Interfaces de IA inauguram uma nova era de microassistentes e co-pilots

Por Fabio Seixas (*)

Vivemos um momento de transição paradigmática na forma como interagimos com a inteligência artificial. Os últimos anos foram dominados por chatbots e assistentes virtuais, que popularizaram a ideia de que a IA é algo com quem conversamos. Mas o futuro está caminhando em outra direção, em que interfaces invisíveis, que compreendem o contexto, antecipam intenções e agem sem precisar de comandos explícitos. Essa revolução silenciosa está transformando a experiência digital de forma mais profunda do que qualquer salto anterior.

Durante anos, a indústria investiu na simulação da conversa humana, com a Alexa, Siri, Google Assistant e ChatGPT consolidando o modelo de IA conversacional. Contudo, essa abordagem carrega um limite estrutural, pois exige formulação de perguntas, espera por respostas e ajustes sucessivos até chegar ao resultado desejado. Para tarefas simples e repetitivas, esse processo é mais lento do que produtivo. A próxima geração de interfaces, portanto, não quer conversar, quer resolver.

Segundo a Gartner, 85% dos líderes de atendimento vão usar ou testar soluções de IA generativa conversacional em 2025, e mais de 75% das lideranças de atendimento ao cliente afirmaram sentir pressão dos líderes executivos para implementar essa tecnologia, sendo um sinal claro de que o setor busca repensar a própria arquitetura da experiência do cliente. É nesse contexto que surgem os microassistentes, pequenos módulos de IA integrados a sistemas e aplicativos já existentes.

Diferentemente dos chatbots, eles operam de maneira silenciosa, oferecendo ajuda no momento exato em que é necessária. No Gmail, por exemplo, o recurso Smart Compose entende o padrão de escrita do usuário e completa frases automaticamente, enquanto o LinkedIn sugere reformulações de postagens para aumentar o engajamento. Essa abordagem representa uma mudança fundamental na filosofia de design, já que em vez de esperar comandos explícitos, a IA observa, aprende e age proativamente.

Paralelamente, os co-pilots especializados representam uma evolução ainda mais avançada dessa lógica, já que eles se integram a fluxos de trabalho específicos, com profundo entendimento das rotinas e processos de cada área. Imagine uma equipe de atendimento no Reclame Aqui que, ao abrir uma reclamação, recebe automaticamente três opções de resposta geradas pelo assistente com base no histórico do cliente, nas diretrizes da empresa e nas políticas regulatórias. Esse tipo de co-pilot não precisa de prompts ou de janelas de chat, ele atua no exato ponto onde a decisão precisa ser tomada. O resultado é um salto exponencial de produtividade, consistência e qualidade nas interações com o público.

Em vez de exigir atenção e esforço mental, a IA passa a reduzir a carga cognitiva do usuário. Em vez de abrir mais uma janela, ela desaparece dentro das que já existem. Essa integração invisível torna a tecnologia mais humana porque se adapta ao comportamento das pessoas, e não o contrário, e com isso estamos migrando de um modelo baseado em comando e resposta para um modelo de observação e antecipação, deixando de ser uma entidade com a qual interagimos e se tornando um sistema que compreende intenções, contexto e propósito.

Diferente dos comandos de voz tradicionais, as novas tecnologias vocais não dependem de ativações explícitas ou frases estruturadas. Elas compreendem nuances, contexto e intenção. Imagine um ambiente de trabalho onde dizer “preciso revisar os números do trimestre” faz com que o sistema reúna automaticamente relatórios, gráficos e dados relevantes, sem que o profissional precise abrir um único aplicativo. É o conceito de “zero atrito, 100% presença”, em que a tecnologia se integra tão perfeitamente ao ambiente que operar o sistema parece um ato natural de pensamento.

Para que essa nova geração de assistentes se torne realidade, será necessário repensar como aplicamos IA nas empresas. Modelos centralizados baseados em prompts e respostas dão lugar a sistemas distribuídos, com análise em tempo real e capacidade de aprendizado contínuo. O edge computing, por exemplo, ganha importância ao permitir que parte do processamento ocorra localmente, reduzindo latência e preservando privacidade. Além disso, a integração com APIs e sistemas legados é essencial, pois o verdadeiro valor dos microassistentes e co-pilots está em sua capacidade de operar dentro do ecossistema digital já existente, sem criar camadas adicionais de complexidade.

