Tailândia encanta e brasileiros são o 3.º maior público do singular e fascinante Festival das Lanternas

O evento é uma experiência visual e espiritual que atrai milhares de brasileiros todos os anos e conta até com tradutor oficial em português

Da Redação

Brasília – A cada ano, o céu da Tailândia se transforma em um espetáculo de luz e emoção durante o Festival das Lanternas, celebrado por todo o país durante a lua cheia do 12º mês lunar, o que ocorreu na semana passada. Considerado um dos eventos mais belos e simbólicos do planeta, o festival realizado em Chiang mistura espiritualidade, tradição e conexão, atraindo milhares de visitantes de todo o mundo.

Em 2025, o Brasil se consolidou como o terceiro maior público estrangeiro, com cerca de 4,5 mil a 5 mil brasileiros entre os mais de 17 mil participantes – ficando atrás apenas de chineses e japoneses, de acordo com a Capital Marketing, representação oficial do Turismo da Tailândia no Brasil.

O brasileiro se tornou um público tão ávido pelo Festival das Lanternas que, há alguns anos, o evento passou a contar com tradutor oficial para o português. Entre os brasileiros presentes no evento neste ano, estavam 43 viajantes levados pela Se Tu For, Eu Vou – Viagens, agência especializada em expedições.

“A cada ano a procura aumenta. Parece que o boca a boca entre os viajantes virou o melhor marketing possível! Quem vai volta tão encantado que acaba indicando para os amigos, e aí pronto: no ano seguinte o grupo dobra! O Festival das Lanternas é aquela experiência que todo mundo quer viver pelo menos uma vez na vida, e a Tailândia virou o verdadeiro Brasil da Ásia”, conta Carolina Taketomi, sócia da agência.

O Chiang Mai CAD Festival, organizado pelo Chiang Mai Arts & Design, é o mais procurado entre os estrangeiros e acontece em um cenário cercado pela natureza, com rituais budistas, apresentações culturais, buffet tailandês e o aguardado momento em que as lanternas sobem ao céu e as cestas de luz flutuam pelos rios.

“O festival é superconcorrido e os ingressos limitados. Recomendamos comprar um ano antes, assim que abrem as vendas, mas quem vai em uma expedição com a gente não precisa se preocupar com nada, porque garantimos o ingresso em lugares privilegiados, com transfer privativo e toda a facilidade possível”, explica Carolina.

Lanternas flutuando no céu

O festival acontece em dois dias e o auge é à noite, quando o céu fica completamente iluminado pelas lanternas e o rio ganha um brilho dourado com os barquinhos flutuando. “É impossível não se arrepiar! Todo mundo fica em silêncio por alguns segundos, olhando pra cima. E aí começam os abraços, os sorrisos, as lágrimas. O clima é de emoção pura e gratidão. Mesmo quem chegou desacreditado sente uma energia diferente”, descreve Carolina. A mensagem principal, ressalta, é se desprender do que passou para abrir caminho ao novo – e é isso que as lanternas simbolizam.

A experiência vai além do visual e toca algo mais profundo. “O festival une tudo o que o brasileiro ama: significado, beleza e emoção. É uma vivência que vai além da foto – tem o simbolismo da renovação, de deixar ir o que não serve mais e abrir espaço para o novo. E brasileiro adora um momento de recomeço, né?”, reflete Carolina. O sentimento mais comum entre os brasileiros, conta, é um misto de emoção, espiritualidade e conexão — com o lugar, com o grupo e consigo mesmos.

“É aquele tipo de viagem que muda algo dentro da gente”, define Carolina. E também é um momento em que os brasileiros aproveitam para celebrar o amor e realizar sonhos. “Nos grupos que levamos para lá, já tivemos dois pedidos de casamento, renovação de votos, muitas lágrimas caindo por estarem realizando um sonho que parecia impossível. É muito gratificante poder participar desse momento lindo na vida dos nossos viajantes”, completa.

Para Carolina, o filme Enrolados, da Disney, também ajudou a despertar nos brasileiros o desejo de participar do Festival das Lanternas. Além disso, os viajantes da Se Tu For Eu Vou contam com suporte total em português: “O festival tem tradutor oficial para o público brasileiro, e nossos líderes fazem tradução simultânea durante os passeios”, completa.

Origem da tradição

A origem das lanternas está ligada ao antigo povo Lanna, que vivia no norte da Tailândia. Segundo a tradição, os balões de papel eram lançados ao céu durante a lua cheia do 12.º mês lunar como forma de enviar orações às relíquias de Buda guardadas nos céus. Com o tempo, o gesto de devoção se transformou em um espetáculo visual que encanta tailandeses e turistas do mundo todo. Hoje, mesmo com regras mais rígidas para o lançamento das lanternas nas cidades, a celebração continua viva, com casas e templos decorados por pequenas luzes e velas que mantêm acesa a essência espiritual do Festival das Lanternas.

Roteiro

O roteiro de 12 dias na Tailândia da Se Tu For, Eu Vou – Viagens vai muito além do Festival das Lanternas. “É incrível e supercompleto! Passamos por Bangkok, com seus templos e mercados milenares; Chiang Mai, onde vivemos o Festival das Lanternas e o contato com a natureza; e Phi Phi Island, com praias de água azul-turquesa que parecem saídas de um filme. É o combo perfeito entre cultura, agito e descanso”, detalha Carolina.

Por isso tudo, a Tailândia tem se tornado um dos destinos mais procurados entre os clientes da agência — e com razão. É uma viagem que combina cultura, espiritualidade, natureza exuberante e uma energia difícil de explicar, mas fácil de sentir. “Já temos, inclusive, expedição programada para 2026”, conta Carolina.

Os grupos são sempre diversos: há casais em lua de mel, amigos em busca de aventura, mães e filhas viajando juntas e muitos viajantes solo que chegam tímidos e voltam com uma nova turma de amigos para a vida toda. Em uma única jornada, é possível relaxar em praias paradisíacas, participar de festivais cheios de significado espiritual, visitar templos milenares, brincar de ser “babá de elefantes por um dia”, conhecer a tribo das mulheres-girafas, provar insetos fritos, fazer massagem tailandesa diariamente e ainda viver algumas das festas mais animadas do planeta

Preços acessíveis e conectividade

O aumento do número de brasileiros viajando para a Tailândia não é por acaso. De acordo com a Capital Marketing, representante oficial do Turismo da Tailândia no Brasil, o crescimento se deve a uma combinação de fatores: o trabalho contínuo de divulgação do destino, o excelente custo-benefício – com hospedagem, alimentação e passeios bem mais baratos que em outros países -, a diversidade de paisagens e experiências que o país oferece e o avanço da conectividade aérea.

