano. O efeito imediato é mais transparência: todo produto deixa rastro de origem, de quem produziu, de como foi feito e de qual foi o impacto. As gerações Y e Z transformam valores em escolhas. A Alpha cresceu esperando personalização e propósito. A Beta nasce IA nativa, para quem a tecnologia é o próprio ambiente. Nesse mundo, ética não é diferencial; é o mínimo aceitável.

Por isso, cada vez mais pessoas, especialmente as mais jovens, priorizam marcas que jogam limpo. Quando vêm à tona trabalho análogo à escravidão, insumos adulterados, descarte tóxico, discriminação ou o chamado greenwashing, isto é, quando a empresa finge ser “verde” sem ser, o assunto explode nas redes, vira vídeo, vira pressão e pode virar boicote.

Não é moda: é o coração da marca sendo testado em tempo real. Quem erra e não corrige perde confiança rápido; quem acerta de forma consistente vira referência. Não basta ser sustentável. É preciso provar. Em vez de slogans, pedem-se provas: dados claros, rastreabilidade da cadeia, resultados verificáveis e diálogo aberto.

Nesse cenário, a COP30, que acontecerá em Belém do Pará, é um marco. O mundo voltará os olhos para a Amazônia e para tudo o que se conecta a ela: florestas em pé, cadeias livres de desmatamento, bioeconomia, água, energia, alimentos e as pessoas do território. A conferência tende a elevar a ambição das metas climáticas e a ampliar os recursos para soluções de baixo carbono, com efeitos diretos sobre as empresas.

Na prática, cresce a pressão para reduzir emissões de forma absoluta, inclusive nas cadeias de suprimento, comprovar a origem dos insumos, proteger direitos humanos ao longo da cadeia e apresentar números que façam sentido para o público. Quem já estiver preparado sai na frente; quem deixar para ver depois corre atrás do prejuízo.

É aqui que o ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, em português Ambiental, Social e Governança Corporativa) precisa sair do rótulo e virar estratégia de marca. Isso significa integrar sustentabilidade ao desenho do produto, à operação, às finanças e à comunicação.

Na prática, passa por metas claras e auditáveis de clima, água, resíduos, diversidade, equidade e integridade, conectadas ao core do negócio; por governança que mede e orça, com incentivos atrelados a indicadores materiais; por ecodesign, segurança e qualidade como não negociáveis; por rastreabilidade do insumo ao pós-consumo e trabalho digno em toda a cadeia; por transparência radical, falar depois de fazer e explicar falhas e planos de correção; e por diálogo em rede, envolvendo clientes, comunidades e criadores de conteúdo para cocriar soluções.

Os benefícios são claros e se somam ao longo do tempo: atração e retenção de talentos, acesso a novos mercados e capital, reputação e confiança sustentadas por evidências, ética e governança fortalecidas, prestação de contas mais transparente, impacto social positivo percebido, reconhecimento por avaliadores externos, conformidade regulatória e compliance mais robustos, inclusão e equidade no local de trabalho e, no fim, melhor desempenho financeiro com mais inovação.

No Brasil, esse movimento ganha tração com a atuação da B3, do sistema financeiro e das universidades na formação de profissionais que conectam teoria à prática, criando um ecossistema que acelera normas, métricas e talentos.

Também é importante reconhecer a força das redes sociais. Elas não são apenas megafones: viraram um sistema distribuído de responsabilização. O debate contínuo sobre sustentabilidade e meio ambiente, saúde mental e bem-estar, diversidade, equidade e inclusão (DEI), moda e estilo de vida, fitness e cultura forma uma consciência coletiva que redefine valor. Em breve, não estranhe ver cada produto com sua “nota de impacto”, tão comum quanto o preço e o prazo de entrega, para ajudar o consumidor leigo a decidir sem precisar virar especialista.

No fim das contas, pensar o valor do ESG para além do modismo é encarar sustentabilidade como projeto de futuro, ligar passado, que são os aprendizados, presente, que são as evidências, e futuro, que é a inovação, para gerar valor econômico e socioambiental. Y, Z e Alpha já compram com essa régua, e a COP30 tende a deixá-la ainda mais visível. Cabe a cada marca escolher ficar na arquibancada vendo a conversa passar ou entrar em campo para liderar uma prosperidade que faça sentido para as pessoas e para o planeta.

Que a Geração Beta, nascida este ano, encontre marcas que façam do ESG uma prática diária, transformando cuidado em rotina, inovação em inclusão e lucro em legado, e herde um planeta mais justo, resiliente e vivo do que aquele que recebemos.

(*) Prof. Dr. Nasser Mahmoud Hasan é docente do curso de Administração do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Campus Campinas, onde leciona Teorias da Administração, Empreendedorismo, Gestão da Inovação, Sistemas de Informação Aplicados à Gestão e Gestão Estratégica e Sustentabilidade.

