Importação de plataformas e embarcações cresce 82,8% em setembro; veja o top-10 das importações no Brasil

Pesquisa realizada pela B2Gether com base nos dados da plataforma Comex Stat, do Governo Federal, revela quais são os produtos mais importados pelo Brasil no ano. Os resultados parciais trazem informações sobre a participação percentual e o valor FOB de cada categoria

Da Redação (*)

Brasília – As plataformas, embarcações e demais estruturas flutuantes foram os importados que mais cresceram em volume financeiro entre os meses de julho e setembro de 2025. No acumulado do ano até o momento, o valor FOB (Free On Board) dessa categoria de produtos totaliza 5,3 bilhões de dólares.

É o que mostra o ranking dos produtos mais importados pelo Brasil em 2025, organizado pela B2Gether, empresa referência em operações de câmbio, com base nos dados da plataforma Comex Stat, do Governo Federal, disponibilizados até setembro.

Em julho, essas mercadorias apresentaram o valor FOB acumulado de 2,9 bilhões de dólares, crescendo US$ 2,4 bilhões em setembro, uma alta de 82,8%. O valor FOB representa o preço de uma mercadoria, medido na moeda norte-americana. Ele é útil para saber o valor exportado ou importado de um produto por um país ou uma empresa.

Trazendo para o dia a dia, as plataformas e embarcações são estruturas projetadas para operar sobre a água. Alguns exemplos são plataformas de petróleo, navios, balsas e embarcações de transporte ou pesca.

Os 10 produtos mais importados pelo Brasil até setembro

No ranking dos 10 produtos mais importados pelo Brasil no ano até o mês de setembro, a categoria que engloba as plataformas e embarcações ocupa a décima posição.

Os adubos e fertilizantes lideram as importações no país, seguidos pelos óleos combustíveis refinados, motores e máquinas não elétricos, bem como pelas partes e acessórios de veículos automotivos.

Confira, a seguir, o top-10 produtos mais importados pelo país até o momento, incluindo a informação da participação percentual em relação ao total de importações e do valor FOB de cada categoria:

  1. Adubos ou fertilizantes químicos – Participação: 5,4% (US$ 11,6 bilhões)
  2. Óleos combustíveis (refinados) – Participação: 5,3% (US$ 11,2 bilhões);
  3. Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) – Participação: 3,9% (US$ 8,2 bilhões);
  4. Partes e acessórios dos veículos automotivos – Participação: 3,3% (US$ 7 bilhões);
  5. Medicamentos e produtos farmacêuticos (exceto veterinários) – Participação: 3,2% (US$ 6,7 bilhões);
  6. Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas – Participação: 2,9% (US$ 6,2 bilhões);
  7. Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos e transitores – Participação: 2,7% (US$ 5,7 bilhões);
  8. Outros medicamentos, incluindo veterinários – Participação: 2,7% (US$ 5,6 bilhões);
  9. Veículos automóveis de passageiros – Participação: 2,5% (US$ 5,3 bilhões);
  10. Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes – Participação: 2,5% (US$ 5,3 bilhões).

(*) Com informações da B2Gether

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AEB promove em novembro a 43ª. edição do Enaex com tema centrado na reindustrialização

O fórum de comércio exterior da AEB será em novembro no Rio de Janeiro, em formato híbrido

Da Redação (*)

Brasília – O Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) reunirá, nos dias 12 e 13 de novembro, no Expo Rio, Centro do Rio de Janeiro, empresários, executivos, acadêmicos e autoridades em torno do tema Reindustrializar para gerar produtividade na indústria e competitividade no comércio exterior. Um dos maiores e mais tradicionais eventos da América Latina sobre as transações comerciais do Brasil com outros países, o Enaex chega à 43ª edição. A realização é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) disponibilizarão despacho executivo individual para as empresas. O Enaex contará ainda com painéis de palestras e debates, estandes de exposição de produtos e serviços, workshops e, destacando um dos grandes sucessos da última edição, o Centro de Capacitação com cursos técnicos gratuitos.

Entre os palestrantes confirmados, estão o diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Renato Agostinho; o CEO da WTM, Lisandro Vieira, e o diretor-presidente do Instituto de Infraestrutura (IBI), Mario Povia.

“Em um cenário de constante transformação global, torna-se ainda mais urgente repensar e fortalecer a base produtiva, para garantir uma inserção internacional mais robusta e sustentável. O compromisso da AEB é fomentar o debate e assegurar que as demandas do setor privado sejam ouvidas e traduzidas em ações efetivas que beneficiem toda a cadeia de negócios com o exterior”, ressalta José Augusto de Castro, presidente-executivo da AEB.

