Turismo de negócios fatura mais de R$ 11 bilhões até outubro e avança para registrar recorde histórico em 2025

No recorte mensal de outubro, as receitas do setor de viagens corporativas alcançaram R$ 1,34 bilhão, uma alta de 5,33% na comparação com o mesmo mês de 2024

Da Redação (*)

Brasília – O setor de viagens corporativas segue aquecido no Brasil: de janeiro a outubro de 2025, o segmento registrou um faturamento de R$ 11,6 bilhões. A informação consta de um levantamento da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (ABRACORP), que analisa mensalmente 11 setores de mercado. Ainda de acordo com a entidade, o faturamento das viagens corporativas no país deverá somar R$ 14,3 bilhões neste ano, um recorde histórico do ramo.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, aponta benefícios dos avanços no segmento. “O turismo de negócios está alcançando números expressivos, se mantendo como fundamental para o nosso setor, pois movimenta toda uma cadeia de serviços, estimulando investimentos e impulsionando o dinamismo dos negócios no nosso país, gerando emprego e renda para a população brasileira”, ressalta.

Em outubro, o faturamento das viagens corporativas alcançou R$ 1,34 bilhão, alta de 5,33% ante o mesmo mês de 2024. Conforme a pesquisa, hotéis (R$ 785,4 milhões) e serviços aéreos (R$ 423 milhões) responderam por 88% do total. Demais serviços colaboraram com R$ 85,7 milhões, e a locação de veículos somou R$ 35 milhões. Já o setor de cruzeiros, com o início antecipado da temporada, teve o maior aumento percentual ante outubro de 2024: 535,39%.

“Apesar de toda movimentação geopolítica no mundo no período, o mercado de viagens segue fortalecido, com expansão em diferentes frentes e evolução constante da demanda por serviços especializados”, observa Douglas Fernandes e Camargo, diretor executivo da ABRACORP.

AVANÇOS

Os dados da ABRACORP se somam a outros números positivos recentes do turismo nacional. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o setor aéreo brasileiro movimentou mais de 9 milhões de passageiros em voos domésticos ao longo do último mês de outubro, maior número já registrado no período desde janeiro de 2000.

O segmento aéreo internacional também apresentou recorde de movimentação para outubro no Brasil, com 2,3 milhões de passageiros. O crescimento é de 9,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

(*) Com informações do MTur

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O Brasil já ultrapassou os EUA no uso do ChatGPT: sua empresa está preparada para acompanhar esse ritmo?  

Fabiano Nagamatsu (*)

O Brasil acaba de conquistar uma posição de destaque mundial na adoção da inteligência artificial generativa. Segundo dados da OpenAi, mais de 54 milhões de brasileiros utilizam o ChatGPT todos os meses, superando o número de usuários ativos nos Estados Unidos, país onde a ferramenta foi criada.

Esse marco representa uma transformação cultural e empresarial profunda que redefine a forma como os brasileiros se relacionam com a tecnologia, a informação e o consumo. O brasileiro é conhecido por sua rápida adoção de novas tecnologias. Desde o Orkut até o Pix, o país demonstra uma disposição incomum para experimentar o novo e transformar inovação em hábito. O ChatGPT segue essa mesma trilha. Em poucos meses, passou de curiosidade para ferramenta cotidiana em escolas, escritórios e até pequenas empresas.

A razão está na combinação entre curiosidade, criatividade e necessidade. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, milhões de brasileiros perceberam que a IA pode multiplicar produtividade, ampliar repertório e acelerar decisões. Profissionais usam o ChatGPT para redigir textos, planejar campanhas, analisar dados, estudar idiomas e até desenhar estratégias de negócio. O que antes exigia horas de pesquisa e produção hoje pode ser feito em minutos — com qualidade crescente e personalização.

Essa relação natural entre o brasileiro e a IA explica por que o país ultrapassou economias muito mais ricas em adoção. Aqui, a inovação não espera políticas públicas ou infraestrutura perfeita, ela acontece no improviso, na necessidade e na busca por eficiência.

O impacto nas empresas

Mas a questão central é: sua empresa está preparada para acompanhar esse ritmo?

O avanço do uso do ChatGPT entre consumidores e profissionais cria um novo tipo de expectativa. Clientes agora esperam respostas rápidas, personalizadas e consistentes. Colaboradores desejam ferramentas inteligentes que simplifiquem tarefas repetitivas. E o mercado, de forma geral, começa a medir competitividade pela capacidade de usar IA de forma estratégica.