Estamos, portanto, diante de uma transformação silenciosa, mas profundamente impactante. O futuro da inteligência artificial não está em conversas mais sofisticadas, mas em ações mais inteligentes, em que microassistentes, co-pilots contextuais e interfaces de voz são os pilares dessa nova era, onde a IA se torna ubíqua, presente e invisível. Em vez de depender de comandos, ela entende intenções, e em vez de exigir atenção, ela devolve tempo. O resultado é um ecossistema tecnológico mais humano, no qual a máquina não substitui o raciocínio, mas o amplifica, tornando o trabalho mais fluido, eficiente e natural.

(*) Fábio Seixas – Com mais de 30 anos de experiência em tecnologia e negócios digitais, Fabio Seixas é empreendedor, mentor e especialista em desenvolvimento de software. Fundador e CEO da Softo, uma software house que introduziu o conceito de DevTeam as a Service, Fabio já criou e dirigiu oito empresas de internet e mentorou mais de 20 outras. Sua trajetória inclui expertise em modelos de negócios digitais, growth hacking, infraestrutura em nuvem, marketing e publicidade online.

 

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COP30: ApexBrasil realiza ações de promoção e visibilidade internacional de cafés especiais compatíveis com a floresta

Com experiências sensoriais de cafés especiais e apoio à infraestrutura da Conferência, Agência reforça seu compromisso com a promoção de produtos alinhados à socio bioeconomia do país

Da Redação (*)

Brasília – Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre de 10 a 21 de novembro no coração da Amazônia, em Belém (PA), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) promoverá ações voltadas à valorização de produtos sustentáveis brasileiros e ao fortalecimento da imagem do Brasil como protagonista global na transição verde.

Em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), e com o apoio do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Associação Brasileira da Industria de Café (ABIC) e Associação Brasileira da Industria de Café Solúvel (ABICS), a Agência realizará degustações sensoriais de cafés especiais nos espaços oficiais da COP30 – Pavilhões Brasil, zonas Azul e Verde. A iniciativa faz parte do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation” que visa promover a internacionalização do setor e consolidar o país como líder global na produção de cafés especiais, destacando a sustentabilidade e a qualidade como pilares centrais do setor.

“A Amazônia passa a ter um papel de protagonista nos cafés especiais. Entramos de vez no mapa mundial desse setor e, na COP30, vamos mostrar isso para o mundo, levar café é também levar o sabor e a riqueza da Amazônia” afirmou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.

Governo busca protagonismo e abertura de novos mercados

A COP30 Amazônia integra o esforço do Governo Federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de colocar o Brasil no centro das discussões globais. Desde 2023, o presidente já realizou mais de 18 missões internacionais em parceria com a ApexBrasil e o Itamaraty, resultando na abertura de mais de 450 novos mercados para os produtos brasileiros. Ao conectar a promoção comercial à agenda ambiental, a Agência reforça seu compromisso com um modelo de internacionalização que valoriza a bioeconomia, o comércio justo e a inclusão produtiva local, mostrando que o país pode crescer preservando e inovando.

“A COP30 é uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel como potência ambiental e produtiva. A Apex está presente para mostrar que a sustentabilidade pode e deve caminhar junto com o desenvolvimento econômico. Nossas ações demonstram que os produtos compatíveis com a floresta geram renda, fortalecem comunidades e abrem mercados no exterior”.

Entre as iniciativas de destaque da Agência nessa direção está o programa Exporta Mais Amazônia, que teve sua terceira edição realizada em outubro deste ano em Rio Branco (AC). O evento reuniu 25 compradores internacionais de 18 países e 76 empresas amazônicas de setores como açaí, café robusta amazônico, castanha-do-Brasil, frutas processadas, carnes e artesanato.

Ao todo, foram 337 reuniões bilaterais e uma expectativa de negócios de R$ 101,5 milhões — somando-se aos R$ 85 milhões movimentados nas duas edições anteriores. O estado recebeu ainda, em novembro, a fase “Robusta Amazônico” do Exporta Mais Brasil: Cafés Especiais, que contou com 9 compradores, 34 produtores rurais vendedores, 47 amostras de café e R$ 14 milhões em negócios gerados. Deste valor, R$ 4,4 milhões foram realizados no evento e R$ 9,4 milhões estão previstos para os próximos 12 meses.