Painéis sobre temática diversificada

O Enaex contará com os seguintes painéis: Reforma tributária, um novo cenário para o comércio exterior brasileiro; O Papel dos Serviços no Comércio Exterior com o Novo Cenário Tributário; Os Impactos da Atual Geopolítica Mundial sobre a Nova Ordem Econômica e o Comércio Exterior; Como a Nova Ordem Econômica Mundial Impactará nos Custos de Logística de Transporte; Transformações Geoeconômicas e o Avanço das Barreiras nas Relações Comerciais Internacionais; Transformações Geoeconômicas e o Avanço das Barreiras nas Relações Comerciais Internacionais; Mercado Externo como Estratégia para Fortalecer os Negócios das PMEs; Como a Inteligência Artificial Está Redefinindo o Comércio Mundial; e Como Preservar Mercados Internacionais (EUA) e Conquistar Novos Mercados num Mundo em Instabilidade Geopolítica?

As inscrições são gratuitas e estão disponíveis no site do Enaex. Quem não puder comparecer presencialmente, podem acompanhar o Encontro pelo YouTube da AEB. A expectativa de público é de 1.500 pessoas presencialmente e 2.500 no formato online.

(*) Com informações da AEB

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Tarifas dos EUA: impactos e caminhos para o agro brasileiro

André Bertolino (*)

A decisão dos Estados Unidos de aplicar novas tarifas sobre produtos brasileiros, como carne bovina, café e aço, evidencia a instabilidade presente no comércio global. Para o agronegócio brasileiro, que enfrenta desafios como mudanças climáticas e questões logísticas internas, essas medidas representam um novo fator a ser considerado nas relações comerciais internacionais.

Por um lado, as tarifas podem incentivar a diversificação de mercados e a busca por novos parceiros comerciais, reduzindo a dependência de um número limitado de países. Elas também reforçam a necessidade de incorporar o risco externo nas estratégias de médio e longo prazo do setor.

Por outro lado, há impactos imediatos. Estima-se que a tarifa sobre a carne bovina possa comprometer cerca de R$ 890 milhões em exportações. Além disso, a medida gera incertezas, como revisões contratuais e atrasos em embarques.

A ampliação das tarifas, no entanto, deixou de fora alguns produtos brasileiros de peso, como petróleo, suco de laranja, aviões, celulose e determinados itens têxteis. Esses segmentos seguem isentos das novas medidas, preservando sua competitividade no mercado norte-americano e ajudando a atenuar, ainda que parcialmente, o impacto sobre outros setores.

Ainda assim, mesmo fora da atual linha de impacto, são cadeias produtivas que não estão imunes a futuras reavaliações e, por isso, também devem estar atentas ao cenário de crescente imprevisibilidade nas relações comerciais.

Decisões como essas, tomadas fora do Brasil, têm efeitos em toda a cadeia produtiva — da produção à logística, afetando desde pequenos produtores até grandes exportadores. Esses impactos, apesar de difíceis de prever, influenciam diretamente a operação e o desempenho do setor.

Nesse contexto, é inevitável reconhecer o papel estratégico do setor de seguros na sustentação das exportações brasileiras. Diante de um cenário internacional cada vez mais instável, a proteção contra riscos comerciais e logísticos deixa de ser acessório e passa a ser elemento central na tomada de decisões.

Soluções como o seguro de crédito à exportação não apenas oferecem respaldo em casos de inadimplência ou interrupções operacionais, como também funcionam como instrumentos de confiança para quem negocia em um ambiente sujeito a tensões políticas e medidas tarifárias inesperadas. Em tempos como este, antecipar riscos é tão importante quanto saber enfrentá-los — e o seguro pode ser um aliado decisivo nesse processo.

O agronegócio brasileiro apresenta eficiência, competitividade e modernização, mas enfrenta a necessidade de refletir sobre a segurança comercial. A preparação para lidar com alterações frequentes nas regras do comércio internacional, a existência de alternativas de mercado e o fortalecimento da diplomacia econômica são pontos relevantes para a continuidade das exportações.

O setor agropecuário brasileiro já enfrentou diferentes momentos de instabilidade ao longo de sua trajetória e mostrou capacidade de adaptação. Ainda assim, a recorrência de tensões externas, como a atual política tarifária dos Estados Unidos, sugere a necessidade de um planejamento mais estruturado e contínuo.