Empresas que ainda tratam a inteligência artificial como algo “para o futuro” estão ficando para trás. Hoje, já é possível automatizar atendimentos com agentes de IA treinados com dados internos, gerar relatórios automáticos, criar campanhas publicitárias personalizadas e até otimizar fluxos de cobrança e retenção.

Grandes marcas brasileiras, de bancos a varejistas, estão implementando o ChatGPT e modelos similares para melhorar processos internos e elevar a experiência do cliente. O resultado é mensurável com a redução de custos operacionais, aumento de produtividade e crescimento da satisfação do consumidor.

O desafio, no entanto, está em transformar o uso individual em vantagem corporativa. Ter funcionários que usam IA é bom; mas ter uma empresa que estrutura o uso da IA com governança, segurança e propósito é o que define os líderes do novo mercado.

Isso exige planejamento. É preciso capacitar equipes, criar diretrizes éticas, proteger dados e, principalmente, integrar os modelos de IA aos sistemas já existentes. Sem isso, o uso se torna pontual e disperso, perdendo seu poder transformador.

O momento é agora. O ritmo de adoção da IA no Brasil mostra que a próxima vantagem competitiva não virá apenas de quem tem capital, mas de quem tem inteligência aplicada. Assim como o Pix redefiniu os pagamentos, o ChatGPT e outras IAs generativas estão redefinindo a comunicação, o marketing e a operação empresarial.

Empresas que compreenderem essa virada cedo terão a chance de criar novos modelos de negócio, explorar dados de forma estratégica e construir marcas mais próximas das pessoas.

(*) Fabiano Nagamatsu é CEO da Osten Moove, empresa que faz parte da Osten Group, uma Aceleradora Venture Studio Capital focada no desenvolvimento de inovação e tecnologia. Conta com estratégias e planejamentos baseados no modelo de negócio de startups. – ostenmoove@nbpress.com.br

 

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Fortaleza Meetings é finalista do Prêmio Nacional do Turismo 2025 e reforça protagonismo da cidade no turismo de negócios

Da Redação (*)

Brasília O Fortaleza Meetings, programa dedicado à captação e ao fortalecimento do turismo de negócios na capital cearense, é finalista do Prêmio Nacional do Turismo 2025, na categoria Promoção e Marketing no Turismo. A indicação reconhece a estratégia inovadora que vem posicionando Fortaleza como um dos destinos mais competitivos do país para eventos corporativos. Os vencedores serão anunciados no dia 4 de dezembro, em cerimônia realizada em Brasília (DF).

Promovido pelo Ministério do Turismo, o prêmio é a mais importante premiação do setor no Brasil e destaca projetos com alto potencial de impacto, inovação e contribuição para o desenvolvimento do turismo nacional. A presença do Fortaleza Meetings entre os finalistas reforça o avanço das políticas de promoção e relacionamento direcionadas ao segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions) no Nordeste.

Turismo convencional e de negócios

Desenvolvido pelo Visite Ceará, em parceria com a Secretaria Municipal do Turismo de Fortaleza, o Fortaleza Meetings é um programa estruturado de relacionamento com turistas e compradores do turismo de negócios. A iniciativa combina inteligência de mercado, segmentação de público-alvo e ações de promoção qualificadas, utilizando ferramentas como banco de imagens fidelizadas, portal integrado a sistema de CRM, campanhas publicitárias e capacitações específicas para o trade local.

Com base em dados e relatórios de mercado, o programa busca converter oportunidades de negócios, atrair novos eventos e fortalecer o impacto econômico direto e indireto na capital. A prática, amplamente adotada em destinos internacionais, cria um ambiente mais competitivo para o setor produtivo local e contribui para o desenvolvimento sustentável da cadeia turística.

Segundo Suemy Vaconcelos, diretora-executiva do Visite Ceará, a indicação ao prêmio consolida o trabalho integrado desenvolvido ao longo do programa. “Estar entre os finalistas do Prêmio Nacional do Turismo 2025 reforça que o Fortaleza Meetings está gerando resultados consistentes e ampliando a visibilidade da cidade no mercado nacional e internacional de eventos. Nosso compromisso é fortalecer a captação e manter Fortaleza em evidência no calendário de grandes encontros corporativos”, destaca.

