BNDES aprova R$ 1,09 bilhão da linha Exim Pré-Embarque para Embraer produzir aeronaves destinadas à exportação

Com recursos da linha Exim Pré-embarque, a empresa produzirá aeronaves comerciais para cumprir compromissos já estabelecidos com importadores

Da Redação (*)

Brasília – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 1,09 bilhão (US$ 200 milhões) para a Embraer produzir aeronaves comerciais destinadas à exportação. Os recursos da linha BNDES Exim Pré-embarque contribuirão para que a empresa cumpra o cronograma de entregas previamente estabelecido com importadores de vários países.

Em 2025, a Embraer estima entregar entre 77 e 85 jatos comerciais. No ponto médio (81), essa estimativa representa crescimento de 11% em relação a 2024, quando foram entregues 73 aeronaves nesse segmento. Ela também fica acima dos 64 aviões comerciais entregues em 2023. Na soma com os resultados da Aviação Executiva e de Defesa & Segurança, as entregas da companhia no ano passado totalizaram 206 aeronaves e no ano anterior, 181. Os números comprovam a competitividade da maior exportadora de bens de alta intensidade tecnológica do país.

“O Brasil faz parte de um seleto grupo de países com capacidade de projetar, fabricar e exportar aeronaves comerciais, executivas, de defesa e agrícolas. É um setor estratégico, devido à alta tecnologia envolvida, ao emprego de mão de obra com alta capacitação e à capacidade de gerar inovações com impactos positivos na economia do Brasil, além de ser um elemento relevante para garantia da soberania nacional por meio dos produtos de defesa”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Apoio ao sólido crescimento da Embraer

“A Embraer vive um momento de crescimento, com uma carteira de pedidos recorde e um ritmo sólido de vendas, especialmente na Aviação Comercial. Ao longo deste ano, anunciamos contratos relevantes para a família de jatos E2 enquanto seguimos recebendo forte demanda pelo E175. Estamos realizando investimentos significativos para atender à crescente procura por nossos produtos e o financiamento do BNDES é fundamental para apoiar iniciativas que visam aumentar a capacidade de produção e acelerar as entregas nos próximos anos.”, diz Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer.

Desde 1997, o BNDES já financiou cerca de US$ 26,3 bilhões em exportações de aeronaves comerciais da Embraer, apoiando a produção de 1.350 jatos. Com 23.500 colaboradores em todo o mundo, dos quais 18 mil no Brasil, a empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e de distribuição de peças nas Américas, África, Ásia e Europa.

A empresa é hoje a 3ª maior fabricante de aeronaves no mundo e líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos. A maior parte das vendas da Embraer é destinada ao mercado externo.

(*) Com informações da Agência BNDES de Notícias

 

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Indústria têxtil surpreende VP Alckmin ao revelar dependência alarmante de fio importado e risco à produção nacional

Encontro com vice-presidente expõe desconhecimento sobre a dependência da poliamida 6 e reforça urgência em calibrar medidas de defesa comercial. 94,49% de todo o volume consumido no país depende do mercado externo

Da Redação (*)

Brasília – O setor têxtil brasileiro acendeu um sinal de alerta diante de um possível desequilíbrio no fornecimento de filamentos sintéticos, especialmente a poliamida 6 (PA6), insumo fundamental para malharias e confecções. Dados do Relatório Setorial Brasil Têxtil 2025, elaborado pela IEMI – Inteligência de Mercado, mostram que o país registrou um déficit de US$885 milhões na balança comercial de filamentos sintéticos em 2024. As exportações somaram apenas US$54,8 milhões, enquanto as importações alcançaram US$939,9 milhões, o que significa que 94,49% do volume consumido é abastecido por produtos estrangeiros.