Diversificação de mercados, fortalecimento das relações institucionais e maior compreensão das dinâmicas políticas de parceiros comerciais são caminhos que podem contribuir para reduzir vulnerabilidades e dar mais previsibilidade à cadeia produtiva. Mais do que reagir a eventos pontuais, trata-se de incorporar essa lógica ao modelo de atuação do setor.

O agronegócio tende a manter seu protagonismo na economia brasileira, mas, diante de um cenário internacional cada vez mais volátil, a antecipação de riscos pode ser tão relevante quanto a capacidade de produção. O momento atual reforça a necessidade de definir o posicionamento do Brasil no comércio global para os próximos anos.

(*) André Bertolino é Diretor Executivo na Avla Brasil

 

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Alckmin lidera missão à Índia com 150 empresários visando fortalecer laços econômicos e comerciais bilaterais

Encontro vai reunir cerca de 150 empresas e entidades setoriais dos dois países para discutir oportunidades e buscar ampliar o comércio bilateral

Da Redação (*)

Brasília – Por ocasião da Missão Institucional e Empresarial à Índia, liderada pelo vice-presidente da República e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o MDIC e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), realizará, nos dias 16 e 17 de outubro, em Nova Deli, o Encontro Empresarial Brasil–Índia 2025. O evento terá transmissão ao vivo no canal da ApexBrasil no Youtube https://www.youtube.com/@ApexBrasil.

O Encontro vai reunir cerca de 150 empresas e entidades representativas brasileiras e indianas. As temáticas dos debates envolverão os setores de alimentos, bebidas, agronegócio, máquinas e equipamentos, casa e construção, tecnologia, química e saúde, moda e biocombustíveis dos dois países. A programação inclui seminários, reuniões bilaterais, mesas setoriais paralelas e painéis sobre investimentos, com o objetivo de ampliar a cooperação econômica e fortalecer o comércio bilateral entre Brasil e Índia – duas das maiores economias emergentes do Sul Global.

Ao lado de Alckmin, participam da Missão a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, o ministro de Comércio, Indústria e Serviços da Índia, Piyush Goyal, o presidente da Federation Of India Chambers of Commerce (FICCI), Harsha Vardhan Agarwal, e outras autoridades das duas nações.

Relação bilateral em expansão

Segundo o estudo Perfil de Comércio e Investimentos Índia-Brasil, da ApexBrasil, entre 2004 e 2024 a Índia avançou da 29ª para a 13ª posição entre os destinos das vendas externas brasileiras. Desde 2019, as exportações do Brasil para o mundo cresceram em média 7,3% ao ano, enquanto as vendas do país para a Índia cresceram 13,7%. A pauta exportadora, no entanto, segue altamente concentrada, com os três primeiros grupos de produtos representando 67,6% do total exportado.

Os principais produtos vendidos pelo Brasil ao país asiático incluem açúcar, petróleo bruto, óleos vegetais, algodão e metais, enquanto a Índia se destaca como fornecedora de produtos com maior valor agregado como medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos químicos e autopeças.

Em 2024, o comércio entre Brasil e Índia somou US$ 12,1 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 5,3 bilhões e importações de US$ 6,8 bilhões.  O crescimento das vendas foi de 12,5% no período. Mesmo com um déficit comercial de US$ 1,6 bilhão, o cenário mostra potencial para diversificação e agregação de valor nas vendas do Brasil para a Índia, especialmente em setores como biocombustíveis, proteína animal, celulose, etanol e pedras preciosas.

Esta missão empresarial busca justamente adensar as cadeias produtivas entre as duas maiores democracias do Sul Global e ampliar as oportunidades de cooperação, fundamentais para a agenda de diversificação de mercados e de promoção de setores ligados à inovação. Em 2024, as vendas brasileiras para o mercado indiano cresceram 12,5%, e entre janeiro e setembro deste ano registramos um avanço de 27,5%. Ainda assim, entendemos que há espaço para fazermos mais”, destaca Ana Paula Repezza.

Cooperação estratégica

A missão ocorre em um momento global marcado por desafios e pela necessidade de diversificar mercados diante de medidas protecionistas internacionais. Para o Brasil, a Índia representa um mercado de 1,4 bilhão de habitantes, com uma classe média em expansão e crescente demanda por produtos agrícolas, energéticos e industriais.

Mapa de Oportunidades da ApexBrasil identificou 385 oportunidades de exportação brasileiras para o mercado indiano, refletindo a complementaridade entre as duas economias. Entre os destaques estão: produtos do agronegócio, como proteína animal, milho, etanol e celulose; além de pedras preciosas e semipreciosas, que dialogam com a forte indústria indiana de joias.