Nos últimos anos, a ampliação das rotas e o aumento da oferta de voos facilitaram o acesso dos brasileiros ao Sudeste Asiático, tornando a Tailândia uma escolha cada vez mais viável e desejada. Além disso, não é necessário visto para brasileiros que desejam ingressar no país a turismo ou negócios, com permanência limitada a 90 dias – o passaporte deve ter pelo menos seis meses de validade.

 

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Especialista em comex explica por que a moeda do Brics é vista como ameaça à hegemonia americana

Especialista em comércio exterior Jackson Campos explica por que Trump tem sido tão vocal e agressivo contra a criação da moeda; Brasil seria beneficiado, mas precisaria de cautela
Da Redação

Brasília – Tema central nas discussões entre Brasil e EUA, a criação de uma moeda para as negociações entre os países do Brics é vista como uma ameaça à hegemonia americana. Buscando defender o dólar e seu valor no mercado internacional, o presidente Donald Trump tem sido muito vocal contra o bloco econômico e suas movimentações, deixando claro que a guerra comercial está longe de acabar, mas é necessário entender por que é tão importante para o chefe da Casa Branca essa proteção à moeda americana.

A perda da hegemonia do dólar seria uma catástrofe para a economia americana. Segundo relatório do Congresso dos EUA, cerca de 60% das reservas cambiais globais e quase 90% das transações de câmbio envolvem a moeda e, para o especialista em comércio exterior, Jackson Campos, uma nova moeda tiraria o poder de barganha que os americanos possuem no mercado.

“Os Estados Unidos têm muita influência no cenário internacional e muito se dá por conta de serem a moeda mais aceita globalmente. Uma nova moeda, ainda mais em mercados imensos como China e Rússia, diminuiria a dependência do dólar e a influência americana em todo o globo, causando um grande dano à economia americana, que se beneficia muito com a dolarização e o poder que exerce sobre o comércio internacional”, explica Campos.

Outro ponto é que, por conta do uso massivo e internacional do dólar, os EUA conseguem usar o sistema financeiro global como instrumento de pressão política. Isso significa que, ao impor sanções contra um país, os americanos podem bloquear transações, congelar ativos e limitar o acesso a bancos e sistemas de pagamento internacionais. Isso já acontece hoje contra o Brasil através da Lei Magnitsky, atingindo figuras importantes do cenário político nacional.

“As sanções aplicadas contra brasileiros é uma forma que a dolarização pode impactar diretamente sobre a soberania e economia de outros países. Se o BRICS criasse uma moeda própria para negociações entre seus membros, boa parte dessas operações poderia ocorrer fora do alcance do sistema dolarizado, enfraquecendo a eficácia das sanções e diminuindo o poder dos EUA de influenciar comportamentos políticos e econômicos de outros países. Trump sabe muito bem o que está defendendo e não vai hesitar em tomar medidas mais protetivas se necessário”, avalia o especialista.

Entretanto, o grande problema para os americanos seria a desvalorização do dólar e a dificuldade que a Casa Branca encontraria para financiar a dívida do país, que já ultrapassa aproximadamente US$ 36,56 trilhões em abril de 2025, representando cerca de 120% do PIB do país, segundo o Tesouro Americano.

Sem a força da moeda no mercado internacional, com empréstimos para outros países e seu uso em negociações comerciais, os juros internos começariam a subir e a economia doméstica seria atingida em cheio. “Esse é o ponto mais crucial. O aumento dos preços internamente sinalizaria como um fracasso para o governo republicano e dificultaria muito o cenário para Trump e seus aliados nas próximas eleições. Os americanos não abrem mão do consumo e o presidente sabe da importância da manutenção do poder de compra”, afirma Campos.

E para o Brasil?

Se para os americanos não seria nada interessante a criação de uma nova moeda internacional, para o Brasil, integrante dos Brics, seria uma alternativa de escapar das decisões do FED, ganhando mais autonomia monetária e diplomática. “Seria bom para o Brasil porque diminuiria custos cambiais e volatilidade nas trocas com parceiros como China e Índia, reforçando o comércio no sul global”, diz o especialista.

Entretanto, Campos afirma que é necessário cautela para que o país não fique dependente de Pequim, já que o país asiático é a maior economia dentro do bloco econômico e, possivelmente, tomaria a dianteira na hora da criação das regras do uso dessa moeda.

“Surgiriam desafios de governança e risco de assimetria de poder, especialmente se o protagonismo chinês não for equilibrado por mecanismos de decisão mais democráticos dentro do bloco. O Brasil teria que tentar se proteger e, ao mesmo tempo, conquistar espaço diplomático para conseguir defender seus interesses sem causar atritos com a China e os outros países do bloco. É necessário cautela e muita diplomacia, algo que o governo brasileiro é reconhecido mundialmente”, finaliza o especialista em comex.

 

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Natal deve impulsionar importações de eletrônicos, brinquedos e bebidas, projeta especialista

Com varejo aquecido e câmbio ainda instável, importadores reforçam compras para o fim do ano; eletrônicos e brinquedos ganham tração e bebidas premium voltam ao radar. Hedging e planejamento tributário entram na rotina para preservar margens

Da Redação (*)

O aquecimento do consumo para o Natal volta a estimular a importação de itens sensíveis ao dólar como eletrônicos, brinquedos e bebidas. Em 2024, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) estimou R$ 69,75 bilhões em vendas natalinas, alta real de 1,3% ante 2023, referência que baliza o varejo às vésperas do último trimestre de 2025 e sugere demanda firme no fim do ano, embora ainda abaixo do pré-pandemia (R$ 73,74 bilhões em 2019). 

No lado da oferta, os sinais de recomposição de estoques aparecem primeiro na indústria eletroeletrônica: as importações do setor cresceram 13,6% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, somando US$ 8,6 bilhões, segundo a Abinee , movimento coerente com a sazonalidade que antecipa Black Friday e Natal. 

No eixo infantil, a compra externa de brinquedos acelera historicamente de julho a outubro; em 2024, o Brasil importou mais de US$ 640 milhões no ano até outubro, com 80% do volume vindo da China uma proxy útil para a curva de 2025. Nas bebidas, relatórios do mercado de vinhos apontam retomada das importações no 1º semestre de 2025, apesar da oscilação cambial, reforçando a tendência de sortimento premium para as festas. 