(*) Com informações da ApexBrasil

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Participação do Brasil na CIIE mostra força da parceria com a China no agronegócio, diz gerente da ApexBrasil

Da Redação (*)

Brasília – – O Brasil tem as mais altas expectativas sobre às relações com a China, que atravessam o melhor momento da história, afirmou Laudemir André Müller, gerente de agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) na última quarta-feira (5), em Shanghai.

Müller fez essas observações no subfórum de agricultura do Fórum Econômico Internacional de Hongqiao durante a 8ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), realizada de 5 a 10 de novembro na megalópole chinesa

O subfórum, que teve como tema “Resiliência e inovação: Comércio agrícola internacional de alta qualidade em meio a incertezas externas”, foi organizado pelos ministérios da Agricultura e Assuntos Rurais e do Comércio da China.

“As empresas chinesas têm realizado inúmeros investimentos no Brasil, e as brasileiras também vêm ampliando sua presença na China. O comércio, as relações e a amizade entre os dois países continuam crescendo e se fortalecendo”, destacou Müller ao falar sobre a cooperação agrícola entre China e Brasil.

Segundo ele, o Brasil enviou uma grande delegação à CIIE deste ano, com dois pavilhões. Essa ampla participação, afirmou, reflete o excelente nível das relações entre os dois países.

Müller explicou que a China é o principal destino das exportações agrícolas brasileiras, ao mesmo tempo, a China é o maior importador dos produtos agrícolas brasileiros. Por isso, disse ele, o país participa regularmente do evento para apresentar a força e os avanços da agricultura brasileira, além de compartilhar conhecimento e trocar experiências com outros países, especialmente com a China, que tem avançado na agricultura moderna e sustentável.

ApexBrasil destaca força e diversidade do agronegócio brasileiro

Questionado sobre os produtos de destaque nesta edição, além da soja e da carne bovina, Müller lembrou que o Brasil é um dos países com maior diversidade agrícola do mundo, exportando para mais de 200 países e regiões.

“Somos líderes globais em suco de laranja, açúcar, café e carne bovina”, disse o gerente de agronegócios, acrescentando que, este ano, o Brasil também se tornou o principal exportador de algodão e que possui outros produtos típicos, como castanhas produzidas por pequenas propriedades familiares, demonstrando ao mundo a verdadeira força e diversidade da agricultura brasileira e os produtos que o país pode oferecer.

Em relação à cooperação entre China e Brasil na abordagem das mudanças climáticas, Müller observou que se trata de um desafio comum a ser enfrentado conjuntamente.

O executivo da ApexBrasil destacou também a ampla experiência e as tecnologias do Brasil na agricultura tropical, enquanto a China oferece oportunidades de intercâmbio tecnológico e investe em infraestrutura e logística, áreas que precisam ser aprimoradas para se garantir um desenvolvimento sustentável.

(*) Com informações da Agência Xinhua

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Comércio exterior da China resiste ao tarifaço de Trump, cresce 3,6% em 12 meses e soma US$ 5,27 trilhões

Da Redação (*)

Brasília– O comércio exterior de mercadorias da China manteve um crescimento estável nos primeiros 10 meses de 2025, apesar dos ventos contrários da economia global, mostraram dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (7). A corrente de comércio (exportações+importações) do país totalizou US$ 5,27 trilhões (37,31 trilhões de yuans) de janeiro a outubro, um aumento anual de 3,6%, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas (AGA).

Isoladamente em outubro, as importações e exportações de bens da China subiram 0,1% ano a ano, para 3,7 trilhões de yuans. As exportações caíram 0,8% em termos anuais, mas as importações subiram 1,4%, marcando o quinto mês consecutivo de expansão.

Lyu Daliang, diretor do Departamento de Estatísticas e Análise da AGA, disse que, apesar dos choques externos, o comércio exterior da China demonstrou forte resiliência este ano, mantendo sua expansão estável e constante, resultado alcançado com grande esforço.

ASEAN e UE, os dois principais parceiros

Nos primeiros 10 meses, a ASEAN foi o maior parceiro comercial da China. O valor do comércio entre os dois lados aumentou 9,1% ano a ano e representou 16,6% do valor total do comércio exterior da China.