A diretora executiva da Abrafas, Ana Paula Jardim Ciuffa Pustiglione, destacou recentemente que a medida antidumping provisória aplicada ao fio de poliamida 6 representa um passo importante para restabelecer a concorrência justa. No entanto, empresários afirmam que o quadro é mais complexo: o Brasil não produz o insumo em volume suficiente, e qualquer barreira adicional à importação pode comprometer imediatamente as linhas de produção.

“A aplicação de sobretaxas em um insumo sem equivalente nacional representa um grande risco para nossa produção. Além de elevar os custos, isso pode comprometer a nossa capacidade de entrega e até mesmo o abastecimento do mercado”, afirma Daniel Pereira de Souza, vice-presidente da CPS – Cia. de Produção Sustentável S.A (DelRio).

Encontro em Brasília expõe desalinhamento

A tensão aumentou após uma reunião em 5 de novembro, quando mais de 20 empresários do setor têxtil, representando oito estados e mais de 500 mil trabalhadores que, acompanhados pelos senadores Cid Gomes e Esperidião Amin, estiveram com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em Brasília. Segundo participantes, o ministro demonstrou surpresa ao tomar conhecimento da dependência estrutural brasileira da poliamida 6 importada justamente no momento em que o governo aplica medidas de defesa comercial ao produto.

O episódio foi interpretado pelo setor como sinal de desalinhamento entre política comercial e realidade industrial. “A indústria nacional não tem capacidade para atender à demanda das malharias e confecções brasileiras, que, mesmo antes da aplicação da medida de dumping, já estavam com cargas de fio em trânsito marítimo para manter suas linhas de produção ativas. Qualquer barreira adicional à importação pode comprometer o abastecimento imediato, afetar empregos e pressionar preços ao consumidor final”, afirma Renato José Benvenuti, vice-presidente da RVB Malhas, de Brusque (SC).

Santa Catarina, líder nacional, teme impacto direto

Santa Catarina é o estado mais vulnerável a uma eventual ruptura no fornecimento. A indústria catarinense de confecções é a maior do país, segundo a FIESC, e o setor têxtil e de vestuário é responsável por 178,7 mil empregos formais, o maior contingente industrial do estado. Sem um fluxo contínuo de PA6, pequenas e médias confecções seriam as primeiras a sentir o impacto, comprometendo desde a manutenção de empregos até o abastecimento do varejo.

“Nós, empresários, entendemos que qualquer decisão deve preservar a continuidade das operações, o emprego e a competitividade de um dos setores que mais geram renda e oportunidades. Trata-se do futuro da indústria nacional, da manutenção de milhares de empregos e do fortalecimento da cadeia produtiva que sustenta inovação, renda e desenvolvimento regional. Avaliar com equilíbrio e responsabilidade o papel da poliamida 6 na economia brasileira é essencial para que o país continue competitivo, sustentável e capaz de inovar”, defende Gabriel Sens, CEO da LIVE!, empresa de Jaraguá do Sul (SC)

Setor pede calibragem das medidas de defesa comercial

Embora a medida antidumping ainda seja provisória e siga em debate técnico, representantes da cadeia produtiva defendem que a política comercial leve em conta a dependência externa do insumo. Segundo eles, o foco deve ser proteger a produção nacional sem provocar um desabastecimento súbito de um fio que o Brasil não fabrica em volume suficiente.

O pleito principal é pela calibragem das medidas, de forma que a busca por concorrência justa não comprometa milhares de empresas cuja sobrevivência depende de um abastecimento estável.

Para o setor, o desafio atual é equilibrar a política de defesa comercial com a necessidade de garantir continuidade produtiva em um mercado onde a dependência de importações é estrutural e amplamente conhecida pelos empresários, mas agora exposta também como um tema que exige maior alinhamento entre governo, indústria e cadeia têxtil nacional.

(*) Com informações da Abrafas

 

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Mercosul-União Europeia, maior acordo de livre comércio do planeta, será assinado dia 20 de dezembro, afirma Lula

Da Redação (*)

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (23), que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) será assinado em 20 de dezembro.  Neste semestre, o Brasil está na presidência do bloco sul-americano e Lula colocou como prioridade a finalização do acordo com os europeus.

