Porto de Santos cresce 11,6% em movimentação de contêineres em outubro e registra recorde histórico

Já a movimentação total de cargas saltou 8% frente a outubro do último ano

Da Redação (*)

Brasília – O Porto de Santos registrou o melhor mês da série histórica em movimentação de contêineres em outubro deste ano. Os dados, da Gerência de Inteligência e Estatística da Autoridade Portuária de Santos, revelam um crescimento de 11,6% ante outubro de 2024, chegando a 550,8 mil TEU (unidade padrão de contêineres).

Já a movimentação total de cargas saltou 8% frente a outubro do último ano. Embarques e desembarques somaram 16,7 milhões de toneladas, galgando o segundo lugar na série histórica, atrás apenas de julho de 2025 (17,4 milhões).

O crescimento se reflete na participação de Santos na corrente comercial brasileira, que chegou a 29,6% diante dos 29% do mesmo período em 2024. Granéis sólidos (10,3%), carga geral conteinerizada (15,4%) e carga geral solta (5,5%) impulsionaram a alta, com destaque para os embarques de soja (94,9%), carnes (5,6%), açúcar (3,5%) e celulose (2,6%).

O acumulado do ano até outubro também é recorde, com crescimento de 8,2% em contêineres (4,9 milhões de TEU) e de 1,7% na movimentação total de cargas (155,5 milhões de toneladas).

“Estamos colhendo os frutos de uma gestão focada em resultados, com investimentos recordes do setor público e de atores privados. Os números nos dão confiança para avançar em projetos estruturantes, como o megaterminal STS10 e o aprofundamento do canal de navegação”, avalia Júlio Cezar Alves de Oliveira, diretor de Administração e Finanças e presidente interino da APS.

(*) Com informações da Autoridade Portuária de Santos

 

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FIEMG celebra avanço, mas defende cautela após redução parcial de tarifas pelos EUA

Presidente da FIEMG, afirma que “é um passo importante, mas ainda insuficiente”

Da Redação (*)

Brasília – A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) considera positiva, mas ainda limitada, a redução parcial das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Embora represente um avanço inicial, persistem dúvidas relevantes entre exportadores mineiros sobre a manutenção da sobretaxa de 40%, o que continua afetando a competitividade de setores como carnes e café, essenciais para a competitividade da indústria mineira.

A Federação reforça que a medida não esclarece integralmente o alcance da revisão tarifária, e que seu impacto prático permanece incerto, sobretudo para produtos em que o Brasil é fornecedor essencial ao mercado americano.

Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, afirma que “é um passo importante, mas ainda insuficiente. A decisão mostra disposição ao diálogo, porém é necessário avançar mais para remover todas as barreiras adicionais e restabelecer condições adequadas de competitividade para a indústria mineira”.

A FIEMG destacou que continuará acompanhando o tema e defendendo esforços contínuos de negociação entre os dois países.

(*) Com informações da FIEMG

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Alckmin: corte tarifário dos EUA é positivo, mas distorções persistem  e precisam ser corrigidas

Trump retirou taxa global de 10% para cerca de 200 produtos

Da Redação (*)

Brasília – A decisão dos Estados Unidos de reduzir tarifas de importação sobre cerca de 200 produtos alimentícios é “positiva” e representa “um passo na direção correta”, disse neste sábado (15) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Ele, no entanto, destacou que a permanência da sobretaxa de 40%, aplicada exclusivamente ao Brasil, cria distorções e continua um obstáculo relevante para as exportações nacionais.

“Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% [pontos percentuais] a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão [a mais nas exportações]. Então zerou, ficou sem nenhum imposto”, declarou Alckmin.

Ele destacou, entretanto, que alguns produtos de países concorrentes, como o café do Vietnã, obtiveram reduções mais amplas. “O café também reduziu 10% [pontos percentuais], mas tem concorrente que reduziu 20% [pontos percentuais]. Então esse é o empenho que tem que ser feito agora para melhorar a competitividade”, acrescentou o vice-presidente.

A declaração, no Palácio do Planalto, ocorreu após o governo norte-americano anunciar, na noite de sexta-feira (14), a retirada da tarifa global, conhecida como “taxa de reciprocidade”, criada em abril deste ano. Para os países latino-americanos, essa tarifa estava em 10%. No entanto, como a alíquota adicional de 40% aplicada em julho aos produtos brasileiros continua em vigor, tarifas sobre itens como café, carne bovina, frutas e castanhas caíram de 50% para 40%.