 

 

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Embratur e Netflix lançam guia turístico do Brasil na WTM Londres com destaques nos destinos vistos em filmes e séries

Da Redação (*)

Brasília – A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a Netflix lançaram um guia virtual que convida viajantes do mundo todo a conhecer o Brasil, a partir dos lugares retratados em produções brasileiras da plataforma. O anúncio foi feito nesta terça-feira (4), em Londres, durante a abertura do espaço da Embratur na World Travel Market (WTM).

A primeira etapa do guia destaca a Amazônia e traz referências de obras como Cidade Invisível 2Ricos de Amor 2, a 2ª temporada de Casamento às Cegas Brasil e o especial Whindersson Nunes: É de Mim Mesmo.

A proposta é que os fãs das produções possam explorar diferentes facetas da região, da natureza às tradições, gastronomia, cultura e vida urbana.

Marcelo Freixo, presidente da Embratur, avalia que a ação consolida a força do setor audiovisual brasileiro como motor de atração turística.

O Brasil na poderosa vitrine internacional Netflix

“A Netflix é uma grande vitrine internacional, e essa parceria reforça o potencial do audiovisual brasileiro para inspirar pessoas a conhecerem nosso país, nossa cultura e nosso povo. É um exemplo de como o audiovisual e o turismo podem ser grandes aliados na geração de oportunidades e desenvolvimento”, disse Freixo.

Sergio Vinay, diretor da Netflix para Parcerias Estratégicas com Governos, valorizou o potencial turístico e audiovisual do país.

“O Brasil é um país riquíssimo em cultura e paisagens. Com este guia, queremos que os espectadores se sintam convidados a conhecer o país de perto, vivenciando na prática as histórias que aprenderam a amar pelas telas”, disse Vinay.

O Brasil passa a integrar o grupo de países escolhidos pela Netflix para estratégias oficiais de turismo audiovisual, ao lado de Coreia do Sul, França, Espanha e Tailândia. Em 2026, o guia será ampliado, com novos temas e regiões, incluindo o Pantanal, culinária e praias. O material já está no ar em cometobrasilwithnetflix.com.br .

(*) Com informações da Agência Brasil

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A governança do crime: como o PCC se tornou uma organização corporativa

Patricia Punder (*)

Em maio de 2006, o Brasil testemunhou o momento em que o Primeiro Comando da Capital (PCC) deixou de ser uma facção desorganizada e passou a atuar como uma estrutura institucionalizada de poder. Durante uma semana, São Paulo parou: ônibus incendiados, bases policiais atacadas, mais de 70 presídios em rebelião e ruas vazias em pleno horário de pico.

O episódio revelou um fenômeno inédito, em que um grupo criminoso foi capaz de paralisar o Estado por dentro, coordenando rebeliões, articulando ataques e, ao mesmo tempo, negociando com agentes públicos. Ali nascia a ideia prática do que hoje chamamos de Estado Paralelo: uma estrutura que imita o funcionamento do Estado formal, mas com objetivos ilícitos.

De facção a organização: a metamorfose da gestão criminal

Duas décadas depois, o PCC se consolidou como uma organização empresarial criminosa, com estrutura de governança, sucessão e divisão funcional. Relatórios da Polícia Federal estimam movimentações de mais de R$ 50 bilhões entre 2020 e 2024, um volume compatível com conglomerados econômicos médios.

A facção evoluiu de uma irmandade carcerária para uma máquina de negócios, aplicando princípios de governança corporativa, com organização, previsibilidade, sucessão e disciplina, adaptados ao submundo do crime.

A governança criminal do PCC: princípios e estrutura

O grupo opera com uma governança híbrida, que combina centralização de comando, colegialidade decisória e divisão de funções, sustentada por um rígido código de disciplina, onde os principais pilares são:

1 – Hierarquia e “sintonias”: células funcionais equivalentes a departamentos, como financeiro, jurídico, logístico e institucional;

2 – Código de conduta e enforcement: sanções severas, “tribunais do crime” e controle por reputação interna;

3 – Planejamento de sucessão: substituição imediata de lideranças, continuidade operacional e liderança colegiada;

4 – Centralização estratégica e descentralização operacional: comando coeso e execução pulverizada, um modelo de eficiência e resiliência.

Se trata de uma governança eficiente, mas ilegal, que transforma uma facção em organização perene, com vocabulário e estrutura similares aos das corporações formais.

Lavagem de dinheiro: o coração da operação

Lavar dinheiro, ocultar ou dissimular a origem ilícita de recursos, segundo a Lei 9.613/1998, é o eixo vital da sustentabilidade econômica do PCC. A facção domina as três etapas do processo (colocação, ocultação e integração), utilizando empresas de fachada, contratos reais e profissionais especializados. Hoje, reinveste em postos, usinas, fintechs, fundos e imóveis, legitimando capital e poder.