Contexto tarifaço

Assim como o Brasil, a Índia também foi afetada pelas tarifas norte-americanas, com elevação de até 50% sobre alguns produtos exportados. A imposição incluiu, além das tarifas “recíprocas”, um “encargo adicional” aplicado devido às importações indianas de petróleo russo. As tarifas afetam vários setores exportadores indianos, como joias, têxteis, produtos químicos, frutos do mar e bens industriais. A Índia reagiu classificando as medidas como injustas, destacando sua estratégia de autonomia e buscando evitar retaliar formalmente por enquanto.

SERVIÇO

Encontro Empresarial Brasil–Índia

Local: Hotel The Imperial, em Nova Délhi, Índia

Data: 16 e 17 de outubro

 

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Mercosul e Canadá retomam negociações visando um acordo comercial moderno, equilibrado e mutuamente benéfico

Da Redação (*)

Brasília – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), participou nesta quinta-feira (9) de nova rodada de negociações do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Canadá. A reunião, que prossegue nesta sexta-feira (10), busca atualizar os entendimentos entre representantes do bloco e o país norte-americano à luz do novo contexto internacional.

O diálogo ocorre após a visita ao Brasil do ministro de Comércio Internacional do Canadá, Maninder Sidhu, em agosto de 2025, quando se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na ocasião, as partes reforçaram o interesse mútuo em aprofundar o diálogo econômico e reativar a agenda de negociações.

Na avaliação da Secex, o novo diálogo reflete o compromisso do Mercosul em buscar acordos modernos, equilibrados e mutuamente benéficos — a exemplo dos recentemente concluídos com Singapura, União Europeia e EFTA. Esses resultados têm servido de referência para a atualização dos compromissos negociados, reforçando o papel do bloco como ator relevante no comércio internacional.

O encontro reúne chefes negociadores e equipes técnicas dos quatro Estados Partes do Mercosul e do Canadá para fazer um balanço das negociações e revisar avanços, pendências e prioridades nos diferentes capítulos temáticos e institucionais do acordo.

Entre os temas em pauta estão: acesso a mercados, regras de origem, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias, serviços e investimentos, compras governamentais, propriedade intelectual e meio ambiente. Também serão discutidos capítulos voltados à concorrência, micro e pequenas empresas, trabalho, comércio e gênero e povos indígenas, entre outros.

Comércio bilateral

O Canadá é um importante parceiro comercial do Brasil, com a corrente de comércio bilateral alcançando US$ 9,1 bilhões em 2024. O país é o 19º destino mais importante das exportações brasileiras.

As exportações brasileiras ao Canadá em 2024 somaram US$ 6,3 bilhões, com a indústria de transformação sendo responsável por 91% desse total. Dentre os principais produtos exportados destacam-se alumínio, ouro, aço, máquinas e equipamentos, aeronaves e café.

(*) Com informações do MDIC

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Alta nas vendas para países vizinhos contribui para setor calçadista enfrentar forte queda nas exportações para os EUA

 

Da Redação (*)

Brasília – De janeiro a setembro, as exportações de calçados somaram 76,7 milhões de pares que geraram uma receita de US$ 736,4 milhões, alta de 7,1% em volume e estabilidade em receita em relação ao mesmo período do ano passado. Já no recorte de setembro, as exportações somaram 9,2 milhões de pares e US$ 85,3 milhões, incrementos de 18,4% e de 4,8%, respectivamente, ante o mesmo mês de 2024.  Os dados foram divulgados hoje (9) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Segundo o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, as exportações de calçados, no mês, foram sustentadas pelo crescimento dos embarques para destinos latino-americanos, em especial no segmento de calçados de material sintético, o que atenuou o impacto da queda nas exportações para os Estados Unidos decorrente da tarifa adicional em vigência.

“Estaríamos registrando resultados melhores sem os impactos da retração no mercado estadunidense. Os calçados de couro, produzidos sob encomenda e com a marca do cliente local, encontram maior dificuldade na busca por mercados alternativos no curto prazo”.

No mês de setembro, a Argentina, apesar da queda nas suas importações de calçados brasileiros, ultrapassou os Estados Unidos como o principal destino do produto verde-amarelo no exterior. No mês nove, os hermanos importaram 1,6 milhão de pares por US$ 19,27 milhões, quedas tanto em volume (-25,9%) quanto em receita (-24,8%) em relação ao mesmo mês de 2024. Já no acumulado do ano, a Argentina segue atrás dos Estados Unidos, tendo importado a soma de 10,97 milhões de pares por US$ 154,96 milhões, incrementos de 22% em volume e de 0,5% em receita na relação com o ínterim correspondente de 2024.