(*) Com informações do Visite Ceará

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Cidades para se perder nos mercados: de Istambul ao Cairo, segundo a Turkish Airlines

 

Da Redação (*)

Brasília – Perder-se pelos becos de um bazar é mergulhar na essência viva de uma cidade. De Istambul (Turquia) ao Cairo (Egito), os mercados históricos são muito mais do que locais de compra — são palcos vibrantes de aromas, cores, vozes e tradições que contam histórias de séculos de comércio, cultura e convivência.

Turkish Airlines, companhia que voa para mais países no mundo, segundo o Guinness World Record®, conecta brasileiros a centenas de destinos por meio de seu hub em Istambul. Aqui, a companhia destaca aqueles que encantam pela cultura, arte e artesanato, abrigando alguns dos estabelecimentos comerciais mais antigos do planeta — os bazares.

Istambul: entre tapetes, especiarias e labirintos seculares

No cruzamento entre a Europa e a Ásia, Istambul abriga alguns dos mercados mais fascinantes e antigos do mundo. O Grande Bazar (Kapalıçarşı), construído no século XV, é um verdadeiro labirinto com mais de 4 mil lojas distribuídas por 61 ruas cobertas. Ali é possível encontrar de tudo: joias, tapetes, cerâmicas e artesanatos típicos turcos.

Caminhar por seus corredores abobadados revela pátios escondidos e cantos atemporais, onde comerciantes preparam chá, artesãos moldam metais e clientes barganham preços — um ritual diário que atravessa gerações.

Nas proximidades, o Bazar das Especiarias (Mısır Çarşısı) é uma explosão de aromas e cores. Desde o século XVII, esse mercado movimentado comercializa especiarias, frutas secas, doces turcos e chás aromáticos trazidos do Egito — origem de seu nome. Sua arquitetura abobadada e atmosfera intensa fazem dele uma das experiências mais sensoriais da cidade.

Istambul também abriga mercados menores e especializados, como o Arasta Bazaar, próximo à Mesquita Azul, conhecido por tecidos e artesanatos feitos à mão, e o Mahmutpaşa, uma rua comercial cheia de energia local e autenticidade. Mais do que lugares para comprar, são espaços de pertencimento — guardiões da memória cultural de um império erguido sobre o comércio e a conexão entre povos.

Turkish Airlines é a porta de entrada para essa experiência. Desde a chegada ao Aeroporto de Istambul, o viajante já sente o espírito da cidade — o aroma do café turco recém-preparado e a harmonia entre tradição e modernidade em cada detalhe.

Independentemente do destino final, os programas Touristanbul e Stopover, oferecidos pela companhia, transformam escalas em experiências memoráveis: um tour rápido pela cidade ou uma estada de um ou dois dias que certamente deixarão o visitante com vontade de voltar (checar regras e mais informações no portal da Turkish Airlines)

Cairo: entre o aroma do incenso e os tecidos bordados

Mais ao sul, do outro lado do Mediterrâneo, o Cairo revela seu próprio universo de mercados vibrantes. Entre suas joias mais fascinantes está a Qasaba de Radwan Bey, um mercado coberto de tecidos datado do século XVII. Localizado ao sul das muralhas da cidade antiga, ele preserva a arte da khayamiya — as tradicionais tendas bordadas com padrões geométricos coloridos, confeccionadas por artesãos que mantêm viva essa herança ancestral.

Próxima ao movimentado Khan el-Khalili Bazaar, a Qasaba de Radwan Bey é uma ponte entre o passado e o presente do Cairo, um corredor sombreado onde história e design se encontram. A cada passo, revelam-se as cores, a continuidade e o talento dos artistas egípcios.

Já o lendário Khan el-Khalili permanece como o coração pulsante do comércio e da cultura cairota. Suas vielas estreitas, repletas de luminárias, especiarias, joias e antiguidades, conduzem os visitantes ao icônico Café El-Fishawy, aberto desde 1797 — refúgio de escritores, artistas e sonhadores há mais de dois séculos. Tomar um chá de menta ou um café árabe ali é sentir o pulso da cidade: vibrante, ancestral e viva.