Avanços

Segundo Alckmin, a medida reflete avanços diplomáticos recentes, incluindo conversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente Donald Trump, em outubro, e reuniões entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

“A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta. Foi positiva. Vamos continuar trabalhando. A conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do chanceler Mauro Vieira com o secretário Marco Rubio”, comentou.

O vice-presidente também ressaltou que os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial bilateral, exportando mais do que compra do Brasil.

“O Brasil não é problema, é solução”, declarou.

Impacto nas exportações

Com a retirada da tarifa global, informou Alckmin, aumentou de 23% para 26% o volume das exportações brasileiras para os Estados Unidos isentas de sobretaxas, o equivalente a aproximadamente US$ 10 bilhões. A mudança ocorre após os meses seguintes ao chamado “tarifaço”, período em que o déficit brasileiro na balança comercial com os EUA cresceu 341% entre agosto e outubro.

Os efeitos variam por setor:

  • Suco de laranja: teve a tarifa de 10% zerada, beneficiando um setor de US$ 1,2 bilhão.
  • Café: alíquota caiu de 50% para 40%. O Brasil exportou US$ 1,9 bilhão em 2024, mas as vendas recuaram 54% em outubro na comparação anual.
  • Carne bovina e frutas: tarifas reduziram de 50% para 40%; ganho considerado limitado devido à sobretaxa remanescente.

Posição dos Estados Unidos

O governo americano justifica a redução tarifária como parte de um esforço para conter a inflação de alimentos e equilibrar a oferta interna. Em pronunciamento, Trump disse que o ajuste foi “um pequeno recuo” e afirmou não considerar necessárias novas reduções de tarifas no curto prazo. Ele declarou ainda esperar queda nos preços de produtos como o café.

Outros avanços

Alckmin também lembrou progressos recentes nas negociações comerciais. O vice-presidente citou a retirada da tarifa global de 10% e da sobretaxa de 40% sobre o ferro-níquel e a celulose, em setembro. Também destacou a redução de 50% para 40% em madeira macia e serrada e de 50% para 25% para armário, móveis e sofá, decidida no início de outubro.

No caso da madeira e dos móveis, os Estados Unidos decidiram reduzir a alíquota com base na Seção 232 da Lei de Comércio local,  sob o argumento de que pretendem proteger a segurança comercial do país. Nesse caso, as reduções abrangeram todo o planeta, não alterando a competitividade entre os países.

(*) Com informações da Agência Brasil

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ApexBrasil leva discussão sobre terras raras e minerais estratégicos para evento da União Europeia

Durante a Raw Materials Week 2025, Brasil se apresenta como parceiro estratégico do bloco europeu para mineração sustentável e responsável_

Da Redação (*)

Brasília – De 17 a 21 de novembro, acontece em Bruxelas a Raw Materials Week 2025, evento organizado pela Comissão Europeia que anualmente reúne representantes de instituições, indústrias, governos, academia e sociedade civil da Europa para discutir avanços nas políticas e inovações relacionadas às matérias-primas. Nesta edição, o Brasil se fará presente compondo painel oficial do evento e promovendo sessão paralela organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

Intitulada “O Brasil como Parceiro Estratégico para Cadeias de Valor Sustentáveis em Matérias-Primas Críticas”, a sessão paralela será realizada no dia 19 de novembro, das 15h às 19h, no Marivaux Hotel, e contará com presença de autoridades, representantes de empresas, instituições financeiras e especialistas do setor mineral como: Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Universidade Federal de Catalão (UFCAT), FGV Europe, Brazilian Nickel, Comissão Europeia (DG INTPA), AMG Group e German Trade and Invest (GTAI). As *inscrições estão abertas para o público interessado.:* https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScWNqD-bmZ4irQ7kRGOg_9a2pbknyNxtAfsHtagZbkvYN1KOQ/viewform

Além da sessão paralela, o governo brasileiro também marcará presença na programação dedicada à América Latina. O secretário adjunto de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Osório Coelho Guimarães Neto, participa da abertura da sessão. Na sequência, o Coordenador-Geral de Minerais Estratégicos e Transição Energética no Setor Mineral do MME, Gustavo Santos Masili, integra o Painel II, sobre lítio, enquanto o gerente de Mineração e Transformação Mineral do BNDES, Pedro Paulo Dias, participa do Painel III, dedicado aos elementos de terras raras.

Brasil como parceiro confiável e estratégico

O tema dos minerais críticos e estratégicos tem ganhado relevância global à medida que países buscam garantir segurança no fornecimento de insumos essenciais para a transição energética e a indústria de alta tecnologia. O Brasil se destaca nesse cenário por possuir algumas das maiores e mais ricas reservas do planeta, além de um histórico consolidado de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável e à inovação industrial, como a Nova Indústria Brasil e a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE), documento em processo de formalização.