A China permanece como o maior parceiro comercial da ASEAN por 16 anos consecutivos, enquanto a ASEAN tem sido o maior parceiro comercial da China por cinco anos consecutivos.

Durante o período de 10 meses, o comércio da China com a UE cresceu 4,9%, enquanto o comércio sino-americano caiu 15,9%. Os dados também destacaram um aumento de 5,9% no comércio chinês com os países do Cinturão e Rota.

As empresas privadas demonstraram dinamismo significativo como principal motor do comércio, com seus valores de importação e exportação crescendo 7,2%, para 21,28 trilhões de yuans, representando 57% do total do país e 1,9 ponto percentual acima do mesmo período do ano passado.

O comércio exterior da China continuou a sofrer uma mudança estrutural, com as exportações de produtos mecânicos e elétricos crescendo 8,7%, respondendo por 60,7% do total das exportações, impulsionadas pelo forte crescimento em circuitos integrados e automóveis, enquanto os produtos de mão de obra intensiva tiveram um declínio de 3%.

“O comércio exterior ainda enfrenta algumas pressões no quarto trimestre, mas fatores positivos estão se acumulando”, disse Bao Xiaohua, professora titular da Universidade de Finanças e Economia de Shanghai.

Com várias políticas de apoio entrando em vigor, a pressão descendente sobre as exportações da China é geralmente administrável no quarto trimestre, e deve se registrar um crescimento estável para o ano inteiro, acrescentou Bao.

(*) Com informações da Agência Xinhua

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eComex anuncia tecnologia capaz de estruturar os dados para o uso de IA no comércio exterior

Chamada Comex Statistics, sua principal função é fornecer uma visão geral e confiável da operação de comércio exterior, com dados organizados e acessíveis de forma rápida e fácil.

Da Redação (*)

Brasília – Com o objetivo de ajudar as organizações que atuam com comércio exterior e logística internacional a estruturar seus dados tanto para geração de insights como para viabilizar o uso de Inteligência Artificial, a D2P (startup pertencente à eComex) acaba de anunciar o lançamento do Comex Statistics. Sua principal função é fornecer uma visão geral e confiável da operação de comércio exterior, com dados organizados, acessíveis de forma rápida e fácil.

Plug and play e integrada aos principais ERPs do mercado e ao sistema de Comex do governo, o Comex Statistics atua como um BI (business intelligence) automatizado, que captura, padroniza e analisa diferentes dados das operações de comércio exterior e logística internacional de seus clientes, sem necessidade de digitação, consolidando as informações geradas em dashboards inteligentes.

“Segundo dados da Câmara de Comércio Internacional, aproximadamente 4 bilhões de documentos são transacionados diariamente entre todos os participantes do comércio global. Esse vasto volume de informações, somado ao uso de sistemas legados e também à falta de padronização, dados duplicados e a dependência de fontes externas ou planilhas, como as do Excel — altamente suscetíveis a perdas ou erros — pode representar obstáculos para a otimização das operações atuais e, consequentemente, para o crescimento dos negócios”, explica André Barros, CEO da eComex e D2P.

Ainda segundo Barros, outro benefício do Comex Statistics é a sua capacidade de estruturar dados de diferentes fontes para o uso de Inteligência Artificial.

Executivo destaca importância de dados para IA

“De acordo com o estudo Gartner CIO Agenda 2025, 72% dos CIOs em todo o mundo afirmam que a Inteligência Artificial está entre as prioridades estratégicas da área de tecnologia. Porém, fato é que sem dados, não há IA, e a IA só gera resultados quando os dados estão organizados, Conectados e governados. Cientes disso, desenvolvemos essa solução que visa automatizar processos para estruturação de Dados, gerando ainda insights valiosos para tomadas de decisões mais ágeis e assertivas”, ressalta o executivo.

Entre alguns indicadores fornecidos pelo Comex Statistics estão, por exemplo, tempo médio de desembaraço, desembaraço por modal, prazos, distribuição geográfica, custos e despesas.

A solução ainda fornece indicadores ao nível de cada item em poucos cliques, bem como a comparação entre diferentes importações relativas a um mesmo produto.