Câmbio segue determinante nos preços ao consumidor

A taxa de câmbio alivia desde o pico do início do ano, mas continua volátil. A PTAX fechou agosto de 2025 em R$ 5,426 e setembro em R$ 5,319, abaixo das máximas de 2024, mas ainda em patamar que pressiona cadeias com alto conteúdo importado. Estudos acadêmicos lembram que, no Brasil, a depreciação do real eleva o custo de bens importados e de produtos com componentes externos, com repasses mais intensos em eletrônicos e fármacos e efeitos indiretos sobre outros segmentos. 

O que tende a liderar as compras externas

  • Eletrônicos e gadgets (smartphones, wearables, áudio e consoles): cadeia global dolarizada e forte elasticidade à renda nas datas de promoção. Importações do setor já mostram tração em 2025.
  • Brinquedos (linha licenciada e interativa): sazonalidade marcada e dependência da Ásia; a referência de 2024 indica concentração de compras no 3º tri.
  • Bebidas importadas (vinhos, espumantes e destilados): sortimento premium cresce na virada do ano; relatórios do 1º semestre apontam retomada do apetite por rótulos internacionais.

Como blindar margem em um fim de ano volátil

Para Thiago Oliveira, CEO da Saygo, a previsibilidade do caixa começa na gestão de risco.“Em datas de pico, quem chega ao Natal sem proteção cambial transforma câmbio em loteria. Termos e NDFs para travar taxa, contas em moeda estrangeira para casar fluxos e plataformas digitais de câmbio para escalonar compras são hoje práticas de sobrevivência no varejo.”

Oliveira acrescenta que, além do hedge, o planejamento tributário e aduaneiro faz diferença. “Benefícios fiscais como os concedidos por estados, a classificação fiscal correta e cronogramas de nacionalização reduzem o custo efetivo por unidade. Regimes como o drawback também contribuem para otimizar operações voltadas à exportação. O ganho não está só na taxa do dia, mas no custo total da importação, do frete ao desembaraço”, finaliza.

(*) Com informações da Saygo

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Como o Brasil se tornou uma potência agrícola mundial?

Valter Casarin (*)

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de produtos agrícolas, apesar de uma desvantagem significativa: seu solo exige a aplicação de produtos e insumos para atingir os níveis ideais de nutrientes para o crescimento das plantas. Solo tropical significa altas temperaturas médias e chuvas intensas, uma característica que existe desde os tempos pré-históricos. As reações químicas induzidas por essas condições reduziram a quantidade de nutrientes nas terras agrícolas e, portanto, na sua fertilidade.

No Brasil, a escassez de terras naturalmente férteis para alimentar uma população crescente levou à expansão da atividade agrícola para o Cerrado. Nas últimas décadas, investimentos públicos maciços têm apoiado a pesquisa agrícola e incentivado o setor agropecuário nessa região. Esse fato proporcionou ao Cerrado se tornar um dos principais polos de produção agrícola, pecuária e plantio de florestas. O sucesso desse esforço de desenvolvimento abre novas possibilidades para a expansão agrícola sustentável e de alta produtividade.

A expansão da agricultura nessa região foi possibilitada por condições naturais favoráveis, incluindo chuvas abundantes, temperaturas amenas, topografia adequada à mecanização e boa drenagem do solo. Ainda assim, a produtividade é limitada por características desfavoráveis ​​do solo, como alta acidez e teor de alumínio, baixa fertilidade e má retenção de água. A adoção de novas tecnologias, como correção da acidez do solo, adubação adaptada e a agricultura de precisão, permitiu que a agricultura se estabelecesse com sucesso na região.

Mesmo com essas condições desfavoráveis, o país continua produzindo cada vez mais alimentos, às vezes com duas ou três safras por ano, ao contrário da maioria dos outros países, que conta com uma safra anual somente.

Outros fatores também se mostraram necessários para tornar a expansão agrícola economicamente viável. Foi necessário desenvolver fontes locais de calcário e fertilizantes, e estudar as taxas de aplicação economicamente vantajosas para culturas anuais e perenes. A fertilização equilibrada, baseada nas necessidades nutricionais das plantas, levou a maiores rendimentos.

O uso de calcário e fertilizantes minerais foi decisivo para corrigir a acidez, repor nutrientes essenciais (como fósforo, nitrogênio e potássio) e permitir o desenvolvimento de cultivos de alto rendimento. Sem a adubação correta, o salto de produtividade seria impensável. A soja, que hoje rende mais de 3,5 toneladas por hectare, produziria menos de um terço disso. O milho, que alcança 10 a 12 toneladas por hectare nas regiões mais tecnificadas, cairia para menos de 3 toneladas sem reposição de nutrientes. Em outras palavras, fertilizantes não apenas aumentam a produção, mas viabilizam a agricultura tropical.

Os fertilizantes não são apenas instrumentos de produtividade, mas também de eficiência e sustentabilidade, pois aumentam o uso racional da terra, reduzindo a necessidade de abrir novas áreas agrícolas, como também melhoram o balanço de carbono e o uso eficiente da água ao promover plantas mais vigorosas.

Com o crescimento populacional e o papel do Brasil como grande exportador de alimentos, os fertilizantes são essenciais para garantir segurança alimentar global. A experiência brasileira mostra que fertilidade construída é produtividade garantida.

O uso correto de fertilizantes, aliado ao manejo do solo, rotação de culturas e boas práticas agrícolas, é o caminho para uma agricultura produtiva, sustentável e competitiva.
Mais do que insumos, os fertilizantes são instrumentos de transformação de solos pobres em terras férteis e produtivas.

Mas o papel dos fertilizantes vai além da produtividade. Eles são também aliados da sustentabilidade. Ao elevar a eficiência do uso da terra e da água, reduzem a pressão sobre novas áreas de cultivo e contribuem para o equilíbrio ambiental. O uso racional e planejado desses insumos, combinado com boas práticas agrícolas, é uma das formas mais eficazes de conciliar produção e conservação.

Nos últimos anos, a tecnologia dos fertilizantes evoluiu rapidamente. O desenvolvimento de fontes adaptadas aos solos tropicais, capazes de liberar nutrientes de forma mais eficiente e reduzir perdas, tornou-se uma prioridade. Fertilizantes fosfatados especiais, produtos com liberação controlada, adubos organominerais e soluções que incorporam bioinsumos são exemplos de uma nova geração de tecnologias que unem produtividade, economia e sustentabilidade. A agricultura brasileira é, antes de tudo, uma história de superação dos limites da natureza.