Com matriz energética predominantemente renovável e ambiente político estável, o Brasil se apresenta como parceiro confiável e estratégico para o bloco europeu, especialmente com os avanços do Acordo Mercosul–União Europeia que deverá abrir novas oportunidades de cooperação econômica e tecnológica.

“O Brasil tem um papel fundamental no cenário global da transição energética, não apenas pela abundância de seus recursos naturais, mas pela forma como tem buscado desenvolver uma mineração cada vez mais sustentável, tecnológica e responsável. Ao promover esse diálogo em Bruxelas, a Apex reforça o compromisso do país em atrair investimentos que agreguem valor às nossas cadeias produtivas e consolidem o Brasil como parceiro estratégico da Europa em minerais críticos”, afirma Ana Paula Repezza, diretora de Negócios da ApexBrasil, que estará presente no evento.

Para Aloysio Nunes, responsável pelo Escritório da ApexBrasil em Bruxelas, “a presença do Brasil na Raw Materials Week 2025 é uma oportunidade de reafirmar que somos um país comprometido com o futuro verde e com a segurança das cadeias globais de suprimentos. Bruxelas é o espaço certo para mostrar o avanço das nossas políticas públicas e a disposição do setor produtivo brasileiro em cooperar com a União Europeia em projetos de inovação, investimento e transição energética.”

Confira aqui a programação completa do Raw Materials Week 2025: *Agenda of Raw Materials Week 2025* : https://single-market-economy.ec.europa.eu/sectors/raw-materials/week/agenda_en

Mineração sustentável e atração de investimento estrangeiro

O Brasil dispõe de uma base regulatória sólida e de um ambiente de negócios favorável ao investimento estrangeiro. O país conta atualmente com cerca de 50 projetos ativos em minerais e procura expandir o processamento local de minerais com maior valor acrescentado, em concordância com as diretrizes políticas nacionais.

O país está avançando na consolidação de uma política integrada voltada ao fortalecimento da cadeia de minerais críticos e estratégicos, alinhando desenvolvimento econômico, inovação e sustentabilidade. Essa política busca articular ações entre diferentes ministérios e instituições brasileiras para promover desde a pesquisa geológica até o beneficiamento e a transformação mineral, garantindo maior agregação de valor aos produtos nacionais. Com foco na transição energética e na soberania tecnológica, o país aposta em mecanismos de estímulo ao investimento, incentivos à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico e na criação de condições favoráveis à industrialização sustentável.

Serviço

Sessão: O Brasil como Parceiro Estratégico para Cadeias de Valor Sustentáveis em Matérias-Primas Críticas

Data: 19 de novembro de 2025

Horário: 15h às 19h (horário de Bruxelas)

Local: Raw Materials Week 2025 – Comissão Europeia, Bruxelas

Organização: ApexBrasil e IBRAM

(*) Com informações da Apex Brasil

 

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Agronegócio segue acumulando recordes e exportações somam US$ 15,49 bilhões em outubro, melhor marca para o mês

Alta de 8,5% em relação a outubro de 2024 é puxada por maior volume embarcado; soja, carnes, açúcar, café, produtos florestais e milho lideram

Da Redação (*)

Brasília As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 15,49 bilhões em outubro de 2025, o maior valor já registrado para o mês na série histórica, com crescimento de 8,5% em relação a outubro de 2024. As importações de produtos agropecuários totalizaram US$ 1,79 bilhão, resultando em superávit de aproximadamente US$ 13,7 bilhões.

O desempenho foi sustentado pelo aumento de 10,1% no volume embarcado, em um cenário de recuo de 1,4% nos preços médios internacionais. Outubro mantém a sequência de resultados elevados observada no segundo semestre: em julho, as exportações do agro somaram US$ 15,6 bilhões, e em setembro, US$ 14,95 bilhões, sinalizando patamar próximo de US$ 15 bilhões mensais.

Entre os destaques, soja em grãos, carne bovina, café, açúcar, milho, celulose, carne de frango e carne suína registraram recordes de valor e/ou volume para meses de outubro.

A China segue como principal destino, com US$ 4,95 bilhões (32% do total exportado pelo agro no mês), impulsionada principalmente por soja em grãos e carne bovina. Em seguida aparecem União Europeia e Estados Unidos, além de mercados como Egito, Índia e Irã, que reforçam a diversificação geográfica das exportações brasileiras, especialmente na Ásia, Oriente Médio e Norte da África.