Fintechs, fundos e falhas de supervisão

O ambiente das fintechs de pagamento e investimento, sendo rápido, tecnológico e pouco supervisionado, ampliou as brechas. Uma fintech associada ao grupo movimentou R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024, e fundos de investimento da Faria Lima receberam aportes de origem ilícita disfarçados de capital de terceiros.

Embora o Banco Central e a Unidade de Inteligência Financeira e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (UIF/COAF) tenham endurecido regras (Circular 3.978/2020, políticas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, e beneficiário final), a sofisticação dos mecanismos de ocultação e a captura de gatekeepers ainda superam a capacidade de detecção. O resultado é um sistema financeiro vulnerável a infiltração silenciosa e institucionalizada.

Como o PCC burla controles internos

A facção neutraliza controles públicos e privados por meio de laranjas qualificados e camadas societárias complexas, corrupção e cooptação de agentes estratégicos, fraudes contábeis pulverizadas e operações trianguladas, uso de escritórios e consultorias para suporte técnico e documental, e manipulação de preços, créditos e fretes (trade-based laundering).

O PCC utiliza as ferramentas de governança empresarial, como planejamento, accountability e gestão por resultados para fins criminosos. Sua eficiência deriva do que especialistas chamam de “governança invertida”, onde uma organização ilegal aplica lógica corporativa para perpetuar a ilegalidade.

A influência do PCC sobre o sistema público e privado

A estrutura de governança do PCC já ultrapassou os limites do crime organizado tradicional. Hoje, seus efeitos atingem diretamente a integridade das instituições públicas e a credibilidade das relações empresariais.

No setor público agentes públicos são corrompidos, cooptados ou neutralizados, especialmente em áreas de licitação, transporte, obras, logística e segurança; o grupo influencia decisões políticas, participa indiretamente de contratos e obtém informações privilegiadas sobre operações estatais; em certas regiões, o PCC substitui o Estado em funções básicas, controlando comunidades, oferecendo “proteção”, impondo regras e até mediando conflitos, sendo uma forma de governança paralela local. Quando o crime se organiza melhor que o próprio aparato público, o Estado perde legitimidade e o cidadão, confiança.

No setor privado empresas ligadas ao PCC oferecem preços artificialmente baixos, sustentados por capital ilícito, afastando competidores honestos; fornecedores e distribuidores podem integrar fluxos de lavagem sem saber; profissionais de áreas jurídicas, contábeis e financeiras, muitas vezes, ignoram os sinais de irregularidade, seja por descuido ou por conveniência. A presença do crime em ambientes formais reduz a percepção de risco, gerando uma economia paralela institucionalizada.

Governança do medo e da influência

O PCC exerce, simultaneamente, governança interna e influência externa. Internamente, opera com controle hierárquico e sucessão estruturada; externamente, com relações de poder e troca de favores que penetram o Estado e o mercado.

Essa dupla atuação cria uma rede de dependência mútua entre ilegalidade e economia formal, um sistema híbrido em que corrupção, omissão e conveniência mantêm o equilíbrio. Algumas consequências estratégicas, são:

1 – Erosão da credibilidade institucional: quando o crime se infiltra no aparato público e financeiro, o Estado perde autoridade moral e técnica;

2 – Risco reputacional sistêmico: empresas, bancos e fundos podem ser usados para lavagem, sofrendo impactos devastadores de imagem e sanções;

3 – Insegurança jurídica: contratos contaminados por capital ilícito desestabilizam investimentos e parcerias legítimas;

4 – Desigualdade econômica e descrédito social: a “eficiência criminosa” do PCC reforça a percepção de que a ilegalidade compensa, sendo um abalo ético que transcende o jurídico.

Em suma, o PCC construiu um modelo de governança que desafia o próprio conceito de soberania: atua com previsibilidade, planejamento e poder de influência, enquanto o Estado formal reage de modo fragmentado e reativo. A verdadeira ameaça não é apenas a violência, mas a institucionalização da ilegalidade como forma de poder.

Temos assim, o crime com CNPJ

O episódio de 2006 foi o início da revolução silenciosa do PCC. De facção desorganizada, se transformou em organização com governança criminal consolidada, plano de sucessão e estratégia de expansão econômica. Hoje, não precisa mais de armas para demonstrar poder, basta um contrato, um fundo ou uma fintech.

O enfrentamento ao Estado Paralelo exige transparência, rastreabilidade e integridade sistêmica. Sem isso, o país continuará convivendo com dois poderes legítimos: o Estado formal e o Estado paralelo. E como 2006 demonstrou, quando o paralelo decide agir, é o formal que para.

(*) Patricia Punder é advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020.  Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br

 

 

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