Boa parte do território nacional é formada por solos tropicais altamente intemperizados, ácidos e pobres em nutrientes, condições que, à primeira vista, pareciam incompatíveis com uma agricultura de alta produtividade. Mas foi justamente nesse cenário desafiador que o Brasil construiu uma das mais impressionantes trajetórias agrícolas do mundo.

Essa intensificação sustentável é uma das grandes conquistas da agricultura moderna. Produzir mais, em menos espaço, com eficiência e responsabilidade ambiental.
Cada hectare bem nutrido representa não apenas maior produção de alimentos, mas também menos pressão sobre novas áreas, ajudando a preservar florestas e ecossistemas nativos. Fertilizantes não são apenas insumos: são instrumentos de transformação, ciência aplicada à terra, energia que alimenta o ciclo da vida e sustenta o alimento que chega ao nosso prato.

Em solos pobres, a tecnologia fez brotar abundância. E é essa combinação entre conhecimento, manejo e nutrição que continuará guiando o Brasil pelo caminho das altas produtividades com sustentabilidade, produzindo mais, em menos área, e com respeito à natureza.

(*) Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida

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ApexBrasil e Sebrae lançam programa inédito de incubação de startups em Portugal

O lançamento aconteceu no Escritório da ApexBrasil na capital portuguesa durante o Web Summit Lisboa 2025, que reúne quase 400 empresas inovadoras brasileiras no maior evento de tecnologia e inovação_

Da Redação (*) A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), lançou oficialmente, nesta terça-feira (11), o Programa de Incubação de Startups em Portugal, uma iniciativa inédita. O anúncio foi feito pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e pelo presidente do Sebrae, Décio Lima, no Escritório da ApexBrasil em Lisboa, logo após a cerimônia de abertura do Pavilhão Brasil no Web Summit 2025.

O Programa vai abrir as portas do Escritório da ApexBrasil em Lisboa – inaugurado em 2025 dentro da estratégia de fortalecimento da presença brasileira na Europa -, localizado em região estratégica na capital portuguesa, para dez startups brasileiras desenvolverem, presencialmente, seus projetos de expansão internacional, promoção comercial e atração de investimentos em Portugal e em outros mercados europeus. A primeira turma será iniciada em 2026, com duração de até nove meses.

“Dez empresas vão passar nove meses aqui em Lisboa, no nosso escritório da Apex, buscando se internacionalizar, com uma agenda de trabalho intensa. Ano que vem virão outras dez. Essa é uma grande oportunidade, e nós estamos dando um passo à frente do Web Summit, mostrando que o Brasil é um parceiro global confiável e inovador”, afirmou Jorge Viana durante o lançamento.

As dez startups selecionadas foram escolhidas entre 108 empresas de alto potencial internacional, previamente identificadas pela curadoria do Web Summit e pela plataforma global de inovação Plug and Play, parceira da Agência na seleção. Desse grupo inicial, 30 empresas avançaram para a etapa final, da qual saíram as dez escolhidas para integrar o programa de incubação. O anúncio das selecionadas ocorreu durante a cerimônia de lançamento.

Confira as empresas selecionadas: AIPER, BioTech (SP); Beeviral, MarTech (RJ); Wood Chat, ClimaTech (AC); BioLinker, BioTech (SP); Just Travel, TravelTech (BA); Hope, AgriTech (SP); PixNow, FinTech (SP); SleepUp, HealthTech (SP); SST, DeepTech (SP); e 593iCAN, Indústria (SP).

Durante o lançamento, o presidente do Sebrae, Décio Lima, ressaltou a importância da parceria. “O Sebrae está aqui junto com a Apex porque esse é um mundo que não tem mais volta. Se nós não tivermos um mecanismo de indução, que é o papel do Sebrae, do espírito empreendedor e de preparação para o mercado globalizado, não estaremos cumprindo com responsabilidade a nossa tarefa”, disse.

Abertura do Pavilhão Brasil no Web Summit

O Pavilhão Brasil no Web Summit Lisboa 2025 foi inaugurado por Jorge Viana e Décio Lima no início da tarde. A cerimônia marcou o início das atividades da delegação brasileira no evento que é um dos maiores encontros globais de tecnologia e inovação da Europa. Organizada pela ApexBrasil, Sebrae e outras entidades parceiras, a presença do Brasil no Web Summit 2025 conta com quase 400 startups e empresas inovadoras de todas as regiões do país.

Dirigindo-se à plateia do Pavilhão Brasil, Jorge Viana destacou o papel do país na agenda global de inovação e sustentabilidade. “É muito bom ver o rosto de cada um de vocês aqui. Eu e o Décio viemos direto da COP, que está sendo um sucesso, o Brasil voltou a ser protagonista nesse tema. Cuidar do clima, enfrentar a crise climática e inovar são agendas que caminham juntas. Inovar também é uma forma de ajudar o planeta e a sociedade a viverem melhor, e muitos de vocês estão fazendo exatamente isso”, afirmou.

Viana destacou que a presença brasileira no Web Summit reflete a visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recolocar o país no centro das grandes agendas globais. “Essa presença nossa aqui no Web Summit traduz o sentimento que o presidente Lula tem nos pedido: o Brasil de volta ao mundo, se mostrando, dialogando, construindo boas parcerias. Só nós, da Apex, já realizamos 18 encontros empresariais com a participação dele, os últimos na Indonésia e na Malásia, do outro lado do planeta. Tudo isso com o propósito claro de reforçar o papel do Brasil nas agendas internacionais. O Brasil presidiu o G20, preside os BRICS e sedia a COP 30. É muita responsabilidade, mas também uma grande oportunidade para o nosso país”, destacou.

Ao lado de Viana, Décio Lima ressaltou o papel do Brasil como referência mundial em sustentabilidade e desenvolvimento equilibrado. “Vivemos um momento extraordinário. A economia, de forma cartesiana, nos mostra isso: temos deflação, pleno emprego, saímos do mapa da fome. Somos o único país do mundo com seis biomas e, portanto, um exemplo vivo do conceito de sustentabilidade. Somos também o único país com 87% de consumo de energia limpa. Hoje, o Brasil é uma verdadeira escola para salvar o planeta, não apenas pela Amazônia, mas pelo exemplo do que construímos historicamente, com amor e respeito às árvores, à natureza, aos rios e a tudo aquilo que, diferente de muitos lugares do planeta”, destacou.