NICHOS EM ALTA: OPORTUNIDADES ALÉM DA PAUTA TRADICIONAL

O mês de outubro também trouxe recordes em produtos menos tradicionais da pauta exportadora, que sinalizam novas oportunidades para empresas de diferentes portes:

  • Amendoim: recorde em volume, com 33 mil toneladas (+85,3%);
  • Rações para animais de estimação: recorde em valor, com US$ 43,2 milhões (+42,7%);
  • Café solúvel: recorde em valor (US$ 101 milhões; +32,8%) e volume (8 mil toneladas; +11,3%);
  • Sementes de oleaginosas (exceto soja): recordes de valor (US$ 69,8 milhões; +41,8%) e quantidade (68,6 mil toneladas; +77%);
  • Pimenta piper seca, triturada ou em pó: recorde em valor, com US$ 435,7 milhões;
  • Miudezas bovinas: recorde em quantidade, com 25,2 mil toneladas (+29,6%);
  • Sebo bovino: recorde em valor (US$ 431,03 milhões) e quantidade (390,41 mil toneladas);
  • Feijões secos: recorde em valor (US$ 379,73 milhões) e quantidade (452,88 mil toneladas).

Esses itens vêm ganhando espaço no mercado internacional graças à estratégia de abertura e ampliação de mercados conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em outubro, essa iniciativa resultou na abertura de 28 novos mercados, o equivalente a quase uma nova oportunidade por dia para empresas que buscam diversificar sua atuação internacional.

No geral, os produtos menos tradicionais da pauta exportadora incrementaram 9,1% em outubro e 17,9% no acumulado do ano (janeiro a outubro), em relação a igual período de 2024.

No acumulado de janeiro a outubro de 2025, as exportações do agronegócio somaram US$ 141,97 bilhões, crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações de produtos agropecuários totalizaram US$ 17 bilhões, alta de 4,9% na comparação com 2024, resultando em superávit de US$ 124,97 bilhões, ligeiramente acima do registrado em igual intervalo do ano passado.

(*) Com informações do Mapa

 

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Momento decisivo para o comércio exterior

José Roberto Tadros (*)

No dia 18 de novembro, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoverá o Fórum de Comércio Exterior – Desafios e Oportunidades, um encontro que chega em momento decisivo para o setor produtivo brasileiro. Em meio a um cenário de juros elevados, inadimplência recorde e crescente competição desleal de produtos importados, discutir a inserção internacional do Brasil é mais do que necessário — é uma questão estratégica para a soberania econômica do País.

O comércio exterior, embora muitas vezes associado mais à pauta industrial, é tema central também para o setor terciário. O que acontece nas fronteiras — nas políticas de tarifas, nos acordos comerciais, nas regras de importação e exportação — impacta diretamente o varejo, os serviços e o turismo. Por isso, a CNC atua de forma firme e contínua em defesa da isonomia tributária e da competitividade do nosso comércio, pilares essenciais para preservar empregos, empresas e o dinamismo econômico nacional.

O recente “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos é um exemplo claro da sensibilidade e da volatilidade das relações econômicas globais. Medidas unilaterais, motivadas por rearranjos geopolíticos e pressões internas, podem gerar reflexos imediatos no desempenho das nossas empresas, reduzindo investimentos e afetando o crescimento. Estimativas apontam que o impacto desse aumento de tarifas pode retirar até 0,2% do PIB brasileiro, o que reforça a necessidade de uma política externa ativa e atenta.

Da mesma forma, a implementação do Tax Free, operacional no Rio de Janeiro desde setembro, representa um movimento importante para reposicionar o Brasil no mapa turístico global. Estimular o consumo de turistas estrangeiros no país é medida urgente e inteligente — adotada com sucesso por diversos países vizinhos.

Esses temas, que podem parecer distintos, na verdade compõem uma mesma equação: a necessidade de fortalecer a nossa autonomia econômica. Proteger o comércio local de distorções tributárias, ampliar a inserção brasileira em cadeias globais e criar um ambiente atrativo para investidores e turistas são dimensões complementares de uma estratégia sólida de desenvolvimento.

O Fórum, uma iniciativa da Assessoria das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços da CNC, em conjunto com a Assessoria de Gestão das Representações e com a participação da Câmara Brasileira do Comércio Exterior, reunirá especialistas de grande relevância — representantes do setor empresarial, economistas, consultores e profissionais com atuação direta nas pautas aduaneiras e regulatórias. É dessa pluralidade de olhares que nascem diagnósticos precisos e caminhos concretos.

Queremos contribuir para um Brasil mais integrado ao mundo, mas também mais preparado para enfrentar práticas protecionistas e mudanças abruptas nas regras do comércio internacional. Para isso, defendemos uma política de comércio exterior que seja moderna, transparente, previsível e alinhada às necessidades do setor produtivo.