“Diante de um histórico recente marcado por pandemia, tensões geopolíticas, disputas tarifárias e avanço das agendas ESG e de descarbonização no comércio internacional, cada vez mais as tecnologias emergentes, como a IA, se tornam imperativas para as empresas que buscam se manterem competitivas no mercado. Por isso, precisamos nos atentar sobre a importância da estruturação de dados como pré-requisito vital não só para uma gestão estratégica eficiente, como para o uso da própria Inteligência Artificial”, conclui Barros.

A eComex alcançou um marco significativo em 2023 com a aquisição da D2P, startup especializada em logística internacional. Avaliada em R$ 20 milhões, essa aquisição permitiu a fusão de tecnologias e experiências, impulsionando ainda mais a inovação como oferta para o mercado. Com a aquisição da D2P, a eComex inicia um processo de transformação da tecnologia para o comércio exterior no Brasil.

(*) Fonte: Infor Channel

 

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Enaex 2025: Firjan leva ações e serviços para as empresas fluminenses que atuam no comércio exterior

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro participa do evento, em 12 e 13 de novembro, considerado o maior e mais relevante ponto de encontro e de debates do setor de comércio exterior no país

Da Redação (*)

Brasília – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) participa, nos dias 12 e 13 de novembro, do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2025, considerado o maior e mais relevante ponto de encontro e de debates do setor de comércio exterior no país. O Enaex ocorre no centro de exposições ExpoRio, na cidade do Rio, reunindo especialistas e oportunidades de conexão entre as empresas, entidades e poder público.

Interessados em participar do Enaex devem se inscrever pelo site do evento https://enaex.com.br/

Serviços para empresas fluminenses

Durante os dois dias de evento, a assessoria técnica da Firjan estará à disposição para atender e tirar dúvidas dos interessados em atuar no comércio exterior. Por meio da Firjan Internacional (https://www.firjan.com.br/firjan/empresas/competitividade-empresarial/firjan-internacional/default.htm), a Federação realiza o acompanhamento do ambiente normativo e legislativo de comércio exterior, promove a defesa da indústria fluminense, colaborando para resolução de pleitos e dificuldades das empresas associadas em questões de comércio internacional.

No estande da Federação, as empresas terão acesso também a informações sobre o Certificado de Origem, documento emitido pela Firjan, com reconhecimento da ICC (International Chamber of Commerce), comprovando a origem da mercadoria exportada. O documento permite que produtos brasileiros ingressem em alguns países com o imposto de importação reduzido ou nulo, tornando o produto mais competitivo no mercado internacional.

Além disso, a Firjan emite o Atestado de não similaridade, documento exigido pela Secretaria da Fazenda do estado do Rio de Janeiro. Seu objetivo é gerar benefícios fiscais relacionados ao ICMS sobre a operação de importação ou aquisição interestadual.

Os participantes do Enaex também poderão conhecer as ações promovidas pela Federação para promoção e valorização dos produtos fluminenses no exterior, como apoio na participação de empresas em feiras internacionais e visitas de compradores estrangeiros. Tais ações permitem ao empresário fluminense e brasileiro expandir seus negócios internacionais. A Firjan apresenta ainda o Boletim Rio Exporta, com um dashboard interativo de dados mensais que apresenta análises sobre o comércio exterior fluminense.

(*) Com informações da Firjan

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Amcham Brasil cobra urgência nos avanços das negociações para combater forte queda nas exportações do Brasil para os EUA

Da Redação (*)

Brasília – As exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 37,9% em outubro, a mais acentuada queda desde a entrada em vigor das tarifas adicionais de 40% sobre produtos brasileiros, em agosto deste ano.

Essa retração, a terceira consecutiva, evidencia a intensificação dos efeitos negativos das tarifas sobre o fluxo comercial entre os dois países, impactando cadeias produtivas integradas, investimentos e empregos em ambas as economias. Esses efeitos se somam à menor demanda nos Estados Unidos e à redução de preços internacionais para alguns produtos, como petróleo e derivados.

“A forte contração nas exportações brasileiras para o mercado americano em outubro reforça a urgência de uma solução para normalizar o comércio bilateral. É essencial que o valioso impulso político gerado pelo recente encontro entre os presidentes Lula e Trump seja aproveitado para alavancar avanços concretos nas negociações entre os dois países”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

A Amcham Brasil reafirma seu compromisso em colaborar com os governos e o setor privado na busca de soluções que fortaleçam a parceria econômica Brasil–Estados Unidos, com foco na competitividade, na previsibilidade e na geração de oportunidades mútuas.