Turkish Airlines: conectando culturas, conforto e curiosidade

Com sua ampla rede de destinos e hospitalidade inconfundível, a Turkish Airlines oferece muito mais do que um voo — ela é uma ponte entre mundos. Partindo do Brasil, a companhia opera voos diários, 11 semanais, entre São Paulo (GRU) e Istambul (IST), conectando brasileiros a destinos em todos os continentes por meio de seu moderno hub na capital turca. De lá, é possível seguir com facilidade para o Cairo e muitos outros lugares.

Entre um voo e outro, os passageiros podem relaxar nos premiados Lounges da Turkish Airlines no Aeroporto de Istambul, espaços de tranquilidade e elegância que reflete a hospitalidade turca, com sabores autênticos e design inspirado na própria cidade.

Dos corredores perfumados do Grande Bazar às vielas douradas do Khan el-Khalili, a Turkish Airlines conecta não apenas destinos, mas, também, culturas, tradições e paixões, com o cuidado e o conforto que definem sua jornada.

(*) Com informações da Turkish Airlines

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O novo luxo que gera valor: menos bens, mais experiências

Rodrigo Cerveira (*)

Um artigo recente da The Economist intitulado “Why the ultra-rich are giving up on luxury assets” traz uma provocação sobre uma transformação silenciosa, mas sísmica, no mundo do luxo. A era dos ativos de luxo tangíveis, como vinhos finos, carros clássicos e mansões opulentas está chegando ao fim. O valor de um Château d’Y, de 2010, pode ter subido 60% até 2023, mas o mercado secundário de Rolexes caiu quase 30% em relação a 2022. Este não é um sinal de que os ultra-ricos estão  gastando menos, mas sim de forma diferente. O luxo, como o conhecíamos, está morto. E do seu túmulo emerge um novo rei: a exclusividade.

A reflexão do The Economist aponta para uma verdade inconveniente para as marcas de luxo tradicionais: a raridade, o pilar fundamental do valor do luxo, foi erodida. A democratização do luxo, impulsionada pela produção em massa, pela visibilidade nas redes sociais e pelo mercado de segunda mão tornou o que antes era exclusivo em algo meramente caro. Como afirma o economista americano Thorstein Veblen, o verdadeiro luxo é limitado, ou seja, o consumo por uma pessoa reduz a disponibilidade para outras. Hoje, com diamantes sintéticos indistinguíveis dos naturais e a arte fracionada, bens de luxo perdem o seu apelo.

Então, para onde vai o dinheiro dos ultra-ricos? Para o efêmero, o imaterial, o experiencial. O “Ultra-Luxury Services Index”, que acompanha experiências como jantares em restaurantes com estrelas Michelin, viagens de luxo e estadias em hotéis exclusivos cresceu 90% desde 2019. Os ultra-ricos não querem mais ter, eles querem ser. Querem viver momentos únicos, irreplicáveis e, acima de tudo, exclusivos.

Uma noite no Le Bristol Paris, que custa o dobro em relação ao ano de 2019, não é apenas uma estadia em um hotel, é uma afirmação de status que não pode ser revendida ou imitada. Este novo paradigma exige uma reinvenção radical por parte das marcas de luxo. Os caminhos tradicionais se tornaram obsoletos.As marcas de luxo devem evoluir de meros vendedores de produtos para curadores de ecossistemas de experiências exclusivas. Uma marca de automóveis de luxo, por exemplo, poderia oferecer não apenas o carro, mas também o acesso a uma comunidade de proprietários, com eventos de condução exclusivos, acesso a pistas privadas e experiências de viagem únicas.

A escassez tem de ser radical: em vez de “edições limitadas”, produzidas em massa, as marcas devem procurar a verdadeira escassez. Isto pode significar a criação de produtos verdadeiramente únicos, utilizando materiais raros e feitos a mão ou a oferta de serviços personalizados que são genuinamente limitados em disponibilidade. A história por trás do produto ou serviço torna-se tão importante quanto o próprio item.

O toque humano representa o luxo supremo: com o mundo cada vez mais dominado pela inteligência artificial e pela automação, o toque humano torna-se o luxo mais fino. As marcas devem investir em serviço excepcional, relações personalizadas e produtos artesanais que contam uma história. A personalização e a atenção aos detalhes são a nova fronteira da exclusividade.

O futuro do luxo não reside na opulência dos bens, mas na exclusividade das experiências. No mundo dos ultra-ricos, a exclusividade é a nova moeda, no sentido de valor percebido.