“É um acordo que envolve praticamente 722 milhões de habitantes e US$ 22 trilhões de Produto Interno Bruto (PIB). É uma coisa extremamente importante, possivelmente seja o maior acordo comercial do mundo. E aí, depois que assinar o acordo, vai ter ainda muita tarefa para a gente poder começar a usufruir das benesses desse acordo, mas vai ser assinado”, acrescentou.

Lula concedeu entrevista à imprensa em Joanesburgo, na África do Sul, onde participou da Cúpula de Líderes do G20 – grupos das maiores economias do mundo.

A União Europeia e o bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai completaram as negociações sobre o acordo em dezembro passado, cerca de 25 anos após o início das conversações. Serão firmados dois textos: o primeiro de natureza econômica-comercial, que é de vigência provisória, e um acordo completo.

Em setembro, eles foram submetidos formalmente pela Comissão Europeia ao Parlamento Europeu e aos estados-membros do bloco europeu. O Parlamento Europeu precisa aprovar com votos favoráveis de 50% dos deputados mais um, o que pode ter resistências de países como a França, que questionam termos do acordo.

Além disso, pelo menos 15 dos 27 países precisam ratificar o texto, representando pelo menos 65% da população total da União Europeia, o que pode levar vários anos. Quando o acordo completo entrar em vigor, ele substituirá o acordo comercial provisório.

Os países do Mercosul precisam fazer o mesmo e submeter o documento final aos seus parlamentares, mas a entrada em vigor é individual, ou seja, não é preciso esperar a aprovação dos parlamentos dos quatro estados-membros.

Protecionismo

A França, o maior produtor de carne bovina da EU, classificou o acordo como “inaceitável” dizendo que não leva em consideração exigências ambientais na produção agrícola e industrial. O presidente Lula rebateu, afirmando que a França é protecionista sobre seus interesses agrícolas.

Agricultores europeus já protestaram várias vezes, dizendo que o acordo levaria a importações baratas de commodities sul-americanas, principalmente carne bovina, que não atendem aos padrões de segurança alimentar e ecológicos da UE. A Comissão Europeia negou que esse seja o caso.

O Brasil defende que qualquer regulamento sobre salvaguardas que seja adotado internamente pela União Europeia esteja em plena conformidade com o espírito e os termos pactuados no acordo.

A comissão e os proponentes, como a Alemanha e a Espanha, afirmam que o acordo oferece uma maneira de compensar a perda de comércio devido às tarifas impostas por Donald Trump e de reduzir a dependência da China, principalmente em relação a minerais essenciais.

Os defensores do acordo na União Europeia veem o Mercosul como um mercado crescente para carros, máquinas e produtos químicos europeus e uma fonte confiável de minerais essenciais para sua transição verde, como o lítio metálico para baterias, do qual a Europa agora depende da China. Eles também apontam para os benefícios agrícolas, já que o acordo ofereceria maior acesso e tarifas mais baixas para queijos, presunto e vinho da UE.

Agenda

Durante a entrevista à imprensa, Lula esclareceu ainda que a assinatura do acordo deve ocorrer em Brasília, quando haverá a Cúpula de Líderes do Mercosul, em 20 de dezembro, em Foz do Iguaçu.

Segundo ele, nesta data, o presidente do Paraguai não poderá estar presente, então a reunião de alto nível deve ser realizada no início de janeiro, em Foz do Iguaçu (PR), na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

“Possivelmente a gente marque a reunião do Mercosul para o começo de janeiro e assine [o acordo] no dia 20 de dezembro”, disse.