Décio Lima também destacou o trabalho conjunto entre as instituições brasileiras e o espírito de união que marcou a presença do Brasil no evento. “Quero agradecer aqui toda essa produção que a gente aglutinou com os Sebraes de todo o Brasil, com a Apex, com as entidades empresariais, com as áreas de fomento, com tudo aquilo que nos permite dizer aqui, em Lisboa, uma expressão que é verdadeira: nós somos um abelheiro. Somos a produção da doçura, de um mundo melhor, de uma vida melhor, desse mel com o qual a gente vai tocar a vida, não no futuro, mas já no presente da humanidade”, afirmou.

“Eu estou vibrando com o sucesso de todas as empresas que estão aqui no Web Summit, porque o sucesso de vocês é o nosso sucesso, é o sucesso do nosso querido Brasil”, finalizou Jorge Viana.

Vitrine da inovação nacional

Instalado na MEO Arena, o Pavilhão Brasil é o principal espaço de visibilidade institucional e comercial das startups brasileiras no Web Summit Lisboa 2025. O ambiente reúne painéis, pitch sessions, encontros de negócios, mentorias e ações voltadas à promoção de soluções tecnológicas, à geração de parcerias estratégicas e ao fortalecimento da imagem do Brasil como polo global de inovação, criatividade e sustentabilidade.

Até o dia 13 de novembro, as startups participantes terão oportunidade de apresentar soluções escaláveis e sustentáveis, com alto potencial de internacionalização, em áreas como tecnologia verde, inteligência artificial, saúde digital, agritech, fintech, indústria criativa e sustentabilidade.

Videocast no Pavilhão Brasil

Para ampliar o alcance da participação brasileira no Web Summit Lisboa 2025, estão sendo gravados três episódios do ApexPod em Movimento, videocast da ApexBrasil. As conversas abordam temas como inovação nas diferentes regiões do país, o papel de Portugal como porta de entrada para o mercado europeu e os aprendizados gerados pela presença do Brasil no evento. Os episódios serão transmitidos no canal da ApexBrasil no YouTube.

Seminário de Internacionalização

Nesta segunda-feira (10), a delegação brasileira participou do Seminário de Internacionalização, promovido pela ApexBrasil em parceria com o Sebrae. O encontro antecedeu a abertura do Web Summit Lisboa 2025 e reuniu mais de 500 participantes. Apoios à expansão global, fundos e investimentos em startups, incentivos à inovação em Portugal e estratégias de soft landing para empresas inovadoras brasileiras estiveram entre os temas debatidos.

(*) Com informações da ApexBrasil

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Enaex 2025: fórum de comércio exterior aborda aumento de barreiras comerciais e incertezas no mundo

Da Redação (*)

Brasília – Em um cenário de tensões geopolíticas crescentes e incertezas que ameaçam a atividade industrial global, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) realiza o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex). O mais tradicional fórum sobre as relações comerciais do Brasil com seus parceiros no mundo será realizado AMANHÃ (12) e QUINTA (13), no ExpoRio, na Cidade Nova, região central do Rio de Janeiro, com transmissão simultânea pelo YouTube da entidade. O tema da 43ª edição é “Reindustrializar para gerar produtividade na indústria e competitividade no comércio exterior”.

O ex-embaixador do Brasil na China e presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, Luis Augusto de Castro Neves; o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos e Europa e presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE), Rubens Barbosa; o diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Renato Agostinho; o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Mello Alvarenga, estão entre os nomes confirmados.

A edição de 2025 será marcada por uma conferência abrangente e estratégica, projetada para fomentar o conhecimento, a análise crítica e a troca de experiências. O evento contará com três frentes de destaque: a Plenária Principal, que apresentará nove painéis temáticos com vozes influentes da academia, do mercado e do setor público; o Centro AEB de Capacitação, oferecendo 13 aulas gratuitas ministradas por acadêmicos de instituições de ensino renomadas; e a Arena Enaex, um palco dinâmico para workshops, lançamentos e diversos eventos corporativos.

Para otimizar a interação com o setor público e o apoio direto às empresas, os executivos terão acesso a um espaço exclusivo para atendimento individualizado de despacho executivo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

“Com uma trajetória iniciada em 1972, o Enaex consolida-se como um espaço para a construção de caminhos e a proposição de políticas que visam à expansão da inserção competitiva e sustentável do Brasil no mercado internacional. O nosso compromisso é fomentar o debate e assegurar que as demandas do setor privado sejam ouvidas e traduzidas em ações efetivas que beneficiem toda a cadeia de negócios com o exterior”, ressalta José Augusto de Castro, presidente-executivo da AEB.

 

O presidente do Conselho de Administração da AEB, Arthur Pimentel, pontua que o Enaex realiza-se em um cenário global de crescentes tensões políticas, com aumento de barreiras e incertezas que representam riscos significativos para as perspectivas do comércio mundial e a atividade industrial. É precisamente neste contexto, segundo Pimentel, que a AEB decidiu focar na reindustrialização.

“Vemos essa conjuntura como uma oportunidade singular para que representantes do governo e da iniciativa privada debatam o futuro do comércio internacional e do próprio comércio exterior brasileiro sob uma ótica renovada de inovação e sustentabilidade. Isso inclui o impulso a novas tecnologias, como a inteligência artificial, e a transição para fontes renováveis, adaptando-nos às novas demandas mundiais em meio a crises e incertezas”, ressalta o presidente do Conselho.

Arena Enaex

Complementar à Plenária Principal, que reúne grandes líderes e autoridades para debates estratégicos, a Arena Enaex 2025 nasce para dar voz aos protagonistas de nichos específicos, como tecnologia, ESG, logística, inovação, regulação e financiamento. Empresas, entidades e instituições terão a oportunidade de patrocinar sessões para promover debates, lançamentos e conversas em um ambiente descontraído, moderno e interativo.

Capacitação

O Centro AEB de Capacitação reforça o compromisso da Associação com a educação e o aprimoramento profissional, oferecendo 13 aulas gratuitas nos dois dias de fórum, ministradas por acadêmicos renomados. As aulas abordarão temas atuais e de grande interesse para a cadeia do comércio exterior, como Tarifa Externa Comum do Mercosul; Como elaborar um Plano de Marketing Internacional; Oficina de Arbitragem no Comércio Exterior; A Neurociência da Liderança; Multilateralismo em Tempos de Crise: A Rota para o Crescimento do Comércio Global.