As marcas que compreenderem e se adaptarem a esta nova realidade prosperarão. As que não o fizerem, correm o risco de se tornar relíquias de uma era passada nas prateleiras de museus, ao lado de garrafas de vinho que ninguém mais dará lances para comprar.

(*) Rodrigo Cerveira é CMO da Vórtx e co-fundador do Strategy Studio. Com 30 anos de experiência em estratégia, liderança e desenvolvimento de negócios globais e locais, é especializado em construção de marca e estratégia criativa. É formado em Publicidade e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com Extensão em Gestão pelo INSEAD (Instituto Europeu de Administração de Negócios).

 

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O conselheiro do futuro não é um robô, mas quem souber usar a inteligência artificial

A governança corporativa de uma organização pressupõe planejamento estratégico, eficiência nos processos técnicos, visão sistêmica e comunicação. Ainda, fatores humanos: inteligência emocional, gestão do tempo e valorização das pessoas.

É preciso, contudo, combinar todos esses elementos com inovação tecnológica. Indo ao ponto: quero dizer que a governança corporativa deve também passar por uma transformação digital, com a incorporação de soluções de ponta. Com investimentos em tecnologia.

Isso inclui ela, a cada vez mais famosa Inteligência Artificial. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) elaborou um material específico sobre o tema, o “Guia de Inteligência Artificial para Conselhos de Administração”.

Antes que, apressadamente, pense-se que se trata de substituir conselheiros por robôs, já digo que não é nada disso. Trata-se, sim, de trazer a Inteligência Artificial para o Conselho de Administração para municiar os conselheiros de dados, instrumentos, análises fundamentais para a tomada de decisões.

Reproduzo trecho do texto de apresentação do guia, para ilustrar o que estou defendendo: aos conselhos de administração das empresas cabe, diante da cada vez mais onipresença da Inteligência Artificial em nossas vidas, “definir a visão e estabelecer as diretrizes estratégicas para a adoção da IA na organização”.

Continua ainda o texto: “São responsabilidades que envolvem a definição da visão para IA, governança e gestão de riscos, engajamento de stakeholders e transparência e conformidade, entre outros tópicos”.

Não é, portanto, momento para estar reticente, avesso à Inteligência Artificial. É preparar a Inteligência Humana para melhor explorar a IA. Para entender como ela pode ser útil, benéfica, e por isso mesmo indispensável a uma governança corporativa de verdade, comprometida com os preceitos de ESG, promotora de um crescimento sustentável interna e externamente.

A governança corporativa alinhada ao mundo contemporâneo vai muito além de fluxos e processos técnicos, ainda que automatizados, ágeis, assertivos. Envolve a capacidade de alinhar visão sistêmica, comportamento humano e inovação para construirmos um futuro sustentável e eficiente.

Inovação não é, pois, tema apenas do setor de TI da empresa. Inovação e transformação digital devem ser entendidas, compreendidas e assumidas pelo Conselho de Administração. Conselheiros terão uma visão muito mais abrangente e, como disse, sistêmica da sua organização se dispor de profundidade de dados e suas análises. Isso, a IA é capaz de nos fornecer como ninguém.

Ignorar, torcer o nariz, dispensar transformação digital e Inteligência Artificial nas práticas e procedimentos de governança corporativa é ficar para trás. Em mercados altamente competitivos, a fobia à inovações tecnologias pode custar muito.

(*) Marcelo Silva, diretor de TI Projetos e Inovação da Reymaster Materiais Elétricos, empresa de Curitiba com atuação no mercado nacional e fundada há 35 anos

 

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Alckmin otimista com possibilidade de retirada rápida de mais produtos brasileiros do tarifaço de Trump

Durante encontro promovido pela Amcham, presidente em exercício reafirma importância do diálogo e da negociação

Da Redação (*)

Brasília – Os impactos do tarifaço, as negociações do Brasil com o governo dos EUA e as medidas para ampliar o acesso dos produtos brasileiros àquele mercado foram temas da participação do presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, na abertura da 3ª edição do Encontro Empresarial Brasil–EUA, nesta terça-feira (25).

Alckmin participou remotamente do encontro, que é promovido pela Amcham Brasil em São Paulo.

“É diálogo e negociação. O próximo passo é excluir mais produtos e reduzir alíquotas. Vamos acelerar o processo”, afirmou Alckmin.