(*) Com informações da Agência Brasil

 

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Tarifaço de Trump: volume de exportações isentas de sobretaxas supera as submetidas à tarifa cheia de 50%, mostra estudo da CNI

Com nova medida do governo americano, 37,1% das vendas aos EUA estão livres de sobretaxas, enquanto exportações que enfrentam tarifa de 50% representam 32,7%

Da Redação (*)

Brasília – A ampliação de itens isentos da tarifa de 40% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil faz com que 37,1% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano (US$ 15,7 bilhões) fiquem livres de taxas adicionais. Com a medida, pela primeira vez desde agosto, o volume exportado isento das sobretaxas supera aquele submetido à tarifa cheia de 50%, que atinge 32,7% das exportações, mostra um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os cálculos consideram dados de 2024, com base em estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.

A decisão do governo de Donald Trump de remover a tarifa para a compra de 238 produtos listados nos Anexo I e II, dos quais 85 foram exportados pelo Brasil em 2024, como carne bovina, café e cacau, insumos comuns da cesta de consumo da população americana, foi divulgada nesta quinta-feira (20). Ainda assim, 62,9% das vendas brasileiras aos EUA permanecem sujeitas a algum tipo de tarifa adicional, considerando tanto as medidas horizontais quanto as setoriais, como as aplicadas para aço e alumínio.

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, as mudanças impulsionam a competitividade do produto brasileiro e sinalizam disposição dos EUA para aprofundar a negociação, o que pode incluir avanços na pauta industrial. “Setores muito relevantes, como máquinas e equipamentos, móveis e calçados, que tinham os EUA como principais clientes externos, ainda não entraram na lista de exceções. O aumento das isenções é um sinal muito positivo de que temos espaço para remover as barreiras para outros produtos industriais. Esse é nosso foco agora”, avalia Alban.

Confira o comentário do superintendente de Relações Internacionais da CNI, Frederico Lamego:

Veja como fica a situação das exportações brasileiras aos EUA   

  • Isentos de sobretaxa: 37,1% das exportações (US$ 15,7 bilhões)
  • Total de exportações sujeitas a algum tipo de tarifa: 62,9%
  • Tarifa recíproca de 10%: 7,0% das exportações (US$ 2,9 bilhões)
  • Tarifa adicional de 40%: 3,8% das exportações (US$ 1,6 bilhão)
  • Tarifa combinada de 50% (10% de tarifa recíproca + 40% específica ao Brasil): 32,7% das exportações (US$ 13,8 bilhões)
  • Tarifa setorial de 50% (Seção 232): 11,9% das exportações (US$ 5 bilhões)
  • Isenção da tarifa de 40% condicionada à destinação para a aviação civil, instituída pela Ordem Executiva de julho: 7,5% das exportações (US$ 3,2 bilhões)

(*) Com informações da CNI

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“Nova ordem executiva dos EUA representa o maior avanço nas negociações do Brasil com os EUA”, diz Alckmin

Em entrevista coletiva o presidente em exercício afirmou que o trabalho do governo brasileiro continua, agora com menos barreiras sobre produtos agropecuários

Da Redação (*)

Brasília – O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, concedeu entrevista coletiva na sexta-feira (21) à noite, sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar a tarifa adicional de 40% para uma série de produtos agropecuários importados do Brasil. Na conversa, ele classificou a ordem executiva dos EUA, anunciada ontem, como o maior avanço nas negociações entre os dois países. Entre os itens beneficiados pela nova decisão estão carne, café, frutas, cacau, açaí e fertilizantes.

“A última ordem executiva do presidente Trump representa a maior redução de tarifas. Foi o maior avanço nas negociações Brasil-Estados Unidos. Quando começou, nós tínhamos 36% da exportação brasileira no tarifaço. Gradualmente, alguns produtos foram saindo, pois já tivemos duas decisões anteriores. Agora, nessa decisão de ontem, nós tivemos o maior avanço: 238 produtos saíram do tarifaço”, destacou Alckmin.