“A educação é um pilar estratégico da AEB, por isso, com o Centro de Capacitação, buscamos oferecer uma base sólida de conhecimento e ferramentas analíticas para os profissionais do comércio exterior. É fundamental capacitar o capital humano com uma visão crítica e atualizada, permitindo que o Brasil se posicione de forma mais competitiva e sustentável no cenário global”, afirma Roberta Portella, coordenadora acadêmica do Centro AEB de Capacitação, professora de Direito Internacional do Comércio na Fundação Getulio Vargas, conselheira técnica da AEB e sócia do R. Portella Advogados.

Na programação da Plenária Principal do Enaex 2025, estão painéis sobre temas cruciais como a Reforma Tributária e seus impactosA transição climática nas relações comerciais internacionais; Como a Inteligência Artificial está redefinindo o comércio mundial; AgroTech e comércio exterior; Como preservar mercados internacionais e conquistar novos mercados num mundo em instabilidade geopolítica?; e Iniciativas para aperfeiçoar e fortalecer o sistema de financiamentos às exportações.

As inscrições para o Enaex são gratuitas e podem ser realizadas pelo site oficial do evento. Para aqueles que não puderem comparecer presencialmente, o encontro será transmitido ao vivo pelo canal da AEB no YouTube.

(*) Com informações da AEB

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O toque humano é insubstituível até na era da IA 

Fabiano Nagamatsu (*)

A ‘sensibilidade’ humana continua sendo insubstituível até na era da Inteligência Artificial. A tecnologia avança em ritmo acelerado e já é capaz de processar volumes gigantescos de dados, prever comportamentos e responder em segundos a demandas complexas.

No entanto, mesmo diante dessa sofisticação, há algo que permanece exclusivamente humano que é a capacidade de olhar nos olhos, compreender nuances emocionais e transmitir empatia genuína. É nesse espaço de sensibilidade e conexão que as máquinas não conseguem penetrar totalmente, por mais desenvolvidas que se tornem.

Os números mostram a relevância prática da automação. Estimativas recentes apontam que até 70% das interações comuns de atendimento ao cliente podem ser conduzidas por assistentes virtuais e chatbots, o que gera ganhos de eficiência e redução de custos significativos.

Relatórios do setor indicam ainda que quase 80% das empresas devem adotar algum tipo de chatbot até 2025. A promessa é agilidade, disponibilidade em tempo integral e redução de filas de espera. Porém, a satisfação do cliente não depende apenas de rapidez ou praticidade. Muitas vezes, a diferença entre um problema resolvido e um cliente fidelizado está na forma como a empresa demonstra cuidado e compreensão.

Um estudo publicado na revista Nature Human Behaviour em 2025 reforça essa percepção. Mais de seis mil participantes avaliaram respostas idênticas, ora atribuídas a pessoas, ora a sistemas de IA.

As mesmas palavras, quando associadas a um ser humano, foram classificadas como mais empáticas e solidárias. O simples fato de haver um rosto, uma voz ou uma intenção humana por trás das frases fez toda a diferença. Esse dado ilustra que, mesmo quando a máquina responde com precisão, o interlocutor continua valorizando a percepção de humanidade no contato.

Outro ponto relevante é a diferença entre empatia cognitiva e empatia afetiva. Sistemas de IA já conseguem identificar emoções e adaptar mensagens, simulando empatia cognitiva. Mas sentir, compartilhar e reagir de maneira autêntica ao sofrimento ou à alegria de outra pessoa continua fora do alcance da tecnologia.

Humano e IA

Pesquisadores que analisam o avanço da IA em interações emocionais mostram que, em situações de vulnerabilidade, como crises de saúde ou perdas pessoais, consumidores preferem claramente falar com alguém de carne e osso. Um relatório da ArvatoConnect, divulgado em 2024, mostrou que pessoas em condições emocionalmente delicadas apontam o contato humano como fator decisivo de confiança em atendimentos.

Ignorar esse aspecto pode trazer riscos concretos para as empresas. A dependência excessiva de automações pode gerar respostas frias e impessoais, processos que ignoram contextos emocionais e comunicações que soam artificiais. O resultado pode ser perda de credibilidade e desgaste da imagem da marca.

Afinal, eficiência sem sensibilidade pode se traduzir em abandono de clientes e queda de lealdade. É por isso que tantas companhias que buscam excelência em experiência do consumidor têm investido em estratégias híbridas, em que a tecnologia cuida do que é operacional e repetitivo, enquanto os profissionais se concentram nas demandas que exigem criatividade, emoção e julgamento contextual.

Exemplos práticos ilustram bem esse equilíbrio. Se um cliente recebe um produto defeituoso, a IA pode rapidamente registrar a ocorrência, oferecer reembolso e encaminhar um protocolo. Mas, para transformar a frustração em confiança, é preciso alguém que ouça, se desculpe e mostre interesse em resolver a questão de maneira personalizada. Esse gesto humano é o que fideliza, cria vínculo e transforma uma experiência negativa em oportunidade de relacionamento.

Relatórios de consultorias especializadas como a CMSWire apontam que empresas que adotam esse modelo combinado apresentam melhores índices de satisfação e maior retenção de clientes. Isso ocorre porque, no final das contas, as pessoas não se lembram apenas de terem sido atendidas com rapidez, mas de como se sentiram durante a interação. A emoção associada ao contato é o que define a qualidade da experiência.

Portanto, vemos que a IA é uma ferramenta poderosa, capaz de gerar ganhos expressivos de produtividade e inovação. Mas ela não possui consciência nem empatia genuína. A armadilha da desumanização está justamente em acreditar que eficiência basta. O grande desafio das organizações é encontrar o equilíbrio entre aproveitar o potencial da tecnologia e preservar o valor insubstituível do humano. No fim, máquinas processam dados; pessoas constroem relações. E são os relacionamentos que sustentam, em última instância, a confiança e o futuro das empresas.