Nos últimos meses, os Estados Unidos eliminaram tarifas de 238 produtos, incluindo frutas, sucos, cafés e carnes, reduzindo para 22% a fatia das exportações brasileiras ainda sujeitas ao tarifaço, percentual que já foi de 36%. Outros 27% estão na Seção 232, alinhados à tributação global, e 51% entram no país com tarifa zero ou 10%.

Ao comentar as medidas adotadas pelo governo brasileiro, Alckmin destacou o Plano Brasil Soberano, com apoio para empresas impactadas e outras medidas, e ações do governo em áreas que podem ajudar nas negociações para retirada de todos os produtos das tarifas adicionais.

“O Brasil não ficou parado diante do tarifaço. Colocamos em campo um plano robusto para proteger as empresas afetadas, com R$ 40 bilhões em crédito, juros menores e garantias ampliadas. Nosso objetivo é assegurar fôlego para quem perdeu mercado e manter a indústria brasileira competitiva”, destacou.

Ele reforçou também a importância das ações de médio e longo prazos, voltadas à inserção do Brasil em setores de alto valor agregado e tecnologias emergentes.

“Estamos preparando o Brasil para a nova economia. Avançamos em temas estratégicos como data centers, inteligência artificial, energia renovável e minerais críticos. O programa Redata já está no Congresso e vai atrair investimentos de alto valor agregado para o país”, garantiu.

Diálogo e articulação

A secretária de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, Tatiana Prazeres, participou do painel Diálogo com o Governo Brasileiro, realizado logo após a fala do presidente da República em exercício.

Ao lado do embaixador Fernando Pimentel, em um painel moderado pelo CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, a secretária Tatiana destacou que os resultados recentes refletem avanços importantes na relação bilateral e reforçam o papel central do diálogo e da articulação entre governo e setor privado.

“Os avanços recentes mostram que o diálogo funciona. Vimos progressos concretos e é fundamental manter essa coordenação entre governo e setor privado para seguirmos ampliando o acesso do Brasil ao mercado americano. A relação Brasil–Estados Unidos é estratégica e exige dedicação permanente, e os resultados reforçam que estamos no caminho certo”, avaliou Tatiana Prazeres.

Ao longo do diálogo, houve debate com as autoridades presentes sobre elementos relevantes para a estratégia negociadora brasileira, reforçando o papel do setor empresarial na consolidação de posições conjuntas e no fortalecimento da agenda econômica entre Brasil e Estados Unidos.

Abrão Neto, por sua vez, falou sobre a o papel do setor empresarial na consolidação de posições conjuntas e no fortalecimento da agenda econômica entre Brasil e Estados Unidos.

“Este encontro reafirma algo que está na essência da Amcham: o compromisso de aproximar as duas maiores economias das Américas. A relação bilateral é indispensável, não apenas pela história que representa, mas pelo futuro que oferece aos nossos países”, disse.

(*) Com informações do MDIC

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IA e o novo CX: antecipar, entender e lembrar para atender melhor

Simone Bervig (*)

Testemunhamos uma revolução silenciosa no modo como as empresas se relacionam com seus consumidores. A inteligência artificial (IA) deixou de ser apenas uma ferramenta de automação para se tornar uma aliada estratégica do Customer Experience (CX). Mas, para que essa transformação seja verdadeiramente significativa, é preciso entender que tecnologia e a empatia não são opostas e, sim, complementares.

O cliente moderno não quer escolher entre a eficiência de um robô e a atenção de um humano. Ele quer ambos, no momento certo. Isso exige uma orquestração inteligente, na qual a IA não substitui o contato humano, mas o potencializa. Modelos avançados já são capazes de interpretar contexto, prever intenções e oferecer respostas que unem agilidade e sensibilidade. A tecnologia, nesse sentido, torna-se uma ponte entre marcas e pessoas.

Essa combinação é essencial quando lembramos que, no fim das contas, a experiência do ainda depende da qualidade do atendimento. Um estudo recente da Evollo, principal plataforma de speech analytics do mercado, mostra que cerca de 25% dos clientes insatisfeitos chegaram a pedir o cancelamento dos serviços. O motivo mais citado foi o acúmulo de frustrações ao longo do relacionamento, marcado por interações ineficientes, promessas não cumpridas e abordagens comerciais classificadas como abusivas. A falta de clareza e a postura inadequada dos atendentes ampliam o conflito e comprometem a confiança do consumidor.