Foi o maior avanço nas negociações Brasil-Estados Unidos. Quando começou, tínhamos 36% da exportação brasileira no tarifaço. Agora, temos 22%. Gradualmente, alguns produtos foram saindo, pois já tivemos duas decisões anteriores. Agora, nessa decisão, tivemos o maior avanço: 238 produtos saíram do tarifaço”, disse Alckmin.

Alckmin explicou que a nova ordem executiva reduziu de 36% para 22% o impacto do tarifaço nas exportações brasileiras aos EUA|. Embora a decisão tenha sido divulgada nesta quinta-feira (20/11), o governo norte-americano definiu que ela tem validade retroativa a 13 de novembro com o consequente reembolso a quem pagou a sobretaxa a partir dessa data.

“Na exposição de motivos do presidente Donald Trump, que assinou a ordem executiva, ele destaca o diálogo que teve com o presidente Lula, que foi importante, e também as informações da sua equipe”, pontuou Alckmin. “Queremos reiterar que nós continuamos otimistas e que o trabalho não terminou. Ele avança e agora com menos barreiras”, concluiu o presidente em exercício.

SINAL IMPORTANTE

Na noite desta quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou a decisão do governo dos Estados Unidos. “Acabo de receber uma notícia que me deixou feliz. O presidente Trump acaba de anunciar que vai começar a reduzir vários produtos brasileiros que foram taxados em 40%. Isso é um sinal muito importante para a relação civilizada que tem que ter Brasil e Estados Unidos”, afirmou Lula, em vídeo postado na rede social X em que estava acompanhado de Alckmin, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nesta sexta-feira (21/11), Lula desembarcou em Joanesburgo para participar da Cúpula de Líderes do G20, que será realizada nos dias 22 e 23 de novembro.

AGROPECUÁRIA

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, considera que a retirada de tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas brasileiros representa um avanço significativo na relação bilateral e confirma que o diálogo técnico e institucional retomou seu curso natural.

Com o fim da sobretaxa, produtos brasileiros voltam a acessar o mercado norte-americano em condições mais competitivas, reforçando o papel do país como um dos principais fornecedores globais de alimentos. “Quem ganha com isso são os brasileiros, são os norte-americanos, a América e a relação comercial mundial”, enfatizou. “O diálogo continua. Ainda há muito a negociar, mas, para a agropecuária brasileira, esta decisão foi excelente”, completou o ministro Carlos Fávaro.

(*) Com informações do MDIC

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Fim do tarifaço reforça diálogo entre Brasil e EUA, diz ministro  Carlos Fávaro

Retirada da tarifa adicional de 40% sobre parte dos produtos brasileiros pelos Estados Unidos marca avanço nas relações bilaterais

Da Redação (*)

Brasília – O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou, nesta quinta-feira (20), que a retirada das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas brasileiros, como carne bovina, café e frutas, representa um avanço significativo na relação bilateral. Para o ministro, o anúncio feito pelo governo norte-americano confirma que o diálogo técnico e institucional retomou seu curso natural.

Segundo Fávaro, a medida é uma notícia tranquilizadora tanto para o agronegócio brasileiro quanto para os mercados internacionais. Ele destacou que a decisão demonstra maturidade nas tratativas e reduz tensões criadas nos últimos meses.

“Como diz o presidente Lula, não tem assunto proibido. Tudo é possível no diálogo de alto nível”, afirmou. “A relação Brasil–EUA não podia ficar em fofocas e intrigas. A partir do momento em que os dois líderes dialogaram, as coisas vieram para a normalidade”, pontuou o ministro.

Com o fim da sobretaxa, produtos brasileiros voltam a acessar o mercado norte-americano em condições mais competitivas, reforçando o papel do país como um dos principais fornecedores globais de alimentos.

Fávaro reiterou que o momento marca a superação de ruídos e a consolidação de uma postura técnica entre os dois países. “Quem ganha com isso são os brasileiros, são os norte-americanos, a América e a relação comercial mundial”.