A CNC reafirma seu compromisso de liderar esse debate com responsabilidade e visão de futuro. Seguiremos vigilantes e atuantes, buscando o equilíbrio entre abertura comercial, desenvolvimento interno e proteção do nosso tecido empresarial — especialmente aquele composto por milhões de micro e pequenas empresas que formam a espinha dorsal da economia brasileira.

Convido todos a acompanharem o Fórum e a participarem dessa discussão estratégica. Que este encontro fortaleça a construção de soluções que ampliem oportunidades, reduzam assimetrias e posicionem o Brasil de maneira competitiva no cenário global.

(*) José Roberto Tadros – Presidente do Sistema CNC–Sesc–Senac

https://www.sympla.com.br/evento-online/forum-comercio-exterior-desafios-e-oportunidades/3149329?referrer=www.google.com&referrer=www.google.com

 

 

 

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Setor de rochas cresce apesar das tarifas, mas queda nas exportações de granito e mármore acende alerta

Dados mostram que vendas foram afetadas diretamente pelas tarifas impostas pelos EUA, com quedas expressivas nas exportações de granitos, mármores e pedra sabão. Apesar do cenário desafiador, o setor vem sendo impulsionado sobretudo pelas exportações dos quartzitos, que compensaram parte das perdas.

Da Redação (*)

Brasília – As tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos a diversos produtos brasileiros têm provocado efeitos concretos no setor de rochas naturais, especialmente nas exportações de granitos, mármores e pedra sabão. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), entre janeiro e outubro de 2025, as exportações somaram US$ 1,24 bilhão, alta de 20,3% frente ao mesmo período do ano anterior. O avanço, no entanto, não reflete um cenário de tranquilidade.

A projeção é de que o setor poderia ter alcançado um resultado ainda mais expressivo, não fosse a queda acentuada nas vendas para os Estados Unidos de materiais que foram diretamente afetados pelas tarifas. As exportações de granito, por exemplo, registraram retração de 14,7%; o mármore caiu 9,8%; e a pedra sabão sofreu uma queda de 54,6%. Todos esses produtos integram a lista de materiais com tarifa adicional de 50% imposta pelo governo americano, o que comprometeu sua competitividade frente a outros fornecedores globais.

Vale reforçar que, embora as pedras naturais brasileiras estejam inseridas na lista de minerais não metálicos críticos para a cadeia de construção residencial dos Estados Unidos, apenas um código tarifário (HTSUS 6802.99.00) foi incluído entre as exceções à tarifa adicional.

Esse código contempla os quartzitos, cuja demanda tem crescido significativamente. Já os demais materiais, como mármore, granito e pedra sabão, continuam sujeitos à sobretaxa, o que compromete a competitividade internacional e limita o aproveitamento integral do potencial exportador do setor.

“O Brasil possui a maior geodiversidade do planeta, com mais de 1.200 variedades de rochas naturais, um potencial único ainda tem muito a ser explorado no comércio global”, afirmou o presidente da Centrorochas, Tales Machado.

Aplicação premium em cozinhas e banheiros

Com alto valor agregado e reconhecidos por sua resistência e durabilidade, os quartzitos brasileiros têm sido amplamente aplicados no mercado norte-americano, sobretudo em bancadas de cozinhas e banheiros, onde estética e desempenho são determinantes. Esse uso, porém, não concorre com a produção doméstica americana de mármore e granito, tradicionalmente voltada para monumentos e obras públicas, o que reforça o caráter complementar, e não substitutivo, da pedra natural brasileira naquele mercado.

Os Estados Unidos se mantêm como o principal destino das rochas naturais brasileiras, respondendo por 53,9% das exportações entre janeiro e outubro deste ano. Na sequência vêm a China (17,0%) e a Itália (8,3%), ambos com desempenho recorde de compras, especialmente de blocos brutos, posteriormente beneficiados e comercializados em diversos continentes.

Segundo o presidente da Centrorochas, Tales Machado, o cenário reforça a importância de uma atuação técnica e estratégica diante dos desafios internacionais. “Desde o anúncio do tarifaço, iniciamos um forte trabalho de diplomacia empresarial com agendas técnicas e institucionais em Washington D.C., buscando mitigar os efeitos da medida e abrir caminhos para o crescimento sustentável do setor. O desempenho dos quartzitos mostra que essa articulação funciona e que o Brasil segue relevante e competitivo no mercado global de rochas naturais”, concluiu.