Os pilares do novo CX

O atendimento resolutivo e humanizado se apoia em três pilares: antecipação, precisão e memória. Antecipar significa prever as necessidades do cliente antes que ele as manifeste, oferecendo soluções proativas. Precisão é garantir que a resposta correta seja entregue já no primeiro contato, sem transferências desnecessárias. E memória é reconhecer o histórico e as preferências do consumidor, evitando repetições e fortalecendo o vínculo de confiança.

Esses pilares, quando impulsionados pela IA, elevam as taxas de resolução e consolidam a reputação das marcas. A automação inteligente permite que cada interação se torne mais fluida, contextual e relevante. O resultado é uma experiência consistente, na qual o cliente se sente compreendido e valorizado.

Entretanto, medir o sucesso em CX vai além de índices tradicionais como NPS (Net Promoter Score) ou CSAT (Customer Satisfaction Score). Hoje, é fundamental observar também o Customer Effort Score (CES), o tempo médio de resolução e até mesmo análises qualitativas sobre a percepção do consumidor. Afinal, a satisfação final é consequência de uma jornada bem conduzida, e não apenas de um bom atendimento pontual.

A hiperpersonalização, que já é uma expectativa do público, depende da capacidade das empresas de consolidar dados e compreender micro-momentos da jornada. Ainda há desafios, como a fragmentação de informações entre diferentes plataformas, mas a direção é clara: o Customer Experience não é mais um diferencial competitivo, e sim um requisito básico. As empresas que entenderem isso sairão na frente.

O futuro do atendimento será definido pela harmonia entre tecnologia, agilidade e humanidade. É nessa interseção que a verdadeira transformação acontece, quando cada interação, por mais digital que seja, mantém o toque humano que torna a experiência realmente memorável.

(*) Simone Bervig – Executiva com experiência global, atuando em mercados na América Latina e Estados Unidos, Simone Bervig possui mais de 20 anos de experiência em marketing, branding e tecnologia, e coleciona passagens por multinacionais de tecnologia como SAP, Citrix e SAS. É colunista da MIT Tech Review, membro da Angel Investor Club e mentora na AngelUs Network. Atualmente é Diretora de Marketing do Grupo MakeOne.

 

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Austrália oferece mais de 300 oportunidades para exportação de produtos brasileiros, revela estudo

Da Redação (*)

Brasília – A ApexBrasil lançou o estudo Perfil de Comércio e Investimentos – Austrália 2025, que apresenta uma análise estratégica das relações econômicas entre os dois países. O estudo reforça informações e dados sobre o comércio e investimentos entre o Brasil e o maior país da Oceania.

Com população de 26,7 milhões de habitantes e PIB de US$ 1,8 trilhões, a Austrália consolida-se como a 14a economia do mundo. Em 2024, o Brasil exportou US$ 612,7 milhões em bens para a Austrália. De janeiro a setembro de 2025, esse valor já alcançou US$ 530,9 milhões, um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do histórico de déficit na balança comercial, o ritmo das exportações brasileiras tem se acelerado.

O Mapa de Oportunidades da ApexBrasil identificou 320 produtos com potencial no mercado australiano. Os destaques dividem-se em veículos, produtos farmacêuticos, óleos essenciais, artigos de borracha, café, chá e cacau. Além dos setores tradicionais, há espaço para avançar em áreas como calçados, madeira, óleos vegetais, fibras têxteis e ceras.

Beneficios do SGP australiano

O Brasil é beneficiado a pelo Sistema Geral de Preferências (SGP) australiano, que aplica tarifas preferenciais para países em desenvolvimento. Por conta disso, o Brasil pode acessar reduções em linhas tarifárias específicas, desde que cumpra regras de origem aplicáveis. Produtos como veículos rodoviários e amidos de produtos vegetais podem se beneficiar desse sistema.

Do lado dos investimentos, os números surpreendem. Em 2024, o estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) australiano no Brasil foi de US$ 7,2 bilhões, com crescimento médio anual de 36,1% desde 2020. Dessa forma, em 2024 a Austrália foi o 23° país com maior estoque de investimento no Brasil, o melhor ranking que o país já obteve.