O segundo destino de setembro foram os Estados Unidos. No mês, os americanos importaram 566,63 mil pares por US$ 15,56 milhões, quedas tanto em volume (-23,5%) quanto em receita (-10,4%) em relação a setembro de 2024. Já no acumulado, os Estados Unidos, que seguem como o principal destino do produto nacional no exterior, somam a importação de 8,26 milhões de pares por US$ 171,87 milhões, incrementos de 7,4% e de 4,1%, respectivamente, ante o mesmo intervalo do ano passado.

No terceiro posto entre os destinos internacionais do calçado brasileiro apareceu o Paraguai, que importou 1 milhão de pares por US$ 6 milhões em setembro, altas tanto em volume (+109%) quanto em receita (+49,4%) em relação ao mês nove de 2024. Entre janeiro e setembro, as exportações brasileiras para o Paraguai somaram 7 milhões de pares e US$ 33,77 milhões, incrementos de 17,4% e de 4,7%, respectivamente, ante o mesmo período do ano passado.

Estados

Principal exportador do setor no Brasil, o Rio Grande do Sul embarcou, em setembro, 3,28 milhões de pares por US$ 44,6 milhões, incrementos de 13% e de 5,1%, respectivamente, no comparativo com o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, partiram das fábricas gaúchas rumo ao exterior 24,75 milhões de pares, que geraram US$ 359,7 milhões, incremento de 2,5% em volume e queda de 2,9% em receita na relação com o mesmo intervalo do ano passado.

O segundo principal exportador de calçado do Brasil seguiu sendo o Ceará, de onde foram exportados, em setembro, 2,87 milhões de pares por US$ 14,57 milhões, incrementos tanto em volume (+53%) quanto em receita (+33,8%) em relação ao mês correspondente do ano passado. No acumulado do ano, as exportações cearenses somaram 24,2 milhões de pares e US$ 142,3 milhões, incremento de 12,3% em volume e queda de 2,1% em receita no comparativo com o mesmo período de 2024.

Fechando o ranking de exportadores de calçados brasileiros, São Paulo embarcou, em setembro, 518,42 mil pares por US$ 8,13 milhões, quedas de 10,5% e de 7,9%, respectivamente, no comparativo com o mesmo mês do ano passado. No acumulado, as fábricas paulistas somaram 5,25 milhões de pares exportados, o que gerou US$ 76,33 milhões, incrementos de 21,6% e de 15,1%, respectivamente, ante o mesmo intervalo de 2024.

Importações
No acumulado do ano, as importações somaram 33,53 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 437,77 milhões, altas tanto em volume (+24,3%) quanto em receita (+24,3%) em relação ao mesmo período do ano passado.

As principais origens foram o Vietnã (10,9 milhões de pares e US$ 212,8 milhões, altas de 22,1% e de 27,9%, respectivamente, ante 2024), China (8,77 milhões de pares e US$ 34,22 milhões, altas de 10,4% e de 13,4%) e Indonésia (7 milhões de pares e US$ 108,1 milhões, altas de 49,8% e de 40,2%).

Em setembro, as importações somaram US$ 49,74 milhões e 3,4 milhões de pares, incremento de 5,2%, em volume, em relação ao mesmo mês de 2024. Neste recorte, preocupa a China, que, mais uma vez, registrou um incremento de quase 70% nas suas exportações para o Brasil, em pares. “Com a tarifa de 30% aplicada ao produto chinês nos Estados Unidos, os fabricantes locais vêm intensificando suas exportações para outros países, entre eles o Brasil”, alerta Ferreira.

Em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações de janeiro a setembro foram equivalentes a US$ 34,6 milhões, 29,5% mais do que no mesmo período do ano passado. As principais origens foram China, Paraguai e Vietnã.

(*) Com informações da Abicalçados

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Tarifas impactam e desequilibram comércio Brasil-EUA e elevam para US$ 5,1 bilhões superávit americano em nove meses

Da Redação (*)

Brasília— A nova edição do Monitor do Comércio Brasil–EUA, da Amcham Brasil, mostra que as tarifas impostas pelos Estados Unidos estão acentuando o desequilíbrio comercial entre os dois países.