“O diálogo continua. Ainda há muito a negociar, mas, para a agropecuária brasileira, esta decisão foi excelente”, finalizou o ministro Carlos Fávaro.

Produtos brasileiros beneficiados com o fim do tarifaço:

  1. Carnes bovinas – o anexo traz todas as categorias de carne bovina — fresca, refrigerada ou congelada — incluindo:
  • Carcaças e meias-carcaças
  • Cortes com osso
  • Cortes sem osso
  • Cortes de “high-quality beef”
  • Miúdos bovinos
  • Carne salgada, curada, seca ou defumada
  1. Frutas e vegetais – grande lista, incluindo:
  • Tomate (por sazonalidade)
  • Coco (fresco, desidratado, carne, água de coco)
  • Lima Tahiti / Lima da Pérsia
  • Abacate
  • Manga
  • Goiaba
  • Mangostim
  • Abacaxi (fresco e processado)
  • Papaya (mamão)
  • Diversas raízes tropicais: mandioca
  1. Café e derivados
  • Café verde
  • Café torrado
  • Café descafeinado
  • Cascas e películas de café (“husks and skins”)
  • Substitutos contendo café
  1. Chá, mate e especiarias – inclui diversas categorias de:
  • Chá verde
  • Chá preto
  • Erva-mate
  • Pimentas (piper, capsicum, paprika, pimenta-jamaica)
  • Noz-moscada
  • Cravo
  • Canela
  • Cardamomo
  • Açafrão
  • Gengibre
  • Cúrcuma
  • Misturas de especiarias
  1. Castanhas e sementes
  • Castanha-do-pará
  • Castanha de caju
  • Macadâmia
  • Nozes pignolia e outras
  • Sementes diversas (coentro, cominho, anis, funcho etc.)
  1. Sucos de frutas e derivados
  • Suco de Laranja (várias classificações)
  • Suco de limão / lima
  • Suco de abacaxi
  • Água de coco
  • Açaí (polpas e preparados)
  1. Produtos de cacau
  • Amêndoas de cacau
  • Pasta de cacau
  • Manteiga de cacau
  • Pó de cacau
  1. Produtos processados
  • Polpas de frutas (manga, banana, papaya etc.)
  • Geleias
  • Pastas e purês
  • Palmito
  • Tapioca, féculas e amidos
  • Produtos preservados em açúcar ou vinagre
  1. Fertilizantes(importante para o Brasil como exportador/importador)
  • Ureia
  • Sulfato de amônio
  • Nitrato de amônio
  • Misturas NPK
  • Fosfatos (MAP/DAP)
  • Cloreto de potássio (KCl)

(*) Com informações do Mapa

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CNI considera decisão de Trump  um avanço e reafirma importância da relação de 200 anos entre Brasil e EUA

Ricardo Alban vê ampliação da lista de exceções como sinal verde para melhorar termos gerais de comércio com os americanos

Da Redação (*)

Brasília – A decisão do governo americano de remover a tarifa de 40% a 238 produtos agrícolas brasileiros é avanço concreto na renovação da agenda bilateral e condiz com papel do Brasil como grande parceiro comercial dos Estados Unidos, avalia o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.

“Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”, afirmou Alban. Ele lembrou que o setor privado tem atuado de forma consistente para contribuir com o avanço nas negociações envolvendo o tarifaço. Em setembro, a CNI liderou missão a Washington com 130 empresários brasileiros.

Entre os produtos beneficiados pela atualização da lista de produtos isentos à sobretaxa de 40% aplicada ao Brasil desde agosto estão a carne bovina, café e cacau, insumos comuns da cesta de consumo da população  americana. “A nova medida volta a tornar os nossos produtos competitivos, uma vez que a remoção das tarifas recíprocas, de 10%, na última semana, havia deixado nossos produtores em condições menos vantajosas”, complementou o presidente da CNI.