(*) Com informações da Amcham

 

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Exportações  para a Ásia e Europa têm forte alta em outubro e compensam queda para os EUA com tarifaço de Trump

Da Redação (*)

Brasília – A diversificação das exportações para a Ásia e a Europa compensou os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos, três meses após a retaliação comercial do governo de Donald Trump. As vendas do Brasil para o exterior cresceram 9,1% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, batendo recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

O crescimento ocorreu mesmo com a forte queda de 37,9% nas vendas para os Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Segundo o levantamento, as exportações somaram US$ 31,97 bilhões no mês passado, enquanto as importações atingiram US$ 25,01 bilhões, resultando em superávit comercial de US$ 6,96 bilhões.

A retração nas exportações para os Estados Unidos, impactadas pelo tarifaço implementado pelo governo americano, levou a uma queda de 24,1% nas vendas para a América do Norte. Essa foi a única região com redução nas exportações em outubro.

O principal fator do encolhimento das vendas para a América do Norte foi a queda de 82,6% nos embarques de petróleo, equivalente a perda de US$ 500 milhões. Também recuaram as vendas de celulose (43,9%), óleos combustíveis (37,7%) e aeronaves e partes (19,8%).

“Mesmo produtos que não foram tarifados, como óleo combustível e celulose, sofreram queda”, informou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão.

Outros mercados

O recuo nas exportações para os Estados Unidos foi compensado pelo aumento das vendas para outras regiões, especialmente a Ásia, que teve alta de 21,2%, impulsionada pela China (33,4%), Índia (55,5%), Cingapura (29,2%) e Filipinas (22,4%).

Entre os produtos, destacaram-se os aumentos nas exportações de soja (64,5%), óleos brutos de petróleo (43%), minério de ferro (31,7%) e carne bovina (44,7%).

Na Europa, as vendas cresceram 7,6%, com forte avanço de minérios de cobre (823,6%), carne bovina (73,4%) e celulose (46,8%). Já a América do Sul apresentou alta de 12,6%, puxada pelos embarques de óleos brutos de petróleo (141,1%).

Segundo Brandão, as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm registrado redução constante nos últimos 3 meses. A queda foi de 16,5% em agosto, 20,3% em setembro e 37,9% em outubro.

“Temos observado taxas de variação negativa cada vez maiores, na comparação com o mesmo mês do ano anterior”, explicou Brandão.

O diretor do MDIC destacou ainda que o movimento reflete não apenas os efeitos diretos das tarifas, mas também uma possível redução da demanda americana.

“A principal queda em termos absolutos foi no petróleo bruto, que não foi tarifado. Isso indica que há efeitos diversos influenciando a retração das exportações aos EUA”, completou.

(*) Com informações da SECEX/MDIC

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Competitividade em risco: o Brasil precisa reagir para preservar sua indústria do aço

Ricardo Martins (*)

A indústria processadora de aço brasileira enfrenta hoje uma encruzilhada que exige resposta imediata e consistente. Para quem produz no país, o cenário é duplamente desafiador: de um lado, persistem custos internos elevados; do outro, cresce a concorrência de produtos importados com escala maior e condições de custo muito mais favoráveis.

Os dados confirmam essa tendência. Entre janeiro e setembro de 2025, as importações de produtos processados de aço cresceram 20,3% em volume em relação ao mesmo período de 2024, passando de 519,7 mil para 625,2 mil toneladas, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Processadora de Aço e do Sindicato Nacional da Indústria Processadora de Aço (Abimetal-Sicetel) com base no sistema Comex Stat. O valor importado alcançou US$ 1,29 bilhão, avanço de 10,3% no mesmo intervalo. A China manteve-se como principal fornecedora, respondendo por 59,3% do total (aproximadamente 370 mil toneladas) e registrando aumento de 24,8%.