Quer saber mais sobre o comércio e investimentos entre Brasil e Austrália?

Acesse o estudo

(*) Com informações da ApexBrasil

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Agronegócio aposta em dados e IA para atender às novas normas ambientais internacionais

Com apoio da tecnologia, o campo brasileiro se prepara para um novo ciclo de eficiência, transparência e responsabilidade ambiental

Da Redação

Brasília – Nos últimos anos, o agronegócio brasileiro passou a enfrentar um novo tipo de desafio — tão importante quanto produtividade e rentabilidade: a necessidade de se adequar às normas ambientais, fortalecer práticas sustentáveis e comprovar a origem e a conformidade de sua produção. Em um contexto em que consumidores e mercados internacionais valorizam cada vez mais a responsabilidade socioambiental, as exigências por rastreabilidade e certificações ESG deixaram de ser tendência para se tornarem um verdadeiro passaporte de competitividade.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 2024 as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 164,4 bilhões, representando cerca de 49% do total das exportações do país. O dado reforça a relevância do setor na economia nacional e evidencia a importância de atender aos requisitos de sustentabilidade para garantir acesso aos principais destinos comerciais, como a União Europeia e os Estados Unidos.

Essa nova dinâmica impõe uma transformação profunda na forma como o campo produz, monitora e comprova suas práticas. O desafio vai além da produtividade — envolve transparência, governança e adequação a legislações ambientais cada vez mais rigorosas. Com a implementação do novo regulamento europeu contra o desmatamento — que passa a ser aplicado em dezembro de 2025 para grandes e médias empresas, e em junho de 2026 para micro e pequenas —, exportadores brasileiros de soja, café, carne e outros produtos precisarão garantir, com precisão geográfica e documental, que suas cadeias produtivas não estão associadas a áreas desmatadas ou a práticas irregulares. Nesse contexto, a tecnologia deixou de ser apenas uma ferramenta de apoio e passou a ser um elemento estratégico para a sobrevivência e o crescimento sustentável do setor.

A inteligência artificial (IA) tem se mostrado um dos maiores impulsionadores da transformação digital no agronegócio. Por meio de plataformas avançadas de análise de dados e sensores integrados, produtores e cooperativas conseguem acompanhar cada etapa do ciclo produtivo — do plantio ao embarque — com total visibilidade e precisão. Essas soluções permitem detectar anomalias, prever riscos ambientais e registrar digitalmente o histórico completo de cada lote, garantindo rastreabilidade total e transparência para auditorias e certificações. Mais do que automatizar processos, a IA possibilita decisões baseadas em dados que reduzem desperdícios, otimizam o uso de recursos naturais e contribuem diretamente para metas ESG e de descarbonização.

Importância do uso estratégico da tecnologia

Já o blockchain vem se consolidando como uma ferramenta fundamental para garantir a autenticidade e a imutabilidade das informações da cadeia produtiva, assegurando que cada etapa — do campo à exportação — seja rastreável e auditável. Somadas, essas tecnologias tornam o agronegócio brasileiro mais eficiente, competitivo e preparado para atender às exigências globais de sustentabilidade e transparência.

Para Esteban Huerta, arquiteto de soluções da BlueShift, o uso estratégico da tecnologia no agronegócio representa um divisor de águas para o futuro da produção sustentável. “O Brasil tem um dos ecossistemas agrícolas mais complexos e potentes do mundo, e a tecnologia é o que permite transformar esse potencial em eficiência e transparência. Soluções baseadas em dados, IA e blockchain oferecem ao produtor a capacidade de antecipar riscos, comprovar práticas responsáveis e abrir portas para novos mercados”, afirma. O executivo ressalta ainda que o avanço digital no campo vai muito além do cumprimento de exigências ambientais — trata-se de um movimento de modernização e competitividade global. “Quando o produtor entende que sustentabilidade e rentabilidade caminham juntas, a inovação passa a ser parte natural do negócio. É isso que impulsiona a nova era do agronegócio brasileiro”, completa o especialista.

Com soluções que unem rastreabilidade, certificações e conformidade digital, a BlueShift contribui para um agronegócio mais transparente, sustentável e conectado às demandas globais. A tecnologia, antes vista como um diferencial, tornou-se o elo entre eficiência e responsabilidade — mostrando que o futuro do campo está nas mãos de quem sabe usar os dados para produzir com propósito.

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