(*) Com informações da Centrorochas

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Acordo entre EUA e China têm efeito mais diplomático do que comercial, diz Biond Agro

Mesmo com o retorno parcial das compras chinesas, o mercado global de soja segue pressionado por excesso de oferta e margens apertadas

Da Redação (*)

Brasília – O recente acordo comercial entre Estados Unidos e China, que prevê a retomada de embarques agrícolas e redução de tarifas, trouxe otimismo momentâneo ao mercado de commodities. No entanto, a expectativa é que o impacto do acordo seja mais político do que econômico, sinalizando uma boa vontade diplomática, mas sem alterar o quadro fundamental de oferta e demanda da soja no cenário global.

A China deve importar cerca de 12 milhões de toneladas de soja americana em 2025, o que representa apenas um terço do volume registrado em 2020/21, quando as compras superaram 35 milhões de toneladas.

“O acordo demonstra mais um gesto de aproximação entre as potências do que uma mudança efetiva no fluxo comercial. A China segue priorizando a soja da América do Sul, especialmente a brasileira, por questões de competitividade e segurança de abastecimento”, explica Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro.

Soja sobe em Chicago, mas fundamentos seguem frágeis

Em outubro, a soja registrou uma das maiores altas em quatro anos na Bolsa de Chicago, com valorização superior a 10% no mês. O movimento, no entanto, foi impulsionado mais pela expectativa de mercado do que por mudanças concretas na oferta e demanda.

Os Estados Unidos possuem a expectativa de uma uma safra cheia, mas enfrentam lentidão nas exportações, enquanto o Brasil caminha para novo recorde, com produção estimada em 177 milhões de toneladas. Essa abundância mantém os estoques elevados e reduz os prêmios nos portos brasileiros, o que limita novas altas de preço.

“Esse ponto é crucial. A euforia momentânea em Chicago não nasce de fundamentos, nasce de manchetes. A oferta global permanece elevada e o estoque mundial de soja segue confortável, o Brasil vindo para o mercado com a potencial super safra em 25/26 o dará competitividade (+ oferta, – preço). A trégua, portanto, não muda o equilíbrio estrutural: apenas mascaram, por algumas semanas, o excesso de oferta e o descompasso entre preço e realidade”, analisa Felipe Jordy.

China compra menos, e janela americana segue curta

O pacto entre Washington e Pequim prevê a retomada das compras chinesas de produtos agrícolas, como soja e sorgo, e a redução de tarifas em ambas as direções. Ainda assim, as projeções apontam que a China deve importar cerca de 12 milhões de toneladas de soja americana em 2025, número inferior à média praticada dos últimos 5 anos de aproximadamente 28 milhões de toneladas.

“Essa diferença mostra que a janela de competitividade dos EUA segue restrita ao período de dezembro a fevereiro, antes da entrada da safra brasileira. A partir de março, o fluxo global volta a ser dominado pela América do Sul, reforçando o protagonismo brasileiro nas exportações”, comenta Felipe Jordy.

Gestão comercial e liquidez ganham importância

No mercado doméstico, o câmbio estabilizado em torno de R$ 5,35 já não compensa os prêmios enfraquecidos nem as oscilações de Chicago, mantendo o mercado físico travado. Atualmente, o Brasil comercializou cerca de 25% da safra, um atraso de 7 pontos percentuais em relação à média histórica para o mesmo período.

Diante desse cenário, a concentração de oferta nos próximos meses tende a pressionar a logística e os preços, reforçando a importância da gestão de liquidez.

“O momento exige uma cobertura mínima de 40% da produção, garantindo a proteção de custos e evitando exposição a eventuais quedas de preço ou gargalos logísticos. A estratégia deve priorizar margens e liquidez, combinando contratos futuros e barter de forma equilibrada”, finaliza.

(*) Com informações da Biond Agro

 

 

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Enaex 2025 debate reindustrialização, competitividade do Brasil no comércio exterior e reforma tributária

Durante a abertura do evento, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a AEB e a GE Aerospace homenagearam a Superintendência da 7ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil

Da Redação (*)

Brasília – O maior e mais tradicional evento de comércio exterior do Brasil, o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) prossegue hoje (13/) reunindo representantes do governo, especialistas e empresários para discutir os rumos da inserção competitiva e sustentável do país no mercado internacional. Realizado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), no Rio de Janeiro, em sua 43ª edição o Enaex reafirma seu papel como principal fórum de diálogo entre o setor produtivo e o poder público na busca de soluções para os desafios enfrentados por exportadores e importadores.

O tema desta edição – “Produtividade na Indústria e Competitividade no Comércio Exterior” – enfatiza a necessidade de políticas industriais e logísticas integradas para impulsionar a retomada econômica e ampliar a presença do Brasil nas cadeias globais de valor. Na abertura, nesta quarta-feira (12/11), o presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro, destacou que o encontro “se consolida como um espaço estratégico para propor políticas de Estado que tornem o Brasil mais competitivo e sustentável no comércio global”.