Além disso, o preço médio de importação caiu de US$ 2,24/kg para US$ 2,06/kg, enquanto o valor médio dos produtos chineses caiu de US$ 1,40 para US$ 1,30/kg, redução de 10,8%. Esses números não refletem apenas oscilações conjunturais, mas sim uma mudança estrutural na dinâmica global de competição, que ameaça a base industrial brasileira caso não haja uma reação firme e coordenada.

Nesse contexto, é necessário repensar o que se entende por “Custo Brasil”. O termo não é apenas um conceito abstrato, mas a soma de entraves logísticos, regulação lenta, sistema tributário complexo, energia cara e crédito restrito. Essa combinação resulta em margens comprimidas, adiamento de investimentos e menor capacidade de competir no mercado internacional, especialmente em um setor que transforma insumos básicos em produtos de alto valor agregado.

O setor vem registrando retração nos volumes comercializados, que caíram 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa redução, contudo, não reflete uma diminuição da demanda, mas sim a perda de espaço das indústrias nacionais para os produtos importados, que não sofrem o impacto do chamado “custo Brasil” em seus preços.

A relevância desse setor é inquestionável. A indústria processadora de aço ocupa um papel essencial na economia nacional: é ela que fabrica os itens que sustentam a construção civil, a infraestrutura, o setor de energia, o transporte e os bens de capital. Quando esse elo da cadeia se enfraquece, todo o sistema produtivo em questão perde vigor. O aumento das importações, sem contrapartida de agregação de valor ou benefício industrial, inibe investimentos em inovação, automação, qualificação de mão de obra e sustentabilidade, pilares indispensáveis à competitividade global.

A resposta a esse desafio não se limita à adoção de instrumentos de defesa comercial. É fato que mecanismos de garantia de isonomia competitiva são indispensáveis: é preciso coibir práticas de dumping, utilização de subsídios estatais, caso comum nos produtos fabricados pela China, acelerar investigações antidumping e aplicar salvaguardas quando necessário. Contudo, a defesa comercial representa apenas uma parte da solução. Sem a redução efetiva do Custo Brasil e a implementação de uma política industrial de médio e longo prazo, o país continuará operando com desvantagens estruturais que comprometem a produção e a inovação.

O caminho para recuperar a competitividade da siderurgia nacional passa por quatro vetores complementares. O primeiro é a simplificação regulatória e tributária, com marcos legais previsíveis, menos fragmentados e processos mais ágeis para instalar e expandir unidades de produção. O segundo é o investimento em infraestrutura e energia a custos competitivos, condição essencial para reduzir gargalos logísticos e alinhar o país aos padrões internacionais.

O terceiro é o incentivo à modernização industrial, estimulando automação, digitalização, economia circular e produção sustentável com maior valor agregado. E, por fim, o quarto vetor é a expansão do mercado consumidor, sem a qual nenhum dos anteriores terá efeito duradouro. Enquanto o consumo per capita de aço na Coreia do Sul chega a 1.150 kg por habitante, no Brasil mal ultrapassa 100 kg. Avançar nesses quatro eixos não é um favor à indústria, mas uma estratégia de desenvolvimento nacional.

Fortalecer a indústria processadora de aço significa fortalecer o próprio aparato produtivo do país. Empregos qualificados, avanço tecnológico, inovação, fortalecimento da cadeia de fornecedores e aumento da arrecadação para estados e municípios são resultados diretos de um setor competitivo. O contrário disso é aceitar que o Brasil continue importando o que tem capacidade de produzir, concentrando esforços em etapas de menor valor agregado.

(*)  Ricardo Martins é presidente da Associação Brasileira da Indústria Processadora de Aço e Sindicato Nacional da Indústria Processadora de Aço (Abimetal-Sicetel) desde 2019, com mandato até 2027. Engenheiro e fundador da Grampofix, atua no setor metalúrgico desde 1994. Foi diretor de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) por mais de uma década, liderando missões internacionais. É diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e preside o Conselho Consultivo de Metalurgia da Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (SENAI-SP).

 

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Canton Fair sinaliza sete grandes tendências para o comércio exterior e a logística em 2026

Sócio-fundador do Grupo Invoice, Jonas Vieira, esteve no evento e listou tudo que deve chegar aos setores no próximo ano; IA deve ganhar ainda mais destaque

Da Redação (*)

Brasília – Está acontecendo a Canton Fair, a maior feira multissetorial do mundo, em Guangzhou, na China. Apresentando tudo que há de novo em vários segmentos e sendo um grande hub de negócios, o evento também funciona como um termômetro preciso para se entender as transformações que vão orientar o mercado no próximo ano.