Em setembro, as exportações brasileiras caíram 20,3%, com retração de 25,7% nos produtos sujeitos às sobretaxas e crescimento de 12,3% nos itens isentos. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas brasileiras recuaram 0,6%, enquanto as importações de produtos americanos aumentaram 11,8%, elevando o superávit dos EUA para US$ 5,1 bilhões.

“Os dados de setembro reforçam o impacto das tarifas sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos. Produtos sujeitos às sobretaxas registraram uma retração de 26%, que pode se intensificar nos próximos meses. Nesse cenário, o avanço das negociações entre os dois governos será fundamental para reequilibrar o comércio bilateral”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

A entidade ressalta que o diálogo recente entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido em 6 de outubro, representa um passo relevante para buscar soluções negociadas e mitigar os efeitos das tarifas sobre o comércio bilateral.

“O comércio Brasil–EUA é sustentado por uma ampla rede de empresas, investimentos e interesses mútuos. Esperamos que o diálogo entre os presidentes abra caminho para negociações que devolvam previsibilidade e permitam preservar e expandir o comércio e os investimentos bilaterais”, completa Abrão Neto.

A íntegra do Monitor do Comércio Brasil–EUA – setembro/2025 está disponível [aqui].

(*) Com informações da Amcham Brasil

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Brasil e EUA devem buscar o abrandamento das sanções e aparar arestas, diz CEO da HKTC do Brasil

Da Redação

Brasília – O telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump permite pensar não apenas no abrandamento das tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos a uma vasta gama de produtos exportados pelo Brasil para o mercado americano, mas criar uma expectativa de que isso aconteça, até porque não existe outra opção. A opinião é de Daniel Cassetari, CEo da HKTC do Brasil e com mais de 25 anos atuando como especialista em comércio exterior.

Criada no ano 2.000, a empresa é uma multinacional com sede em Hong Kong – China, onde opera com o nome de HKTC and Business Limited. No Brasil, a companhia possui quatro unidades instaladas: a matriz em São Paulo; duas filiais em Garuva e em Itajaí (Santa Catarina); e uma quarta unidade em Pouso Alegre (Minas Gerais).

Além de comandar as unidades da empresa no Brasil, Daniel Cassetari lidera a expansão da HKTC na Ásia e na América Latina, criando estratégias para fortalecer a presença global da empresa. Ele atua com foco especial em excelência, inovação e competitividade no mercado internacional.

A exemplo do que aconteceu com praticamente todas as empresas brasileiras vinculadas ao comércio exterior, a HKTC também recebeu com surpresa e apreensão as tarifas de 50% impostas pelo presidente Trump aos produtos brasileiros embarcados para o mercado americano.

Preocupação que foi aliviada após a troca de elogios entre os presidentes Lula e Trump em rápido encontro à margem da Assembleia Geral da ONU, no dia 24 de setembro, em Nova York e que se transformou em esperança no último dia 6 de outubro, com um telefonema de 30 minutos entre os dois presidentes.

A hora do abrandamento das sanções

Ao falar sobre esse contato telefônico, Daniel Cassetari afirmou que “agora é hora de pensarmos no abrandamento das sanções. Obviamente que virão outras coisas por trás disso, mas precisamos desse abrandamento da mesma forma que os Estados Unidos também precisam”.

Profissional habilidoso, participante de incontáveis e relevantes negociações comerciais internacionais, o CEO da HKTR do Brasil observa os desdobramentos das divergências entre os governos brasileiro e americano surgidas com a imposição de tarifas unilaterais pelos EUA com prudência e serenidade.

Para ele, é inegável que na condução das negociações que podem acontecer em um encontro entre Lula e Trump durante a reunião de Cúpula do Conselho da ASEAN, na Malásia, no dia 26 de outubro, o governo brasileiro certamente terá que fazer concessões.

E reforça: “é preciso que sejam feitas não só concessões, mas também adequações no contexto da situação que ora se apresenta. Até porque o Brasil compra muito dos Estados Unidos, e o país é o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, e o Brasil também é um grande importador de produtos americanos”.

Ao mencionar concessões que certamente terão que ser feitas pelo Brasil numa rodada de negociações com os Estados Unidos, o CEO da HKTR do Brasil admite que o presidente Lula poderá acenar ao presidente Trump com avanços em dois dos diversos temas de interesse americano em suas relações com o Brasil: a normatização da atuação das chamadas big techs no território nacional e uma eventual negociação envolvendo as exportações de terras raras para os Estados Unidos.