(*) Fabiano Nagamatsu é CEO da Osten Moove, empresa que faz parte da Osten Group, uma Aceleradora Venture Studio Capital focada no desenvolvimento de inovação e tecnologia. Conta com estratégias e planejamentos baseados no modelo de negócio de startups. – ostenmoove@nbpress.com.br

 

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COP30: ApexBrasil lança estudos sobre comércio exterior e investimentos de estados amazônicos

Publicações sobre Pará e Rondônia apontam milhares de oportunidades de exportação nos estados e reforçam o papel da Amazônia na economia verde global

Da Redação (*)

Brasília – Em sintonia com o debate internacional da COP 30, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou dois novos estudos da série Oportunidades de Exportação e Investimentos, desta vez dedicados aos estados do Pará e Rondônia. As publicações evidenciam o potencial econômico e sustentável da região amazônica, identificando milhares de oportunidades de exportação nos estados e apontando caminhos estratégicos para a atração de investimentos estrangeiros comprometidos com a economia verde e a bioeconomia florestal.

Os estudos reforçam o papel estratégico do Brasil e da Amazônia na transição global para uma economia de baixo carbono. Em 2024, o Pará foi o maior exportador da região Norte, com US$ 23 bilhões em vendas externas, enquanto Rondônia apresentou crescimento de 4,1% nas exportações, em relação ao ano anterior.

A indústria extrativa se consolida como principal macrossetor da pauta exportadora do Pará, representando 70,1% das exportações de 2024. Já em Rondônia, é a agropecuária que responde pela maior porcentagem: 49,5%. Quanto aos produtos, destacam-se o café não torrado em Rondônia, cujas exportações cresceram 644% dentre 2023 e 2024 e especiarias no Pará, que cresceram 55,6% no mesmo período.

Oportunidades de exportação

Além dos produtos tradicionais, os levantamentos revelam forte potencial de expansão em setores sustentáveis, como madeira e derivados. O Mapa de Oportunidades da ApexBrasil identificou para o Pará e Rondônia, 1.702 e 1.234 oportunidades respectivamente em mercados como Estados Unidos, México, França, China, Arábia Saudita e Vietnã.

Os estudos também destacam cadeias produtivas de base florestal e bioeconômica, capazes de gerar emprego, renda e valor agregado com baixo impacto ambiental. Entre os setores com potencial a ser explorado estão:

  • Rondônia: produção de lavouras temporárias e produtos florestais não madeireiros;
  • Pará: fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais, com oportunidades na transição energética.

Investimentos estrangeiros

No campo dos investimentos estrangeiros diretos (IED), Pará e Rondônia vêm se consolidando como destinos emergentes para projetos de inovação e tecnologia sustentável. Entre 2019 e 2024, foram anunciados US$ 277,6 milhões em novos investimentos, com destaque para os setores de software, serviços financeiros e economia digital. Estados Unidos, Espanha e Alemanha lideram o ranking de países investidores.

Estudos Estaduais

Segundo a ApexBrasil, os Estudos Estaduais têm como objetivo apoiar governos locais, empresas e entidades empresariais na formulação de estratégias de desenvolvimento sustentável e inserção internacional, alinhadas aos compromissos climáticos que o Brasil apresentará na COP 30.

“Essas publicações reforçam que a Amazônia não é apenas vital para o equilíbrio climático, mas também uma fronteira estratégica para a bioeconomia e o comércio sustentável. Pará e Rondônia têm potencial para ser modelos de uma nova economia verde, que concilia prosperidade, conservação e inovação”, afirma Jorge Viana, presidente da ApexBrasil.

Os estudos sobre Pará e Rondônia integram o ciclo 2025 dos Estudos Estaduais, que já contemplaram Ceará, Maranhão, Alagoas, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Amapá, Rio Grande do Sul e Amazonas.

Os conteúdos estão disponíveis para download gratuito no site da ApexBrasil:

Oportunidades de Exportação e Investimentos – Pará: https://apexbrasil.com.br/content/apexbrasil/br/pt/solucoes/inteligencia/estudos-e-publicacoes/perfil-e-oportunidades-de-exportacao-e-investimentos-nos-estados/oportunidades-de-exportacao-e-investimentos—para—2025.html

Oportunidades de Exportação e Investimentos – Rondônia: https://apexbrasil.com.br/content/apexbrasil/br/pt/solucoes/inteligencia/estudos-e-publicacoes/perfil-e-oportunidades-de-exportacao-e-investimentos-nos-estados/oportunidades-de-exportacao-e-investimentos—rondonia—2025.html

(*) Com informações da ApexBrasil

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Carta final de cúpula da COP30 reivindica que Belém marque a troca das palavras por novo ciclo de ação

Para presidente da COP30, momento é de implementar agenda de mudanças

Da Redação (*) – O presidente-designado da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), embaixador André Corrêa do Lago, divulgou hoje (9) sua décima e última carta à comunidade internacional, chamando os países para que Belém se torne “um ciclo de ação” no enfrentamento da crise climática global. No documento, divulgado às vésperas do início da Conferência das Partes, Corrêa do Lago faz um resumo das cartas anteriores e finaliza ressaltando que o processo de mudança deve acontecer conjuntamente.

“A COP30 pode marcar o momento em que a humanidade recomeça – restaurando nossa aliança com o planeta e entre gerações. Somos privilegiados por ter sido destinado a nós o dever de fazer história como aqueles que escolheram a coragem em vez da omissão, para virar o jogo na luta climática. Devemos abraçar esse privilégio como responsabilidade – pelas pessoas que amamos, pelas gerações que vieram antes e pelas que ainda virão”, escreveu.

Na carta, o presidente-designado da COP30 relembra a trajetória de discussões sobre a crise climática, iniciadas com a ECO-92, no Rio de Janeiro. “Em Belém, honraremos essa continuidade: a capacidade de nossa espécie de cooperar, renovar-se e agir em conjunto diante da incerteza”, escreveu

Para o embaixador, este é o momento de implementar uma agenda de mudanças focada na união e na cooperação

“À medida que nos aproximamos das negociações de Belém, tenho uma prioridade principal: garantir que nossa impressionante membresia [membros de um grupo, associação ou entidade] de quase 200 países e culturas vá além de grupos de negociação e Partes, evoluindo como uma equipe coesa. Uma equipe capaz de canalizar, para nosso trabalho, a inteligência coletiva da humanidade e o melhor que podemos oferecer individualmente em prol de nosso propósito comum: proteger nossas sociedades, economias e ecossistemas”, afirmou.

Defesa do multilateralismo e chamamento à ação

Corrêa do Lago fez um resumo das cartas anteriores, nas quais foram delineadas as prioridades centrais para a COP30: reforçar o multilateralismo e o regime climático; conectar o regime climático à vida real das pessoas e à economia real; e acelerar a implementação do Acordo de Paris.