O diretor de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Márcio Fortes, destacou a importância da reindustrialização para gerar produtividade na indústria e competitividade no comércio exterior. “Temos esse compromisso estratégico com o estado do Rio de Janeiro”, sentenciou Marcio Fortes, apresentando dados de que a corrente de comércio fluminense entre janeiro e outubro de 2025 alcançou cerca de US$ 70 bilhões, evidenciando a relevância do setor para a economia regional.

Ele também mencionou as “Propostas Firjan para um Brasil 4.0”, documento com 62 medidas para modernizar a indústria nacional dentro do programa federal Nova Indústria Brasil (NIB). Diversas dessas propostas se relacionam diretamente ao comércio exterior — entre elas, a defesa da reforma tributária, que busca reduzir a cumulatividade de impostos e aumentar a competitividade das exportações, e a implantação do Portal Único de Comércio Exterior, que tem simplificado e desburocratizado as operações internacionais.

Além de Márcio Fortes, representando o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, também participaram da abertura do Enaex, Catarina Carneiro da Silva, gerente executiva de Análise, Desenvolvimento Econômico e Estatístico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC); José Luís Pinho Leite Gordon, diretor do BNDES; Priscila Sakalem, secretária de Transportes e Mobilidade do estado do Rio de Janeiro; e Bruno Costa, subsecretário de Relações Internacionais do estado do Rio.

Reforma Tributária

O primeiro painel “Reforma Tributária: um novo cenário para o comércio exterior brasileiro – desafios e perspectivas” foi um dos pontos altos do Enaex 2025, reunindo especialistas do setor público e privado para discutir os impactos das mudanças no sistema tributário sobre a competitividade das exportações nacionais.

Moderador do painel, Márcio Fortes destacou que a simplificação tributária é essencial para destravar o ambiente de negócios no país. “O Brasil ainda enfrenta uma das maiores complexidades fiscais do mundo. A reforma precisa tornar o sistema mais racional, com menos custos e mais previsibilidade para o setor produtivo”, afirmou.

Renato Agostinho, diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX), apresentou um panorama sobre os principais pontos da reforma e seus efeitos esperados. Segundo ele, estudos indicam que, em até 15 anos após a implementação do novo modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o Brasil poderá registrar aumento de 12% no PIB, crescimento de 14% nos investimentos e expansão de 17% nas exportações.

“O novo sistema deve reduzir distorções e eliminar resquícios tributários que hoje encarecem os produtos brasileiros no exterior. Isso significa um comércio mais competitivo e transparente”, explicou.

Para Mário Sérgio Denis, diretor de Economia da CNI, a reforma tributária representa um “divisor de águas” para a indústria nacional. Ele alertou, no entanto, que o sucesso dependerá da aplicação efetiva das regras e da segurança jurídica. “A manutenção da carga tributária global é essencial, mas precisamos garantir que a simplificação não gere novos custos ocultos ou perda de competitividade”, pontuou.

Já o advogado Breno Console, sócio do escritório Martinelli Advogados, reforçou que o fim da cumulatividade tributária e da chamada “guerra fiscal” entre estados é fundamental para reduzir o custo Brasil. “Hoje, cada estado cria incentivos próprios, muitas vezes favorecendo importações em detrimento da produção nacional. Com a tributação no destino e o fundo de compensação federativo, teremos um ambiente mais justo e produtivo”, afirmou.

Os debatedores foram unânimes em reconhecer que a reforma trará ganhos diretos ao comércio exterior, ao eliminar distorções e simplificar procedimentos. “A desoneração completa das exportações, agora de forma efetiva, é um passo decisivo para a competitividade global do país”, destacou Dayane Lima, coordenadora do Comitê Técnico Tributário da AEB.

O evento ainda também contou com a homenagem à Superintendência da 7ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil entregue pela AEB, Firjan e GE Aerospace, em reconhecimento à eficiência, competência e agilidade na implantação de novos sistemas e tecnologias operacionais voltadas ao comércio exterior. A placa comemorativa foi entregue ao superintendente adjunto Ronaldo Feltrin.

Ainda no primeiro dia de evento, à tarde, na Arena 1, ocorreu a palestra “Made In Rio: Jornada de internacionalização de empresas fluminenses e acesso à mercados internacionais”, com os analistas de Comércio Exterior da Firjan Internacional, Ana Carolina Vieira de Oliveira e Lucas Peron.