Segundo Daniel Cassetari, “com certeza, esses dois temas serão alvo das conversações entre os dois presidentes, mas outros temas igualmente relevantes constarão da agenda, mas não serão tão importantes quanto as negociações em relação ao agro”, numa referência implícita às exportações de carne bovina, café, suco de laranja e outros produtos do agronegócio que são destaque nas exportações brasileiras para o mercado americano.

Para o executivo da HKTR do Brasil, “o agronegócio brasileiro está sofrendo muito {com a redução expressiva das exportações}, mas os consumidores e importadores americanos também estão sofrendo muito com a falta de produtos brasileiros como o café, o que fez com que os preços dos produtos subissem acentuadamente no mercado americano”, concluiu.

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Acordo Mercosul–União Europeia apresenta oportunidades de participação feminina no comércio internacional

Acordo é estratégica para impulsionar as exportações brasileiras e aumentar negócios nos dois blocos

Da Redação (*)

Brasília – A secretária em exercício de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Daniela Matos, destacou a importância de fortalecer a participação feminina no comércio internacional e de incorporar a pauta de gênero nos acordos comerciais durante o 11º Encontro da Convergência Empresarial de Mulheres do Mercosul (CEMM), realizado nesta quarta-feira (8), em Brasília (DF).

De acordo com Daniela, aumentar a participação feminina no comércio internacional brasileiro é uma das prioridades da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A secretária em exercício ressaltou que, desde 2023, o governo federal vem estruturando políticas e ações para ampliar o protagonismo feminino nas exportações, com base em diagnóstico inédito elaborado pela Secex.

O levantamento, realizado em 2023, mostrou que apenas 14% das empresas exportadoras brasileiras têm liderança feminina em sua composição societária — um dado que evidencia a necessidade de políticas específicas de incentivo e qualificação. Novo levantamento, publicado em 2025, mostrou melhora nos índices, mas desafios persistem.

“Foi um diagnóstico importante que nos mostrou o tamanho do desafio. As mulheres ainda são minoria entre as exportadoras e, em muitos casos, enfrentam barreiras mais altas que os homens. A partir desse estudo, o MDIC passou a tratar o tema como prioridade — tanto na promoção de exportações, com programas como o Elas Exportam, quanto na incorporação da perspectiva de gênero nos acordos comerciais, como o Acordo Mercosul–União Europeia”, disse.

Comércio e empoderamento feminino

A secretária em exercício do MDIC destacou a inclusão de uma seção específica sobre comércio e empoderamento feminino no Acordo Mercosul–União Europeia, com foco em cooperação, troca de experiências e políticas voltadas à ampliação da presença das mulheres no comércio internacional.

“Esses dispositivos têm um papel importante na implementação do acordo, para garantir que os benefícios do acordo sejam bem aproveitados pelas empresas brasileiras, em especial as lideradas por mulheres. O comércio internacional precisa refletir a diversidade da nossa sociedade e gerar oportunidades mais justas e inclusivas. Além disso, a maior inclusão fortalece as empresas que participam do comércio internacional, tornando-as mais inovadoras e resilientes no longo prazo”, completou Daniela”, completou Daniela.

A coordenadora executiva da Convergência Empresarial de Mulheres do Mercosul, Laura Velásquez, reforçou o caráter histórico da inclusão do tema de gênero nas negociações:

“As mulheres empresárias fazem muito pela economia dos nossos países. É essencial que elas tenham um lugar de protagonismo também nos acordos comerciais. O novo capítulo sobre comércio e empoderamento feminino é um passo histórico. Ele prevê políticas para ampliar a participação das mulheres no comércio internacional e promover o intercâmbio de boas práticas entre o Mercosul e a União Europeia”, afirmou Laura Velásquez.

Já o embaixador da Argentina no Brasil, Guillermo Daniel Raimondi, também participou do debate e destacou o avanço das negociações do Acordo Mercosul–União Europeia, ressaltando o momento de convergência entre os países e o caráter estratégico do entendimento.

“Hoje estamos com as negociações concluídas e as disciplinas jurídicas compatibilizadas. Do lado do Mercosul, há total disposição em ver o acordo se tornar realidade. Esperamos que sua assinatura ocorra ainda durante a presidência brasileira do bloco, para que entre em vigor o quanto antes e gere oportunidades concretas para os nossos países”, concluiu Raimondi.

O primeiro painel do 11º Encontro CEMM teve como tema “Atualizações sobre o Acordo Mercosul–União Europeia” e foi mediado pela diretora executiva da Convergência Empresarial de Mulheres do Brasil, Lilian Schiavo.