“Com esta décima carta, concluo um ciclo de palavras para que o mundo abra um ciclo de ação; estamos quase lá”, disse o embaixador Corrêa do Lago.

Na carta, o embaixador conclamou as nações e os diversos atores a estarem “conscientes do privilégio e da oportunidade de transformar as negociações de um fórum de debate adversarial em um laboratório de soluções” — um mutirão global pelo progresso compartilhado”, acrescentou.

“Mas mais importante do que o que fazemos e como fazemos é termos clareza sobre por que o fazemos. A COP30 será a COP da Verdade. Ou decidimos mudar por escolha, juntos, ou seremos forçados a mudar pela tragédia. Temos uma escolha. Podemos mudar. Mas precisamos fazê-lo juntos”, diz o documento.

Nesta segunda-feira (10), tem início as negociações da COP 30, que girarão em torno das definições das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês). As NDCs são metas de mitigação, ou seja, compromissos adotados pelos países para redução de emissões de gases de efeito estufa.

O Brasil se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% suas emissões até 2035, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia. Até o momento 79 países já divulgaram suas NDCs. Eles são responsáveis por 64% das emissões. Os 118 restantes, são responsáveis por 36%. A expectativa é que a agenda de mitigação da crise climática avance com ações mais concretas de financiamento dos países em desenvolvimento.

(*) Com informações da Agência Brasil

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Turkish Airlines registra lucro operacional de US$ 1,1 bilhão no 3º trimestre e mantém trajetória de crescimento

Da Redação (*)

Brasília – Mantendo seu ritmo consistente de crescimento alinhado às metas de 2033, a Turkish Airlines, reconhecida pelo Guinness World Record® como a companhia que voa para mais destinos no mundo, registrou um lucro operacional (Profit from Main Operations) de US$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre de 2025.

Destaques financeiros e operacionais:

  • A Receita Total aumentou 4,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando aproximadamente US$ 7 bilhões no terceiro trimestre de 2025. Nos primeiros nove meses do ano, a Receita Total ultrapassou US$ 17,8 bilhões.
  • O lucro operacional do terceiro trimestre foi de US$ 1,1 bilhão, totalizando US$ 1,7 bilhão no período de janeiro a setembro de 2025.
  • Os ativos consolidados atingiram US$ 43,2 bilhões, e o número total de colaboradores, incluindo subsidiárias, superou 101 mil profissionais.
  • Como parte das metas para 2033, o valor dos investimentos realizados nos primeiros nove meses do ano chegou a US$ 3,6.
  • Com resultados expressivos de tráfego em outubro — aumento de 19% no número de passageiros e de 16% no volume de carga — e com fortes tendências de reservas antecipadas, a margem EBITDAR (Earnings Before Interest, Tax, Depreciation, Amortization, and Rent) esperada para o final de 2025 permanece na faixa de 22% a 24%, alinhada ao objetivo de longo prazo da Companhia.

Ao divulgar seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2025, a Turkish Airlines manteve seu crescimento contínuo em um período marcado por acontecimentos extraordinários no cenário global. Mesmo diante de incertezas causadas por interrupções no comércio internacional e desafios relacionados a motores na indústria de aviação, a Companhia transportou 27,2 milhões de passageiros no trimestre — o maior volume já registrado para um terceiro trimestre em sua história.

Mantendo crescimento por 18 trimestres consecutivos, a Companhia expandiu sua capacidade de passageiros em 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, ultrapassando em 43% os níveis pré-pandemia.

No período de julho a setembro de 2025, a Receita Total aumentou 4,9% em relação ao ano anterior, chegando a aproximadamente US$ 7 bilhões, impulsionada principalmente pelo desempenho das operações de passageiros. As receitas com passageiros cresceram 6,1% devido à demanda favorável frente ao aumento de capacidade. Apesar do avanço na receita, a redução nos yields e as pressões de custo ao longo do trimestre resultaram em uma queda de 21,3% no lucro operacional na comparação anual, fixado em US$ 1,1 bilhão.

Capacidade de adaptação em cenários diversos

Comentando os resultados, o Presidente do Conselho e do Comitê Executivo da Turkish Airlines, Prof. Ahmet Bolat, afirmou: “O lucro obtido no terceiro trimestre de 2025 reforça, mais uma vez, a capacidade da Turkish Airlines de se adaptar aos mais diversos cenários operacionais, graças à sua estrutura de receitas diversificada. Como a marca mais valiosa da Turquia no cenário internacional e uma das líderes globais do setor de aviação, continuaremos crescendo e investindo em linha com nossa estratégia para 2033. Nosso foco vai além da lucratividade — temos o compromisso de alcançar um sucesso sustentável e de longo prazo.”

No terceiro trimestre de 2025, o EBITDAR, indicador da capacidade de geração de caixa operacional, foi de US$ 2,1 bilhões, com margem de 29,6%. Refletindo as fortes reservas futuras, a margem EBITDAR prevista para o ano de 2025 deve permanecer dentro do intervalo estratégico de 22% a 24%.

A Turkish Airlines também seguiu ampliando suas parcerias comerciais ao longo do trimestre. Além de novos acordos de codeshare com companhias aéreas de diferentes regiões, a Companhia firmou um acordo para aquisição de participação minoritária na Air Europa, uma das principais companhias aéreas da Espanha. Com essa operação, a Turkish Airlines busca fortalecer sua conectividade global, expandir as redes de passageiros e carga entre Turquia e Espanha, aumentar o fluxo de turistas para Turquia e abrir novos mercados de turismo na América Latina, contribuindo ainda mais para a economia do país.

Com o objetivo de expandir sua frota para mais de 800 aeronaves até 2033, a companhia aérea nacional da Turquia aumentou sua frota em 8,4% na comparação anual, alcançando 506 aeronaves em setembro de 2025, apesar dos gargalos persistentes na cadeia de produção da indústria. Para ampliar eficiência operacional, flexibilidade e conforto aos passageiros, a Turkish Airlines concluiu negociações com a Boeing para pedidos firmes de 50 aeronaves B787-9/10 e 100 aeronaves B737-8/10 MAX, além de opções adicionais de 25 e 50 unidades, respectivamente.

A Turkish Airlines segue avançando com confiança em sua trajetória de crescimento sustentável, progredindo firmemente em direção às metas estabelecidas em sua Estratégia do Centenário.

(*) Com informações da Turkish Airlines

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