(*) Com informações da Firjan

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CNC promove fórum para debater impactos do tarifaço e estratégias para fortalecer presença do Brasil no comércio exterior

Evento promovido pela CNC reunirá especialistas para debater os impactos do protecionismo global e as estratégias para fortalecer a presença brasileira nas cadeias internacionais

Da Redação (*)

Brasília – Com o anúncio de novos aumentos tarifários por parte dos Estados Unidos e o crescimento das barreiras comerciais em diversos mercados, o comércio exterior brasileiro volta a enfrentar um cenário de incerteza e pressão competitiva. Para discutir os efeitos dessa conjuntura e propor caminhos de resiliência, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoverá, no dia 18 de novembro, o Fórum Comércio Exterior – Desafios e Oportunidades, das 10h às 11h30, com transmissão pelo canal CNC Play no YouTube.

Escalada tarifária expõe vulnerabilidades

Nos últimos meses, o chamado ‘tarifaço’ norte-americano — com sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros — acendeu um sinal de alerta entre exportadores e entidades representativas. Setores como o químico, metalúrgico e de transformação já relatam perdas de competitividade e redução de margens diante da nova onda de protecionismo internacional.

Para José Carlos Raposo Barbosa, presidente da Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros (Feaduaneiros), que participa do fórum representando a Câmara Brasileira do Comércio Exterior (CBCEX) da CNC, enriquecendo o debate com a visão técnica e a experiência prática do setor aduaneiro, o momento exige articulação institucional e planejamento estratégico.

“O comércio exterior brasileiro precisa de previsibilidade e de uma estratégia nacional sólida. As empresas estão preparadas para competir, mas necessitam de um ambiente que ofereça segurança jurídica e apoio governamental para enfrentar as barreiras externas”, afirma Raposo.

Brasil entre os países com mais barreiras não tarifárias

Além das tarifas impostas por parceiros internacionais, o país também enfrenta desafios internos. Estudos recentes apontam que o Brasil está entre as nações com maior número de barreiras não-tarifárias, que incluem exigências técnicas, licenças específicas e morosidade em processos aduaneiros. Esses entraves afetam principalmente as pequenas e médias empresas, que têm dificuldade de manter regularidade exportadora.

O economista Fabio Bentes, gerente-executivo de Análise e Desenvolvimento Econômico da CNC, explica que as cadeias globais de valor estão se reorganizando e que o Brasil precisa agir rapidamente para não perder espaço.

“A tendência mundial é de reindustrialização e regionalização de cadeias. Se o Brasil não reagir com acordos comerciais e políticas de incentivo, pode ver sua participação no comércio global cair ainda mais”, alerta Bentes.

Fórum propõe agenda de soluções e diálogo institucional

Com foco em soluções práticas e estratégias de médio prazo, o Fórum reunirá representantes do setor privado e de órgãos legislativos. Além de Raposo e Bentes, participarão Otávio Leite, consultor da Fecomércio-RJ e ex-deputado federal, e Felipe Miranda, coordenador legislativo da Diretoria de Relações Institucionais da CNC. O encontro discutirá temas como o impacto das tarifas internacionais e o papel da diplomacia comercial; a importância dos acordos regionais para redução de barreiras e custos logísticos; e caminhos para ampliar a competitividade brasileira e atrair novos exportadores.

Segundo Felipe Miranda, é essencial que o Congresso Nacional e as entidades empresariais atuem em sinergia. “O Brasil precisa atualizar sua política comercial com base em dados e previsões globais. O papel da CNC é justamente articular essa ponte entre o Legislativo e o setor produtivo”, afirma.

Protagonismo institucional

A abertura do evento contará com a participação de José Roberto Tadros, presidente da CNC, em mensagem especial, além de discursos de Luiz Carlos Bohn (presidente da Fecomércio-RS e coordenador-geral das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços), Sergio Henrique Moreira de Sousa (AGR) e Andrea de Marins Esteves (ACBCS). A iniciativa reforça o papel da CNC como principal articuladora das pautas empresariais do setor de comércio e serviços, consolidando sua atuação tanto em fóruns nacionais quanto internacionais.

Serviço

Data: 18 de novembro de 2025

Horário: 10h às 11h30

Formato: Online – transmissão ao vivo pelo canal CNC Play (YouTube)

Palestrantes: José Carlos Raposo Barbosa (Feaduaneiros), Otávio Leite (Fecomércio-RJ), Fabio Bentes(CNC) e Felipe Miranda (CNC).

Realização: CNC, por meio da Assessoria das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços (ACBCS) e da Assessoria de Gestão das Representações (AGR)

(*) Com informações da CNC

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