Para Alban, este é um resultado animador para novas etapas da negociação com o governo americano e a expectativa agora é avançar nos termos sobre bens industriais. “A complementariedade das economias é real e agora precisamos evoluir nos termos para a entradas de bens da indústria, para a qual os EUA são nosso principal mercado, como para o setor de máquinas e equipamentos, por exemplo”, relembra.

Desde o início da aplicação das tarifas por parte dos Estados Unidos, a CNI tem mobilizado o setor e contrapartes americanas para abrir caminhos de diálogo que facilitassem a interlocução entre as autoridades dos dois países.

(*) Com informações da CNI

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Lula diz que ficou feliz com retirada de tarifas e destaca respeito dos Estados Unidos ao Brasil

Segundo o presidente, o Brasil está sabendo lidar com a pressão

Da Redação (*)

Brasília – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, na noite desta quinta-feira (20), que ficou feliz com a retirada, pelo governo dos Estados Unidos, das taxas impostas sobre alguns produtos brasileiros. Segundo o presidente, o Brasil está sabendo lidar com a pressão das tarifas e obteve respeito dos EUA.

“Quando o presidente dos EUA tomou a decisão de fazer a supertaxação, todo mundo entrou em crise e ficou nervoso. E eu não costumo tomar decisão com 39 graus de febre. Eu espero a febre baixar. Se você tomar decisão com febre, você vai cometer um erro”, disse ao discursar na abertura do Salão Internacional do Automóvel, na capital paulista.

“E hoje estou feliz porque o presidente Trump começou a reduzir as taxações. E essas coisas vão acontecer na medida em que a gente consiga galgar respeito das pessoas, ninguém respeita quem não se respeita”, acrescentou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta quinta-feira (20), a retirada da tarifa de importação de 40% sobre determinados produtos brasileiros. Constam na lista divulgada pela Casa Branca produtos como café, chá, frutas tropicais e sucos de frutas, cacau e especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina.

Na ordem executiva publicada pela Presidência dos EUA, Trump diz que a decisão foi tomada após conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as questões identificadas no Decreto Executivo 14.323”. De acordo com a publicação, essas negociações ainda estão em andamento.

(*) Com informações da Agência Brasil

 

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Abiec comemora decisão do governo dos EUA de retirar tarifas sobre a carne bovina brasileira

Segundo a associação, a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos

Da Redação (*)

Brasília – Em nota publicada nesta quinta-feira (20/11) em seu site, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) celebrou a decisão dos Estados Unidos de retirar as tarifas sobre a carne bovina.

Segundo a associação, a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira.

“A medida demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, que contribuíram para um desfecho construtivo e positivo”, relata o posicionamento da associação.

A Abiec, diz o comunicado, seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença do Brasil nos principais mercados globais.

(*) Com informações da Abiec

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Decisão dos EUA de cancelar tarifas sobre produtos agrícolas brasileiros marca avanço na normalização comercial, diz Amcham

 

Da Redação (*)

Brasília – A Amcham Brasil divulgou nota oficial à imprensa considerando como “muito positiva” a decisão anunciada hoje pelo governo dos Estados Unidos de eliminar as sobretaxas de 40%, em vigor desde agosto, sobre um conjunto de produtos brasileiros — incluindo itens relevantes da pauta exportadora para o mercado americano, como café, carnes bovinas, frutas e óleos essenciais.

Para a Amcham Brasil, “a medida representa um avanço importante rumo à normalização do comércio bilateral, com efeitos imediatos para a competitividade das empresas brasileiras envolvidas e sinaliza um resultado concreto do diálogo em alto nível entre os dois países”.

A instituição destaca ainda que “ao mesmo tempo, reforça a necessidade de intensificar esse diálogo entre Brasil e Estados Unidos, com o objetivo de estender a eliminação dessas sobretaxas aos demais produtos ainda impactados — com destaque para bens industriais — e de aprofundar a cooperação bilateral em temas de interesse mútuo”.

(*) Com informações da Amcham

 

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