O evento foi promovido pela Convergência Empresarial de Mulheres Brasileiras (CEM Brasil) e reuniu lideranças femininas da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além de representantes de governos, instituições financeiras e entidades do setor produtivo.

(*) Com informações do MDIC

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Exportações de tabaco podem superar US$ 3 bilhões em 2025, apesar da queda nas vendas aos EUA com tarifaço

Apesar da tendência positiva apontada pelo levantamento da Deloitte, embarques ainda podem ser afetados por problemas logísticos. Tarifaço também segue preocupando associadas do SindiTabaco que exportam aos EUA.

Da Redação (*)

Brasília – As exportações de tabaco brasileiro devem superar os US$ 3 bilhões até o final de 2025, segundo levantamento realizado pela consultoria Deloitte junto às empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). A pesquisa aponta para volumes de 15,1% a 20% superiores aos de 2024 e a perspectiva de valores entre 2,1% a 6% a mais do que o total do ano passado, quando as exportações do setor geraram US$ 2,977 bilhões em divisas.

Conforme os dados consolidados pelo MDIC/ComexStat (Sistema de Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), de janeiro a setembro, os volumes exportados somaram 376.907 toneladas, sendo 19,23% a mais do que o mesmo período do ano passado. Em relação às divisas obtidas, foram US$ 2.354.449 bilhões, sendo 16,22% a mais do que os valores no mesmo período de 2024.

Assim, o Brasil deve, novamente, fechar o ano como líder mundial de exportações de tabaco, agora pelo 33º ano consecutivo, confirmando a posição mantida desde 1993. Os dados do MDIC/ComexStat mostram também que, de janeiro a setembro, os principais destinos do produto brasileiro foram, por ordem: Bélgica, China, Indonésia, Estados Unidos, Turquia e Emirados Árabes.

Para o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, o setor aposta na eficiência do Sistema Integrado de Produção de Tabaco para manter a qualidade e integridade do produto brasileiro que todos os anos é destinado para mais de 100 países. “Os números refletem o sucesso da boa safra comercializada junto aos produtores e superam a média histórica da última década de 500 mil toneladas e US$ 2 bilhões em divisas todos os anos”, avalia.

Situação dos embarques para os Estados Unidos

Em 2024, quase 9% do tabaco brasileiro – 40 mil toneladas ao preço de US$ 255 milhões – foi enviado para os Estados Unidos. Neste ano, de janeiro a agosto, foram embarcadas 28 mil toneladas, que geraram US$ 173 milhões. “Embarcamos o que foi possível até agosto, quando a tarifa adicional entrou em vigor, mas ainda temos 12 mil toneladas de tabaco processado e comercializado que estão com os embarques suspensos. A expectativa é de que tenhamos alguma solução para a questão nos próximos meses, sob pena de termos problemas futuros no campo e nas indústrias”, comenta Thesing.

Logística dos portos acende alerta

O resultado das exportações de tabaco de 2025 pode ser impactado por atrasos nos embarques no Porto de Rio Grande, de onde sai mais de 90% do tabaco brasileiro. Novas regras anunciadas recentemente pelo TECON (Terminal de Contêineres) reduziram o prazo para entrada dos containers no Terminal, fazendo com que as empresas exportadoras precisem de locais para armazená-los até a liberação para embarque. Porém, os espaços disponíveis estão se tornando disputados, resultando no aumento expressivo de custos de armazenagem.

Segundo Valmor Thesing, algumas associadas do SindiTabaco relatam que já há contêineres de tabaco parados no TECON há mais de 40 dias. “Grande parte dos terminais da costa brasileira estão muito acima de sua capacidade operacional, estando vários deles com poucas janelas de atracação e cais congestionados. Outro problema recorrente é o elevado número de cancelamento de escalas de navios no TECON por parte de armadores marítimos, ocasionando a postergação dos embarques e consequente acúmulo gigantesco de containers no pátio do terminal. “O cancelamento de escalas também resulta na menor oferta de containers vazios aos exportadores que já é um problema antigo”, relata Thesing.

Do campo para o mundo

Dos 1.191 municípios da Região Sul do Brasil, 525 produziram tabaco na safra 2024/25, sendo 206 no Rio Grande do Sul, 188 em Santa Catarina e 131 no Paraná. De acordo com a Afubra, 720 mil toneladas foram produzidas na safra 2024/2025 e renderam aos produtores integrados cerca de R$ 14,58 bilhões.

(*) Com informações do SindiTabaco

 

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