É ali que importadores, exportadores, operadores logísticos e autoridades de diferentes países se encontram para fortalecer parcerias, abrir novos mercados e identificar oportunidades de expansão. O sócio-fundador do Grupo Invoice, Jonas Vieira, participou da primeira fase do evento e reforçou a importância dele para o setor.

“O evento atua como um termômetro do fluxo internacional de mercadorias, refletindo mudanças nos padrões de consumo e nas cadeias produtivas. Para quem atua nesses setores, a feira representa não apenas uma oportunidade de negócios, mas também um espaço essencial de conexão, aprendizado e relacionamento, afinal, esse setor é muito baseado nesses pilares”, afirma Vieira.

Pensando nisso, Jonas Vieira listou sete tendências para o comércio exterior e a logística para 2026:

Automação inteligente e hiperautomação

A logística vai além da simples automação e processos complexos serão “hiperautomatizados” com inteligência artificial, aprendizado de máquina, RPA (automação de processos robóticos) e analytics para lidar com tarefas como desembaraço aduaneiro, documentação, monitoramento de carga. Entretanto, Vieira diz que ainda é imprescindível a presença dos humanos “A IA ainda está em evolução, talvez tenha até atingido um platô. Ela é uma excelente ferramenta e tem um papel central na velocidade dos processos, mas ainda não está pronta para ser autônoma”, analisa.

Sustentabilidade e logística verde

Com o aumento da importância do meio-ambiente para empresas e clientes, é necessário que cada vez mais o setor consiga se transformar e se tornar mais sustentável. O transporte internacional terá que levar em conta as pegada de carbono, certificações ambientais, e pode haver vantagens competitivas para quem já estiver “verde”.

Queda no transporte de cargas aéreo

Há uma tendência de queda nesse segmento, especialmente porque o transporte de cargas entre os passageiros reduziu, diminuindo essa tendência. O modal continuará importante e utilizado, especialmente para o transporte de produtos que demandam mais urgência.

Aumento do protecionismo

Com os problemas geopolíticos e econômicos acontecendo em diversas regiões do planeta, é esperado que os países se concentrem mais em seus mercados internos ao invés de buscar negociações globais. O tráfego de cargas seguirá grande, mas com menos intensidade. “O momento atual faz com que cada país tenha que se preocupar com a sua própria estabilidade, dificultando a abertura de mercado para outros países”, diz o sócio-fundador do Grupo invoice.

Foco em redução do consumo de energia

Ainda dentro de sustentabilidade, a redução do consumo energético deve ser um dos temas mais presentes no ano que vem. Com cada vez mais empresas tentando inovar e partindo para soluções mais verdes, a energia vira tema central, especialmente com a chegada massiva da IA e do seu uso em toda a industria.

Produtos white label ganham espaço

A dominância da China na produção de produtos, especialmente tecnológicos, ficou bem exposta durante a feira. Com uma variedade de itens diferenciados, diversas marcas chineses estão permitindo que marcas locais se apropriem dos produtos, mantendo a produção no país asiático, mas com uma roupagem de comercialização mais local e direcionada para o público de cada região.

Importações menores

Importar agora não precisa ser em quantidades exorbitantes. Pensando em empresas menores ou até que estão iniciando no mercado, cada vez mais é permitido comprar em menores quantidades com preços competitivos, permitindo uma entrada no mercado menos agressiva e mais rentável para quem está neste processo.

Além disso, Vieira destaca o tino comercial dos chineses que, além de serem ótimos negociadores, sempre tentando oferecer o melhor preço e qualidade, não perdem tempo com quem não faz sentido para os negócios deles, dando uma dinâmica muito diferente das feiras brasileiras e de outros mercados.

“Não há tempo a perder para eles. Eles te perguntam se você é do setor logo de cara e isso conduz toda a conversa que terá com a empresa que está em exposição. É tudo muito direcionado, mas muito respeitoso. É uma dinâmica diferente e demonstra porque os chineses tem grande destaque nesse segmento, vale muito a pena conferir”, conclui.

(*) Com informações do Grupo Invoice

 

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